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Conif

12 anos do Conif: desafios e perspectivas para o futuro

Conselho teve de se adaptar às mudanças causadas pela pandemia da Covid-19 e manteve suas atividades

Publicada em 23/03/2021 Atualizada há 1 ano

Sônia Regina de Souza Fernandes, presidente do Conif

Nesta terça-feira (23), o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) chega aos seus 12 anos, em meio a uma pandemia sem precedentes e diante de um dos maiores desafios da história da Rede Federal: a redução orçamentária. No decorrer dos últimos 12 meses, o Pleno vem se articulando junto ao poder público para reverter o corte orçamentário, que pode chegar a 21% no custeio das instituições, e junto à comunidade acadêmica, da qual vem produzindo insumos para o enfrentamento da pandemia.

As transformações provenientes desses cenários devem nortear o futuro do Conif e das 41 instituições congregadas – 38 institutos federais, dois Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) e o Colégio Pedro II. “São inúmeras as consequências que teremos, tais como a mudança nas relações de ensino-aprendizagem, a consolidação do EaD, as possibilidades advindas do trabalho remoto e as transformações no mundo do trabalho, dentre outras”, afirma Jadir José Pela, que esteve à frente do Conselho em 2020.

Para a atual diretoria, o maior desafio é compreender que o mundo não será mais o mesmo e que será preciso conviver com uma “nova” normalidade. Nesse sentido, o grupo compreende que o Conselho tem um papel relevante para a Rede Federal, principalmente no que diz respeito à representação, à articulação, à proposição de políticas públicas e à defesa dos interesses da Rede. Outro ponto de destaque é a articulação com instituições públicas e privadas, com vistas à obtenção de fomento, à proposição de políticas e à realização de um amplo conjunto de ações de enfrentamento.

“No conjunto, faz-se necessário a percepção apurada que as relações sociais, econômicas, culturais e educacionais estão sofrendo profundas mudanças. É preciso compreender e buscar soluções coletivas, comprometidas com um mundo melhor, a partir de uma ampla e democrática discussão com nossas comunidades acadêmicas. Dessa forma, gestores, servidores, estudantes, pais dos estudantes devem articular possíveis caminhos para um contexto pós-pandemia, ressignificando as práticas pedagógicas”, comenta a presidente do Conif, Sônia Regina de Souza Fernandes.

Adaptações

A rotina do Conselho também foi impactada pelo atual cenário pandêmico. No entanto, isso não caracterizou uma paralização das atividades. Prova disso foi o elevado número de reuniões, discussões e articulações, em formato on-line, com entidades governamentais, do Legislativo e da sociedade em geral, com o propósito de propor orientações e soluções para o enfrentamento dos impactos causados pela pandemia.

No entendimento da diretoria em exercício, os desdobramentos futuros dessas transformações no pleno também refletirão em uma maior incorporação de práticas digitais, maior diversidade de estratégias para a realização das ações do colegiado, como reuniões, eventos, compartilhamento de informações, ideias e experiências.

O secretário Executivo da entidade, Alexandre Bahia, explica que apenas durante o último ano, o pleno do Conif realizou 28 reuniões virtuais e dezenas de encontros remotos com parceiros nacionais e internacionais, como a participação no ato em defesa de um orçamento justo para a educação e a assinatura de termos de cooperação junto a Cisco.

“Tivemos que nos reinventar para seguirmos todas as orientações de distanciamento social. Fizemos uma transição para o teletrabalho no escritório em Brasília e levamos para o digital todas as reuniões e articulações. A eleição da nova diretoria ocorreu de maneira on-line e a Reditec 2020 precisou ser remodelada para um formato digital, inclusivo e inovador. Isso tudo é um marco para a história do Conselho”, concluiu Alexandre