TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
IFRN passa a emitir diplomas de Graduação de forma digital
Assim como os certificados de cursos técnicos, FICs e de pós-graduação, Instituto é o primeiro da Rede Federal de Educação a gerar documentos digitais
Publicada em 08/03/2022 ― Atualizada há 1 ano
No último mês de fevereiro, o Instituto Federal do Rio
Grande do Norte (IFRN) deu início à emissão digital de diplomas de
cursos superiores de Graduação. Isso torna o IFRN a primeira instituição
da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica a
realizar a ação, que busca trazer mais rapidez, segurança e economia.
A ação, realizada pela Pró-Reitoria de Ensino (Proen/IFRN),
por meio da Diretoria de Administração Acadêmica (Diaac), e pela
Diretoria de Gestão em Tecnologia da Informação (DIGTI), através da
Coordenação de Sistemas da Informação (Cosinf), ocorre em conformidade
com normativas e portarias do Ministério da Educação (MEC).
Diploma digital de graduação
Um dos primeiros diplomas digitais de curso superior em
nível de Graduação do IFRN é de Paula Cristina Carvalho da Costa, de 33
anos, que concluiu a Tecnologia em Gestão Ambiental, na modalidade
Ensino a Distância (EaD), pelo Campus Natal – Zona Leste. Ao
saber que seria um dos primeiros estudantes do Instituto a receber o
documento de forma digital, Paula Cristina comemorou: “Em virtude do
momento que nos cerca, tudo sendo integrado ao sistema EaD e ao ensino
remoto, é uma honra fazer parte desta instituição. [É uma ação]
plausível, inclusiva e, sem dúvida, extremamente necessária”.
Mais agilidade, segurança e economia
O pró-reitor de Ensino do IFRN, professor Dante Henrique
Moura, celebra o avanço: “é uma questão extremamente importante para a
instituição, um avanço muito grande. Representa uma maior agilidade para
que as pessoas que concluem seus cursos possam ter seus certificados e
diplomas, de todos os níveis na instituição, desde os cursos de Formação
Inicial e Continuada (FIC) até o Doutorado”.
A expedição virtual de certificados e diplomas permite a
desburocratização do processo de emissão dos documentos, trazendo
benefícios para o IFRN e seus estudantes. Além de possuir a mesma
validade jurídica do documento físico, a emissão digital evita fraudes,
dando segurança ao processo de geração dos documentos.
Conforme o pró-reitor de Ensino do IFRN, “a partir de
agora, haverá uma grande economia”. O professor Dante conta que “os
custos envolvidos no processo de impressão e de assinatura de diplomas
são muito elevados. Por exemplo, no Campus Pau dos Ferros, em termos de
tempo, os diplomas [físicos] irão se acumular, portanto, o tempo de
entrega é elevado. A impressão é feita em um papel especial, que é caro;
a tinta é especial, e também cara; necessita de combustível para o
carro que irá da região a Natal para que o reitor assine e devolva”.
Dante ressalta que “no entanto, não há apenas o Campus Pau dos Ferros; a instituição tem 22 campi,
e esse é o mesmo processo para todos”. O pró-reitor conclui dizendo que
os custos envolvidos no processo de impressão dos documentos serão
eliminados, e os recursos, agora, poderão ser destinados a ações de
Ensino, de Pesquisa e de Extensão do IFRN.
Forma de emissão específica
O diretor da Diretoria de Administração Acadêmica (Diaac), Frederico Augusto, explica que, diferentemente da emissão de certificados de cursos de Formação Inicial e Continuada e diplomas de Pós-graduação e de Cursos Técnicos, a expedição de diplomas de Graduação é baseada em portarias e normativas específicas do Ministério da Educação (MEC). “Ela tem um conjunto de exigências e especificações que precisamos atender para poder emitir os diplomas”.
Frederico conta que “a ideia do MEC é um pouco diferente do
que a gente vinha praticando aqui [com a emissão de certificados de
cursos FICs e de diplomas de Pós-graduação e de Cursos Técnicos]. O PDF
gerado é apenas uma representação visual, decorativo. O diploma e a
documentação acadêmica são um conjunto de dados, armazenados em dois
arquivos, em formato XML (sigla para Extensible Markup Language).
Esses dados possuem informações do diploma e da formação acadêmica do
aluno, sendo assinado digitalmente, garantindo integridade e
autenticidade das informações.
O arquivo XML é um conjunto de dados usados para preencher tags e
espaços destinados a informações pessoais e acadêmicas dos estudantes. É
uma linguagem de marcação que define como o conteúdo será visualizado
ou como as informações serão distribuídas. No Brasil, o recurso XML já é
utilizado na emissão de notas fiscais.
“Geramos o documento de acordo com a especificação do MEC e
enviamos para a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) para poder
assinar. O reitor, o diretor-geral do Campus e a própria instituição utilizam seu token (dispositivo
eletrônico/sistema gerador de senhas) para assinar esses documentos”,
detalhou Frederico Augusto. O diretor da Diaac acrescenta que a nova
forma de emissão de diplomas de Graduação é construída no âmbito do IFRN
e em seguida é enviada para assinatura externa ao Sistema Unificado de
Administração Pública (Suap).
Digitalização no IFRN
Desde 2020, a equipe responsável pelo processo de
modernização no setor acadêmico do IFRN vem trabalhando para melhorar o
desempenho do Instituto, especialmente no que diz respeito ao
atendimento aos estudantes, através da digitalização. Na lista de ações,
constam o módulo de matrículas on-line, necessário durante a pandemia
do novo coronavírus; a pasta documental dos estudantes; a emissão
digital de atas de Trabalho de Conclusão de Curso; e a expedição digital
de certificados e diplomas de cursos de FICs, do Programa Novos
Caminhos; de Pós-graduação; de Nível Técnico; e, agora, de Graduação.
“Nós digitalizamos a entrada e a saída. Precisamos, agora, cuidar da jornada do estudante”
Para o diretor da Diretoria de Gestão em Tecnologia da
Informação (DIGTI), André Gustavo, a conclusão do processo de emissão
digital de certificados e diplomas de cursos do IFRN, nos variados
níveis, é traz um “sentimento de dever cumprido, de estar gerando um
ganho considerável para a instituição, em que o principal beneficiado é o
estudante”.
“A gente trabalhou essa questão dos certificados, ou seja,
da jornada final. O início já está digital, que é a matrícula cem por
cento on-line. Nós digitalizamos a entrada e a saída. Precisamos, agora,
cuidar da jornada [do estudante], garantindo que seu percurso dentro do
Instituto Federal do Rio Grande do Norte também possa ser digital. Ou
seja, que o aluno possa fazer um requerimento de uma nova prova de forma
digital, de onde ele estiver, solicitar uma justificativa de falta, um
aproveitamento de disciplinas; que ele possa requerer seus direitos
administrativos e acadêmicos em formato digital, com uma burocracia
menor possível, sendo atendido de forma automática, quando possível.
Bastará que ele apenas clique em um botão”, declarou o diretor da DIGTI.
Segundo André Gustavo, o objetivo agora é oferecer mais
recursos digitais no processo de Ensino e Aprendizagem, de Pesquisa e de
Extensão aos estudantes do IFRN, “para que tenham uma jornada ainda
mais alinhada às exigências e à expectativa do mundo moderno hoje”.
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