O Centro de Tecnologia (CT) Mineral do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) comemorou cinco anos de inauguração no dia 2 de setembro. Localizado na cidade de Currais Novos, o polo executa projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDGI) em parceria com empresas industriais das áreas geológica, mineral e metalúrgica.

Desde a inauguração, ainda em 2019, o CT vem se destacando não apenas como um ponto de apoio para o Instituto, mas também como um parceiro estratégico para empresas e instituições que atuam na mineração. “O centro oferece uma infraestrutura moderna e qualificada para o desenvolvimento de pesquisas aplicadas, além de prestar serviços técnicos especializados que visam aumentar a competitividade do setor mineral no estado”, disse o diretor-geral do Polo de Inovação, Rafael Passos.

A criação foi uma iniciativa conjunta do IFRN com a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), através da qualificação de espaços e da aquisição de equipamentos. O Instituto Federal também contou com a parceria da Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (Funcern), da Fundação de Apoio à Pesquisa do RN (Fapern), além da Fundação Gorceix, da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop).

O diretor também explicou que o estado tem uma economia fortemente baseada na exploração mineral, especialmente no Seridó, que se beneficia diretamente do conhecimento gerado no CT. A proximidade do centro com as principais áreas mineradoras do estado, como Currais Novos e Parelhas, facilita a transferência de tecnologia e o desenvolvimento de soluções que atendem diretamente às necessidades locais.

Em 2022, o CT Mineral foi selecionado, através da Chamada Pública nº 1/2022 da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), como Polo de Inovação em Tecnologias em Mineração do Brasil na área de Tecnologias em Mineração. Após a efetivação, por parte do Ministério da Educação (MEC), o centro passou a ser o primeiro polo Embrapii do Rio Grande do Norte e o primeiro na área de tecnologia em mineração do Brasil.

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O Centro de Tecnologia está envolvido em importantes parcerias estratégicas, como o Consórcio Nordeste, com o qual pretende desenvolver projetos voltados especialmente para minerais críticos, uma área de grande potencial no estado do Rio Grande do Norte. “O estado possui uma abundância significativa de minerais, que são essenciais para diversas indústrias, como a de tecnologia e energia limpa. Esse cenário tem atraído várias empresas para a região, gerando expectativas de aumento na exploração desses recursos e trazendo mais oportunidades de crescimento econômico para o estado”, completou o diretor.

Segundo Elias Nunes, diretor de planejamento e negócios do CT mineral, a meta é ampliar o impacto do centro, consolidando ele como uma referência nacional em tecnologia e inovação no setor mineral e estreitando ainda mais o elo entre o IFRN e o mercado.

Outro foco importante são os projetos que envolvem a sustentabilidade no setor de mineração, buscando minimizar o impacto ambiental e promover a utilização de técnicas mais seguras e eficientes no processo de extração. Através de parcerias com empresas e outras instituições de pesquisa, o centro busca promover iniciativas que vão desde o desmonte de rochas mais seguras até o aproveitamento de rejeitos minerais. Esses projetos reforçam o compromisso do CT com a inovação e com o desenvolvimento sustentável da indústria mineradora no estado.

“Com as parcerias que estamos firmando e as iniciativas em andamento, o estado fica consolidado como uma referência em pesquisa e desenvolvimento no setor. Posso citar, a criação do centro de gemologia e lapidação, que em breve será inaugurado, e que abrirá novas possibilidades para o mercado de pedras preciosas e semipreciosas, fomentando ainda mais o desenvolvimento regional. E a infraestrutura montada no laboratório de análises minerais com equipamentos analíticos de ponta, encontrados em poucos laboratórios na nossa região”, acrescentou Rafael.

As novas iniciativas e parcerias colocam o CT Mineral em um papel central para o desenvolvimento tecnológico do setor mineral, tanto no âmbito regional quanto nacional, consolidando-o como um agente de inovação e desenvolvimento.