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PRÓ-REITORIA DE ADMINISTRAÇÃO

A Reestruturação da Proad sob a ótica da Diretoria de Engenharia e Infraestrutura

Proposta atenderia demandas legais e necessidades da equipe de servidores

Publicada em 06/10/2020 Atualizada há 1 ano

Proposta dá à Dieng três Coordenações: Projetos e Orçamentos, Manutenção e Infraestrutura  e Fiscalização de Obras

22 campi, dezenas e dezenas de instalações prediais, várias obras em andamento e inúmeros projetos espalhados pelo estado. Esse poderia ser o resumo da área de atuação de uma das mais ativas diretorias do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN). Poderia, mas não é. Ao menos no que depender da Proposta de Reestruturação e Melhoria de Gestão da Pró-Reitoria de Administração (Proad) do IFRN. Hoje trataremos – dentro da série de matérias sobre o Plano de Trabalho nº 3/2020 – da Diretoria de Engenharia e Infraestrutura (Dieng).

Histórico e demandas

 “Entrei no IFRN, como engenheira civil, em 2009. Desde então, venho engajada na luta por organizar um setor que seja de fato sistêmico. Trabalhar isolada, com os colegas também sozinhos em cada campus - sem interagir diretamente com os outros, sem trocar conhecimentos, foi sempre o contrário de nossa luta. Na Engenharia, devemos trabalhar com estudo em grupo, com divisão em equipes multidisciplinares, onde cada um dentro da sua especialidade pode contribuir no que for melhor. O maior ganho é no aumento da eficiência, troca de informações e segurança nos atos administrativos. Assim, para mim, a reestruturação da Dieng em três coordenações (Coordenação de Projetos e Orçamentos, Coordenação de Fiscalização de Obras e Coordenação de Manutenção e Infraestrutura) é um passo sem igual no sentido desse ganho”. A fala é de Ana Cláudia Medeiros, diretora de Administração do Campus Parnamirim.

A engenheira, em sua narrativa, apontou algumas das alterações da proposta da Proad. O mesmo fez seu colega de profissão e função, David Mousinho, diretor de Administração substituto do Campus Canguaretama, indo além: “O potencial do quadro de arquitetos e engenheiros do IFRN poderia ser melhor aproveitado pela Instituição, uma vez que atualmente a Diretoria de Engenharia e Infraestrutura possui autonomia para designar demandas técnicas apenas para os profissionais lotados na Reitoria, enquanto que os engenheiros que possuem lotação nos campi, em razão da sazonalidade das obras, absorvem demandas administrativas diversas ao invés de serem designados para atender demandas de engenharia de algum campus que não possua engenheiro, por exemplo. Assim, vejo que a reestruturação proposta corrige essa inconsistência, dando autonomia para a Dieng gerenciar as demandas do IFRN como um todo, utilizando a expertise de cada profissional de acordo com a sua especialidade”, disse. 

Já Nilton Ribeiro Pereira Bomfim, atual diretor de Engenharia e Infraestrutura do Instituto, além de retomar esse histórico, acrescentou informações sobre exigências dos órgãos de controle federais. O diretor destacou que “uma atuação mais sistêmica, estratégica e integrada entre Reitoria e os campi permitirá que sejam utilizadas de maneira mais eficaz e eficiente a expertise e qualidade profissional de servidores que compõem o corpo técnico de engenharia e arquitetura do IFRN. Além disso, temos que os órgãos de controle como o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral da União (CGU) exigem do IFRN a elaboração de todos os projetos de obras, inclusive os complementares, o que ainda não é possível realizar, em especial, pelo fato de termos poucos profissionais trabalhando de forma integrados e colaborativa.

Órgãos de controle

David Mousinho também apontou a relevância da reestruturação da Dieng para o quesito legal. Para ele, além de proporcionar maior segurança técnica e administrativa aos profissionais da área no atendimento à legislação atual e recomendações do TCU, demandas que exigem a atuação do engenheiro ou arquiteto poderão ser executadas com maior celeridade e qualidade, garantindo que todas as unidades que compõem o IFRN sejam atendidas de forma igualitária. 

“Quero destacar um ponto muito positivo da reestruturação proposta, sendo ela a criação da coordenação de projetos e orçamentos. Essa coordenação terá uma função extremamente importante para aperfeiçoar a elaboração de Projetos Básicos para as obras do Instituto, incluindo na etapa de planejamento da licitação os projetos complementares que são elaborados por engenheiros, como: Estrutural, Instalações Elétricas, Instalações Hidrossanitárias, Instalações de Combate a Incêndio, entre outros”

Para Mousinho, essa é uma forma de cumprir recomendações e definições contidas no Manual de Obras Públicas do Tribunal de Contas da União, de 2014. O diretor de Administração substituto do Campus Canguaretama enfatizado ainda que “projetos e orçamentos bem elaborados diminuem, significativamente, a possibilidade de problemas na etapa de execução de obra e a ocorrência de termos aditivos contratuais de prazo e valor, que quando ocorrem, trazem transtornos ao planejamento orçamentário da Instituição”.

Polos e competências

Outra das atividades de responsabilidade do setor diz respeito à atuação no planejamento e na execução do orçamento de investimento, gerenciando e coordenando projetos estratégicos previstos no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 2019-2026: Plano Diretor de Infraestrutura do IFRN, Plano de Inspeção e Manutenção das Unidades, Plano de Economia, Uso Eficiente e Reuso da Água e Programa de Economia e Uso Eficiente da Energia Elétrica.

Ao descrever as competências da Diretoria, Nilton Bomfim apontou uma lista de benefícios, todos frutos da Proposta de Reestruturação: “Dentre as competências regimentais da Dieng, temos o acompanhamento da execução de obras e serviços executados por administração direta, a coordenação da elaboração de projetos básicos e orçamentários de obras e serviços de engenharia e do desenvolvimento de projetos de obras, serviços e instalações de interesse da Instituição, além da participação na elaboração do Plano Diretor de infraestrutura da Instituição”.

Para o diretor, a proposta trará, entre outros, os seguintes benefícios para a Instituição:

  • Suporte técnico de engenharia a todos os campi do IFRN:
  • Fiscalização técnica de contratos de manutenção predial: refrigeração, gerador, etc.
  • Capacitação unificada e coletiva dos servidores através da DIENG;
  • Potencialização do corpo técnico de engenharia do IFRN;
  • Especialização dos trabalhos, gerando agilidade na prestação dos serviços;
  • Elevação da capacidade de projetos do IFRN:
  • Viabilizar novos projetos com antecedência, para possíveis solicitações de recursos extraorçamentários;
  • Gestão a Vista: Centralização das demandas e Workflow processual para acompanhamento dos serviços técnicos.

“Outro fato relevante é a efetivação do uso do BIM (Modelo de Informação da Construção) em nossos projetos. O BIM, de maneira simples, é uma metodologia de projeto que trará mais eficiência para as obras através da modelagem da informação. Colocar em prática esse conceito e tecnologia exige trabalho colaborativo e integrado do corpo técnico de engenharia e arquitetura do IFRN, porém a estrutura atual dificulta essa implementação”, encerrou Nilton.

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Plano de Trabalho nº 3/2020 da Pró-Reitoria de Administração (Proad) do IFRN — Proposta de Reestruturação e Melhoria de Gestão