No último dia 5 de agosto, integrantes dos Conselhos e Órgãos Colegiados do IFRN – Conselho Superior (Consup), Colégio de Dirigentes (Codir), Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepex) e do Comitê de Ensino (Coen) – produziram e enviaram uma carta-conjunta ao Ministério da Educação. O documento, em duas vias, foi endereçado ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, e ao secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Ariosto Antunes Culau. No conteúdo, uma narrativa sobre a gestão de Josué Moreira, reitor pro tempore do IFRN desde abril de 2020.

A carta, com quatro laudas, compõe um documento maior, com 146 páginas, em que os remetentes juntam ao texto inicial uma série de documentos institucionais e do Ministério Público Federal. “Esses documentos comprovam tudo o que está descrito no texto da carta-conjunta e servirá de confrontamento a qualquer negativa sobre a realidade dos fatos que citamos no nosso texto”, disse um dos signatários, que preferiu não ser identificado. A intenção da carta, segundo seu próprio texto, é “denunciar a situação calamitosa na qual a instituição hoje se encontra, devido à nomeação do reitor pro tempore Josué de Oliveira Moreira pelo Ministério da Educação em 17 de abril de 2020, e solicitar providências junto à Secretaria quanto às questões apresentadas”.

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Após os cumprimentos formais, a carta é iniciada com o trecho a seguir: “Primeiro, cabe esclarecer que a retomada das atividades acadêmicas é o principal motivo desta comunicação enviada à Vossa Senhoria. Como já informado anteriormente, é notória e inconteste a falta de articulação e de governança do reitor pro tempore e de sua equipe temporária, além da falta de representatividade e falta de competência para gerenciar a retomada das atividades por qualquer modalidade que seja, situação que preocupa a todos que fazem parte da comunidade do IFRN”.

A missiva segue, elencando uma série de fatos, numa narrativa em que destaca as nomeações de cargos para a gestão pro tempore, problemas com as reuniões dos conselhos, comitês e colegiados do Instituto, renovação de contato de professores substitutos, aquisição de equipamentos de informática, retomando ainda a questão da atividades acadêmicas por meio remoto.

“Diante de toda essa situação, mais uma vez aqui apresentada, solicitamos posicionamento por parte do Ministério da Educação, ao tempo em que, clamamos pela destituição do professor Josué Moreira da função, uma vez que o atual reitor pro tempore do IFRN, além de não possuir experiência de gestão, continua demonstrando unia profunda falta de conhecimento sobre o funcionamento da Instituição”, diz o texto em seus encerramentos.

Solicitando atenção às reivindicações de seus signatários (representantes da comunidade do IFRN através dos conselhos, comitês e colegiados de que são membros), a carta propõe uma reunião do Ministério da Educação com o Conselho Superior do IFRN, na busca por “uma boa definição para toda essa situação”. O documento é encerrado com um pedido de urgência: “Certos de que não é do interesse do MEC ver unia instituição centenária como o IFRN entrar em colapso no seu fazer educacional, cientifico e tecnológico, renovamos, mais uma vez, nossos votos de estima e consideração e solicitamos urgência no posicionamento deste importante Ministério”.

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Carta dos Conselhos, Comitês e Colegiados ao Ministério da Educação

Carta dos Conselhos, Comitês e Colegiados ao secretário de Educação Profissional e Tecnológica