Muita diversidade cultural e a reafirmação da importância da ação territorial da cultura para a sociedade brasileira. Esse foi o tom do dia de encerramento, nesta quinta-feira (29), do I Encontro Regional de Agentes Territoriais de Cultura – etapa Nordeste, que aconteceu em Natal (RN).

Para a secretária dos Comitês de Cultura do Minc, Roberta Martins, a política pública Agentes Territoriais de Cultura (ATC) ajuda a construir um novo horizonte para as pessoas atuarem com a melhor qualidade nos seus territórios. "Essa é a ousadia desse programa. A cultura pode ajudar a curar as muitas feridas que a população brasileira tem", disse, durante o ato de encerramento do evento.

A coordenadora Nordeste dos Agentes Territoriais de Cultura e Pró-reitora de Extensão do IFRN, Samira Delgado, agradeceu à equipe do Instituto Federal pelo comprometimento para a realização do evento e ressaltou o saldo positivo das discussões para a consolidação da política pública na região Nordeste. O encontro foi realizado em uma parceria entre o Ministério da Cultura (Minc) e o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), instituição-sede do evento.

O terceiro e último dia do evento, que teve início na terça-feira (26), foi marcado por oficinas, apresentações culturais, rodas de conversas e reuniões com representantes do Ministério da Cultura (Minc).

As oficinas temáticas ocorreram no período da manhã, simultaneamente e distribuídas em diversas salas. Os temas delas foram diversos, entre eles a de ferramentas de fortalecimento dos territórios, como o jogo do Programa Nacional dos Comitês de Cultura (PNCC), e o guia de ações culturais, abordagens inovadoras como mobgrafia, tecnologias sociais e comunicação ancestral.

Enquanto isso, outros espaços de diálogo ocorreram em paralelo, como o Círculo de Cultura entre coordenadores pedagógicos e a reunião de alinhamento entre o Minc e representantes de institutos federais. Os participantes ainda se reuniram para apresentações culturais e uma roda de conversa sobre trocas de experiências.

A agente cultural Yanna Gabriela, de Sergipe, destacou o impacto do evento em sua atuação: “Vou levar muito conhecimento que esse evento me proporcionou durante as trocas, as oficinas e o intercâmbio com os outros estados. Quero realizar rodas de conversa e oficinas no meu estado, promovendo mais trocas e exercendo nosso papel enquanto fazedores de cultura”. Yanna atua com foco na valorização da cultura afrocentrada em um estado historicamente marcado por apagamentos: “Costumo puxar a cultura afro e colocá-la no centro das minhas narrativas.”, contou.

Apresentação cultural

A delegação do Piauí mostrou para o público sua apresentação cultural, composta por expressões artísticas típicas do estado, como a performance do rapper Preto Tipuá, uma roda de capoeira e a tradicional lezeira.

“Ver essas manifestações tão representativas nos enche de orgulho. E isso foi apenas uma amostra do que é a cultura multifacetada e plural desse estado chamado Piaui”, disse o coordenador estadual, Adelino Frazão.

Os agentes do Rio Grande do Norte encerraram as apresentações culturais, com a apresentação “Ação Cenopoética: nosso terreiro de arte”, um espetáculo que celebrou os ritmos e expressões artísticas do Rio Grande do Norte. A performance trouxe à cena elementos da tradição potiguar e demonstrou a potência da arte, da culinária e da dança popular como forma de resistência, memória e pertencimento.

A comunicação do programa foi tema da última roda de conversa para apresentar e discutir sobre as diretrizes de comunicação do Programa Nacional dos Comitês de Cultura (PNCC). O Núcleo de Comunicação é o responsável por produzir e divulgar conteúdos, incluindo aqueles recebidos dos Agentes, assim como administrar os canais e plataformas criados.

A coordenadora de Comunicação do ATC junto ao Minc, Bruna Machado, mostrou as diretrizes, estrutura e projetos que estão sendo implementados. “A comunicação é fundamental para dar visibilidade e promover este programa, que tem uma característica territorial. Queremos mostrar à sociedade a complexidade, dimensão e a grandiosidade deste programa enquanto instrumento de cidadania para a sociedade civil”, disse Bruna Machado.

*Texto de Ester Costa, Giovanna Benfica e Renan Felipe, que estagiam na Coordenação Geral de Jornalismo e Imprensa (CGJI) na Diretoria Sistêmica de Comunicação Institucional da Reitoria do IFRN.