O Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) realizou, durante todo o mês de abril, atividades para debates de pautas indígenas. Referentes ao “Abril Indígena”, ação promovida para discussões pertinentes à temática, diversas questões foram levantadas e espalhadas por todo o território potiguar.

No Campus Lajes, o principal objetivo das ações foi destacar, para a comunidade acadêmica, que todas as esferas sociais são permeadas por atividades indígenas. Também foram destacadas as literaturas das escritoras Eva Potiguara e Márcia Kapemba, bem como literaturas de comunidades da América do Sul.

Criando debates através de produções audiovisuais, um curta-metragem produzido pelo grupo Poiesis foi apresentado, com o objetivo de estabelecer discussão sobre as mulheres indígenas da etnia Guarani em São Paulo.

O último dia de atividades foi marcado pela participação da professora Jovelina Silva, que conversou e discorreu sobre as comunidades indígenas do Rio Grande do Norte. De acordo com Ariela Sales, professora e coordenadora do Núcleo de Estudos Afro Brasileiros e Indígenas (Neabi), o destaque foi dado à perspectiva decolonial e contemporânea, “negando o dito mito do desaparecimento indígena do Brasil quinhentista”.

Ainda de acordo com a professora de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, eventos como o Abril Indígena são importantes porque “promovem a desconstrução da visão colonialista que foi arraigada em nossa sociedade sobre os indígenas”.

Integrante do Neabi do Campus Lajes e estudante do quarto ano do Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio, Marcos Luis acredita que as apresentações e palestras realizadas foram “essenciais e cirúrgicas”. O estudante afirma que “discussões como essa são indispensáveis para nós, enquanto sociedade, porque, por mais que possamos achar que evoluímos, sempre há lacunas a serem preenchidas”.