Campus Natal-Zona Norte
Alunos representam o Brasil em mostra tecnológica na Rússia
Jovens criaram sistema que ajuda deficientes visuais a utilizarem melhor o transporte público
Publicada em 16/11/2016 ― Atualizada há 1 ano, 7 meses
Um ano e dois meses atrás, Victor Nascimento e Rodrigo Machado conquistavam, na Fenecit 11, em Pernambuco, o primeiro de vários prêmios. Naquela oportunidade, a dupla de alunos do curso técnico em Informática do campus Natal-Zona Norte comemorava o primeiro lugar da categoria Engenharia. "Todos os prêmios tiveram um valor significativo, mas devemos tudo a essa primeira medalha, pois ela serviu de estímulo para continuarmos com as pesquisas", contou Victor.
O tempo passou. Com ele vieram mais premiações, troféus, medalhas e credenciamentos para eventos nacionais e internacionais, sendo o último deles a Milset Vostok, que acontece de 15 a 19 de novembro em Moscou, na Rússia. Cabe destacar que a equipe, que hoje conta também com os alunos Dayrone Lima e Kalyane de Oliveira, é a única representante do Brasil nessa mostra de tecnologia.
"É uma honra representar o Brasil em uma feira que reúne os melhores projetos de 60 países", revelou Victor. Segundo o estudante, a equipe vai fazer parte da delegação brasileira em outra mostra internacional, a MILSET Expo-Sciences Internacional, considerada uma dos principais feiras científicas do mundo, que será realizada em 2017 no Ceará.
Sistema auditivo para deficientes visuais
Os jovens criaram o "Sisadev", um dispositivo para ajudar deficientes visuais a utilizarem o transporte coletivo com mais independência. A intenção dos estudantes é colocar um transmissor em cada ônibus, que vai enviar dados como linha e destino, informações que serão recebidas por um receptor para, logo em seguida, serem repassadas ao usuário através de um dispositivo sonoro, que vai-lhe informar quando o veículo estiver se aproximando.
De acordo com o estudante, o dispositivo é bem fácil de usar. "Quando alguém com deficiência visual quiser pegar um ônibus, é só pressionar um botão que vai enviar um sinal de volta para o transmissor, e o motorista vai saber que existe alguém nessas condições na parada", complementou.
Para o professor Aílton Torres, orientador do projeto, o dispositivo tem tudo para sair do papel. "A ideia é fazer um teste de campo em uma linha e, se houver o financiamento com possibilidade de construção de um protótipo real, vamos usá-lo no transporte coletivo e depois expandi-lo", explicou.