Polyanne Karenine Silva da Rocha, aluna do 3º ano do Curso Técnico integrado em Equipamentos Biomédicos do Campus Ceará-Mirim, recebeu, no início de julho, o certificado Silver Honour (Honra de Prata) pelo seu ótimo desempenho na International Astronomy and Astrophysics Competition (Iaac).

Com o final da competição, a aluna premiada foi convidada a ser embaixadora da International Astronomy and Astrophysics Competition, para recrutar o máximo de pessoas possível às competições dos próximos anos. Em seguida, Polyanne participou da 24ª Olimpíada Brasileira de Astronomia, que aconteceu de forma on-line em 2021. Por seu desempenho, considerado excelente, a estudante foi convidada a participar do processo de seleção das equipes internacionais.

A Iaac é uma competição internacional de astronomia e astrofísica, na qual estudantes são desafiados a resolverem diversos problemas que são enviados em cada fase. Cada etapa tem um número de questões, e para passar para a próxima fase é necessário atingir uma certa quantidade de pontos. Existem duas categorias, a júnior (abaixo de 18 anos) e a jovem (acima de 18 anos). A cada fase, os problemas vão aumentando de dificuldade e também de formato. Não existem somente problemas de cálculo, mas também de explicações de fenômenos astronômicos e análises de artigos científicos.

Polyanne teve conhecimento da Aiaac pelo Instagram, enquanto participava de outra competição, a Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), e se inscreveu por conta própria, faltando apenas três dias para encerrar o prazo de submissão dos problemas. “Eu fiquei três dias só resolvendo os problemas, enquanto outras pessoas tiveram meses. Eu não sabia muita coisa, eram muito avançadas, então estudei muito e tentei resolvê-los. Fiquei muito feliz quando passei para a próxima fase porque estava fazendo apenas por diversão, então não imaginava que conseguiria”, disse a aluna..

Na segunda fase, a aluna de Equipamentos Biomédicos teve que encarar várias questões de nível avançado, algumas com análise de artigos científicos. Na última fase, foram apenas 60 segundos para resolver cada questão. Polyanne diz que, apesar do nervosismo, também se saiu bem nesta etapa. “Eu nunca fiz essa competição pensando que conseguiria, realmente fiz para ganhar experiência e me divertir, porque era bem difícil e qualquer pessoa poderia participar. Eu estava competindo com astrônomos formados, graduandos de física e o detalhe era que era o mundo todo. No final, estudar e resolver os problemas da Iaac me ajudaram muitíssimo a ir bem na OBA, e a aprender coisas extremamente avançadas, apenas me divertindo. É uma experiência muito legal e você consegue perceber que é capaz de muito, se se esforçar o máximo”, relembrou.