O Docente do Campus Currais Novos do Instituto Federal do Rio Grande do Norte, Engel Faustino, integra a delegação brasileira para o Programa de Formação de Professores do Ensino Secundário/Técnico Vocacional do Timor-Leste. O programa foi divulgado por meio do Edital Conif nº 7/2024, onde doze professores da Rede Federal de Ensino Profissional e Tecnológico (EPT) foram selecionados.

Um dos objetivos do programa é a qualificação de 133 professores timorenses em quatro localidades: Díli, Baucau, Covalima e Ermera. Os docentes da Rede EPT já estão no Timor Leste, onde permanecerão até 15 de dezembro deste ano. Além do representante potiguar do IFRN, também estão participando docentes dos Institutos Federais do Amazonas (IFAM), de Rondônia (IFRO), do Paraná (IFPR), de São Paulo (IFSP), do Triângulo Mineiro (IFTM) e do Instituto Federal Fluminense (IFF).

O programa

Entre as atividades do grupo no país estão as aulas, que serão ministradas conforme demanda, análise, adaptação e produção de materiais didáticos. Como efeito desse intercâmbio, espera-se a promoção de uma cooperação para o desenvolvimento socioeconômico das regiões mais diretamente impactadas pela chegada dos docentes brasileiros.

Engel também é coordenador do curso de Tecnologia em Sistemas para a Internet, do Campus Currais Novos, e contou como está sendo a experiência do intercâmbio: “Eu considero que é uma experiência para mim, enquanto professor, muito enriquecedora, dado que a gente pode aprender muito com eles, a forma de fazer, o respeito com os professores, a postura séria dos docentes perante os alunos, perante o ambiente escolar, e a mistura cultural”.

A retomada da cooperação educacional entre os dois países, faz parte do eixo estratégico de cooperação Sul-Sul e tem nesse projeto piloto a perspectiva de identificar a viabilidade para o desenvolvimento de ações cooperadas até o ano de 2027.

Faustino também acredita que esse projeto pode trazer outros frutos para o IFRN: “O nosso Instituto tem um potencial enorme de atender muitas demandas e de aprender muito também com o Timor. Eu espero que a gente possa desenvolver muitas atividades, principalmente com a perspectiva da extensão, e eu acho que isso é algo que vai dar um diferencial muito interessante para trazer uma diversidade de pensamento, de abordagem das técnicas e dos conteúdos que são ministrados em sala e em laboratório com os alunos”, disse.