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CAMPUS PARNAMIRIM

Projeto “Monólogos da Quarentena” mobiliza comunidade escolar

Iniciativa do campus Parnamirim utiliza gênero literário para produção de vídeos

Publicada em 17/09/2020 Atualizada há 12 meses

O campus Parnamirim do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), por meio do seu Núcleo de Arte (Nuarte), lançou o projeto “Monólogos da Quarentena”, idealizado pela professora de teatro Rebeka Carozza. A iniciativa tem como objetivo aproximar estudantes e servidores do campus, convidado-os a lidar com a saudade em tempos de isolamento social por meio da escrita e interpretação de monólogos, que resultam na produção de vídeos.

A cada semana, dois textos produzidos são trocados entre um estudante e um servidor, de maneira que cada um irá interpretar o monólogo escrito pelo outro, mantendo o sigilo para que haja surpresa para ambos quando a produção for publicada.

 

A origem 

Durante o período inicial da quarentena, no qual a professora Rebeka Carozza foi muito procurada por estudantes que se sentiam angustiados e até deprimidos com a situação de isolamento social imposta pela COVID-19, surgiu a ideia para o projeto. De acordo com a docente incentivadora, os servidores também sentiam falta da rotina e de estar na presença dos alunos. “A partir disso, tentei encontrar formas de aproximar alunos e servidores através da arte. Os “Monólogos da Quarentena” envolvem servidores e alunos com o objetivo de retratar situações geradas pelo isolamento social. O projeto foi a forma que eu encontrei de promover a integração de todos”, explicou a professora Rebeka.

Na primeira edição, dois textos que abordaram a chegada do vírus e suas implicações na rotina diária da sociedade foram escritos e interpretados pelo professor Rodrigo Siqueira e pelo aluno João Gabriel Sotero.

 

Depoimentos 

O estudante do curso técnico em informática, João Sotero, além de ter participado do primeiro vídeo do projeto também está envolvido na produção dos monólogos, como editor audiovisual. Ele avalia que fazer parte da produção deste projeto tem sido uma experiência incrível, pois vê a quantidade de dedicação e carinho que cada participante tem colocado em cada vídeo. “Não tem preço. Assim que surgiu a ideia para o projeto, muitos servidores e alunos já se propuseram a participar, enviaram os textos e já estavam ansiosos para a gravação. Tem sido muito bom ver como, em um tempo tão difícil, essa produção artística tem sido uma válvula de escape com frutos tão bons”, disse o estudante. Sobre sua participação no primeiro vídeo do projeto, João relata que “estar em uma das interpretações e escrever um dos monólogos foi um pouco assustador no começo, estar na frente da câmera sozinho é intimidador, mas não faltou apoio para superar essa barreira e quando percebi estava rindo e me divertindo na gravação, fiquei extremamente feliz com o resultado, é muito gratificante quando tanto trabalho duro produz algo que toca outras pessoas”.

A professora idealizadora do projeto considera a ação importante para o compartilhamento de experiências, vivências, descobertas, angústias e esperanças surgidas no período de quarentena. “O processo de escrever algo que você sente, se expressar através da escrita, é um exercício que faz com que possamos ter mais clareza de como estamos vivenciando determinadas situações” afirmou Rebeka Carozza, contando mais sobre sua própria experiência. “Vejo servidores e alunos se superando, superando sua timidez e até mesmo inseguranças, para poder participar desta experiência. Tem sido um momento muito rico, de troca e de aproximação, uma experiência incrível para a comunidade escolar. Eu me sinto muito grata pelo apoio que tenho tido na execução desse projeto e pelo retorno de toda a comunidade", expressou a professora.

 

Inclusão 

O projeto “Monólogos da Quarentena” ainda conta com a participação da tradutora-intérprete de libras do campus Parnamirim, Izabelli Cassiano, responsável por colaborar para comunicação entre surdos e entre pessoas ouvintes e pessoas surdas, garantindo a fundamental integração da comunidade escolar no projeto. Com isso, o projeto visa ampliar seu alcance, ressaltando o compromisso da Instituição com a inclusão. Izabelli Cassiano vê sua atuação no projeto como um importante fator para essa inclusão. "Interpretar os monólogos para libras, gera o conhecimento da arte para os surdos, torna a arte também acessível a este público. O ideal era que outros projetos também adotassem a ideia de colocar a interpretação em libras, considerando que nem todos os surdos possuem domínio da língua portuguesa", disse a intérprete.

Os "Monólogos da Quarentena" são publicados no perfil do campus Parnamirim, @ifrnpar_oficial, às quintas e sextas-feiras.

 

Monólogos da Quarentena - Ficha Técnica

Direção: Rebeka Carozza | Assistência de direção: João Sotero e Emily Chacon | Edição: João Sotero | Intérprete de libras: Izabelli Cassiano | Produção executiva: Rebeka Carozza, Michelle Pinheiro, Xênia Brandão, Emily Chacon e João Sotero  

Realização: Nuarte - Campus Parnamirim/IFRN

 

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Palavras-chave:
ensino
extensao
servidores

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