O Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) sediou, em Brasília, o primeiro encontro presencial de 2025 do Fórum de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (Forpog). Durante a programação, que aconteceu entre 20 e 21 de maio, houve uma reunião do Forpog com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Representando o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), esteve presente a pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (Propi), a professora Francinaide Nascimento.

O encontro foi conduzido pela presidente da Capes, Denise Pires de Carvalho, e discutiu temas estratégicos para o futuro da pós-graduação no Brasil, com destaque para os programas voltados à formação de profissionais da Educação Básica e da Educação Profissional e Tecnológica (EPT).

SNPG em expansão

Durante a reunião, a presidente da Capes apresentou dados atualizados sobre a pós-graduação na Rede Federal e os avanços promovidos no Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG). Segundo Denise, a expansão do SNPG segue sendo realizada de forma estratégica: “Cerca de 360 cursos iniciaram o seu funcionamento neste ano”, afirmou.

A apresentação aconteceu em paralelo à divulgação do novo Plano de Ação do SNPG, que estabelece diretrizes para os próximos ciclos avaliativos da pós-graduação no país.

Avaliação de permanência

Segundo Francinaide, um dos pontos centrais do encontro foi a publicação da Portaria nº 109/2025 da Capes, que institui o processo de Avaliação de Permanência dos Programas de Pós-Graduação stricto sensu. “A normativa é acompanhada de um Documento Referencial que sistematiza a metodologia, os procedimentos e as orientações gerais para a comunidade acadêmica, com foco na transparência e na coerência do processo avaliativo”, disse a professora.

Talita Moreira, representante da Diretoria de Avaliação (DAV/Capes), destacou mudanças significativas no processo de avaliação: “Uma mudança importante ocorrerá na classificação das publicações científicas. Serão classificados os artigos, e não mais os periódicos, levando-se em conta os indicadores dos periódicos e dos próprios artigos para uma avaliação mais individualizada”.

Para Francinaide, com isso, “o papel da autoavaliação institucional e o planejamento estratégico dos programas ganham nova relevância, incentivando maior interação entre a comunidade acadêmica e a sociedade”.

Estrutura e inclusão

Outro eixo da reunião foi o financiamento da pós-graduação. Luiz Antonio Pessan, diretor da Diretoria de Programas e Bolsas no País (DPB), apresentou iniciativas como o Programa Pró-Equipamentos, o Programa Institucional de Pós-Doutorado (PIPD), o Programa de Extensão da Educação Superior na Pós-Graduação (Proext-PG) e os Acordos Transformativos do Portal de Periódicos.

“Essas ações visam não apenas fortalecer a infraestrutura das instituições e incentivar a produção científica, como também promover a inclusão social por meio da pós-graduação. A Propi já vem captando recursos em programas como o Pró-Equipamentos e o Proext-PG”, disse Francinaide.

Internacionalização

Representantes da Diretoria de Relações Internacionais (DRI) da Capes também participaram da reunião, destacando programas como o Move La America e o Capes Global. Estiveram presentes Vanessa Fernandes de Araújo Vargas, da Coordenação-Geral de Programas Institucionais e Bolsas Internacionais (CGPIB), e Idelazil Cristina do Nascimento Talhavini, da Coordenação-Geral de Monitoramento de Resultados e Planejamento (CGMRP).

Na pauta, a internacionalização dos programas foi tratada sob uma abordagem multidimensional, que considera desde a mobilidade acadêmica e curricular até a consolidação institucional frente aos desafios globais. Em resumo, Francinaide afirmou que a expectativa é que esse eixo seja cada vez mais integrado aos critérios de avaliação da Capes.