A Revista Brasileira de Educação Profissional e Tecnológica (RBEPT), periódico de acesso aberto vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional (PPGEP) do IFRN,  publicou o dossiê “Mundo do trabalho, educação profissional e identidade de gênero”. A coletânea é organizada por profissionais da educação de Institutos Federais de quase todas as regiões do Brasil.

Ilane Cavalcante, que integra o corpo docente do IFRN, reuniu-se com Natália Cavalcanti, do Instituto Federal do Pará, e Jaqueline de Jesus, do Instituto Federal do Rio de Janeiro, para a elaboração da publicação, que conta com a apresentação e 16 textos, escritos por pesquisadores e estudantes de diversos programas de pós-graduação e de instituições brasileiras da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (RFEPTC), além de autores estrangeiros.

Natália Cavalcanti disse que "a intenção do projeto é, através do mapeamento de pesquisadores e temáticas sobre gênero e trabalho, gerar políticas públicas de inclusão na RFEPCT". Jaqueline de Jesus acrescentou ainda observações sobre o esquecimento da população trans na Rede Federal. “Temos observado problemas na Rede Federal decorrentes da falta de uma gestão da diversidade. O dossiê considera as demandas da população trans enquanto tradicionalmente esquecida e prejudicada pela transfobia no mundo do trabalho”, complementa.

Um dos textos presentes é a resenha da obra “Sexo, sexualidade e gênero na educação profissional no Brasil e na França: estudos exploratórios”, publicada em coedição pela Editora IFRN e pela Editora L’Harmattan, fruto de parcerias do IFRN com instituições estrangeiras. Outra contribuição ao dossiê é a tradução realizada por Cláudia Moraes de um artigo de Séverine Depoilly, autora cujos trabalhos são referência nos estudos em Educação Profissional na França.

Para Samuel Lima, assessor de Extensão e Relações Internacionais do IFRN, a contribuição de pesquisadores nacionais e internacionais fortalece a rede de pesquisa mundial, além de proporcionar discussões necessárias ao meio acadêmico. “Esse dossiê traz à tona os impactos das nossas redes internacionais na produção científica”, complementou o assessor.