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Alunos do Campus Pau dos Ferros do IFRN disputam competição de robótica na França

Competição do “Challenge Robotique 2017” terá início no dia 6 de abril, na cidade de Le Mans

Publicada em 29/03/2017 Atualizada há 1 ano

Professor Orientador, Bonfim Aquino; e os jovens pesquisadores, Hawllysson Gardel e Geraldo Filho, no Laborarório de Pesquisa e Desenvolvimento do Campus (P&D). Foto: Marcilio França

Os alunos do Campus Pau dos Ferros do IFRN, Hawllysson Gardel (concluinte), Bruna Soares (concluinte) e Geraldo Filho (3º ano), do curso técnico integrado em Informática, sob orientação do Professor Bonfim Aquino e coorientação do Professor Michel Santana, terão o seu projeto robótico apresentado no “Challenge Robotique 2017”, na França.


A conquista de credenciamento ao evento, que será realizado no Lycée Touchard Washington, na cidade francesa de Le Mans, foi fruto da premiação de 1º lugar na 2ªOlimpíada de Robótica do IFRN”, promovida durante a Semana de Ciência, Tecnologia e Extensão (Secitex), realizada em novembro passado, no Campus Parnamirim. A competição reuniu 90 alunos de diversos campi do Instituto, de maneira que robôs simulassem o resgate de uma vítima, levando-a até uma área segura.


O protótipo, construído com base na plataforma arduíno, é capaz de realizar atividades diversas. O professor Orientador, Bonfim Aquino, comenta sobre o robô: “Através do arduíno, todas as decisões do robô são tomadas. Ele tem sensores que captam a interação com o meio externo. Esses sensores enviam sinais para o arduíno, que por sua vez processa esses sinais e toma as decisões, como ir para à direita, para à esquerda, soltar a bola, abrir a garra, entre outras tarefas”, detalha Bonfim. “Vale lembrar que este robô pode agregar várias configurações, por exemplo: se a gente colocasse uma garra ao invés da caçamba, ele poderia ser utilizado, por exemplo, para desarmar uma bomba, para inspecionar”, complementa o aluno Geraldo.


Empolgado, o estudante e jovem pesquisador, Hawllysson Gardel, reconhece a importância da robótica educacional e relata aprendizados e valores que o grupo vem adquirindo desde que iniciou o projeto: “Tivemos que nos dedicar, chegando passar dias e noites na escola. Mesmo não obtendo bons resultados nas primeiras competições, nunca desistimos. Desde que nos envolvemos com projetos de robôs, já participamos de 5 competições, sendo 3 Olimpíadas Brasileiras de Robóticas (OBRs) e duas Olimpíadas de Robótica do IFRN. Ao longo do tempo, fomos progredindo até a premiação máxima, como o topo do pódio da Olimpíada de Robótica do IFRN, durante a Secitex.


PROJETO MULTIDISCIPLINAR E EDUCATIVO

Bonfim Aquino comenta que o desenvolvimento do robô fez com fez com que os alunos se envolvessem com diversas disciplinas: “Eles tiveram que estudar muita programação, além de Eletricidade, Eletrônica, Matemática, Física, sem contar com o desenvolvimento de habilidades para tarefas manuais, a criatividade,  perseverança, a lógica, entre outras.
O professor e os jovens pesquisadores citam utilidades que o projeto do robô é capaz de tornar realidade: “É um protótipo capaz de agregar várias configurações, como ensinar álgebra a um estudante, desarmar uma bomba a partir de uma garra, resgatar uma vítima, como fizemos na Secitex, entre outras aplicações.

ENTENDENDO MELHOR O ROBÔ

O robô é uma combinação de placas, circuitos e comandos de programação, funcionando com 6 baterias de 1,2volts, cada. “Esse projeto envolve vários protocolos de comunicação, como por exemplo, a utilização um módulo denominado “XBee”, RFID, tecnologias amplamente utilizadas em sistemas embarcados. O protótipo possui ainda entrada para 2 servos e os motores dele são de alta precisão, os chamados ‘motor de passo’, que são utilizados em impressoras 3D, em maquinários que fabricam circuitos”, comenta Bonfim.


“A parte física e elétrica desse robô é maleável, precisa e bastante segura. Ou seja, pode-se modifica-lo para o desenvolvimento de novas tarefas e ainda utilizá-lo em pesquisas, como ensinar funções a estudantes da educação básica através da robótica”, comenta o jovem pesquisador Hawllysson.


“O grupo está otimista! Nesse intervalo trabalhamos ainda mais no projeto. Estamos levando um robô aprimorado, que fará novas tarefas em relação ao que foi apresentado durante a Secitex”, destaca Bonfim.


O IFRN, ciente da importância do fomento à pesquisa, está apoiando os acadêmicos com as diárias e passagens. Os estudantes irão acompanhados do Professor Orientador Bonfim Aquino e da Diretora Geral do Campus Pau dos Ferros do IFRN, Professora Antonia Silva, que representará o Reitor do IFRN, Professor Wyllys Farkatt. A Diretora Acadêmica do Campus, Amélia Reis, aproveitando a sua visita a Portugal para programa de doutoramento, acompanhará por conta própria a delegação. Além da equipe do Campus Pau do Ferros, o IFRN contará com um grupo do Campus Santa Cruz apresentando outro projeto.



::: CONTEÚDO RELACIONADO:
28/11/2016: Projeto de alunos do Campus Pau dos Ferros vence a Olimpíada de Robótica do IFRN.