A Companhia Trampolim de Teatro, projeto de Extensão do Campus Parnamirim do Instituto Federal do Rio Grande do Norte, coordenado pela professora Rebeka Carozza, tem ampliado sua atuação para além dos limites institucionais, consolidando-se como presença ativa na cena cultural e nos eventos sociais da cidade.

Neste sábado (13), a abertura das comemorações do aniversário de 67 anos de emancipação de Parnamirim (RN) reuniu cerca de dez mil pessoas e contou com a apresentação de “Nas Asas da História”. O espetáculo retrata o nascimento da cidade, conhecida como “Trampolim da Vitória”.

A professora Rebeka Carozza enfatiza que “ver os atores da Cia. Trampolim de Teatro participando das comemorações do 67º aniversário de Parnamirim foi, para mim, um momento de profunda emoção e realização. Acompanhar esses alunos em cena, diante de um público tão expressivo, reforça o sentido do trabalho desenvolvido ao longo dos anos por meio dos projetos de ensino e extensão que coordenei no Campus Parnamirim do IFRN, onde muitos deles tiveram seus primeiros contatos com o fazer teatral. A apresentação do espetáculo “Nas Asas da História”, que integrou a abertura oficial das celebrações, evidenciou não apenas a potência artística do grupo, mas também o papel transformador da educação pública quando aliada à cultura e à extensão. Ver João Sotero e Paulianni Araújo, hoje egressos, ao lado de João Victor Machado e Leonardo Souza, ocupando esse espaço simbólico da cidade, foi a confirmação de que o teatro, quando nasce no ambiente educativo, pode ganhar asas e alcançar a comunidade, fortalecendo identidades, memórias e trajetórias”.

Para João Sotero, “participar do "Nas Asas da História" foi uma experiência incrível e uma oportunidade maravilhosa. Estar no palco de um evento tão importante para a cidade, com tantas pessoas nos assistindo, foi um frio na barriga que nunca mais se esquece. Quando a gente começa no auditório do IF, apresentando uma peça para uma disciplina do ensino médio, não imagina o impacto que isso vai ter na nossa vida, nem do quão longe ainda vamos chegar. Mas o que não falta nesse campus são pessoas para te olhar nos olhos com todo o carinho e dizer "Você consegue fazer isso e muito mais"."

Paulianni Araújo compartilha do mesmo sentimento. “Estar em cena nesse espetáculo representou muito mais do que uma apresentação: foi a materialização de um processo construído ao longo do tempo. Iniciar no fazer teatral por meio da Companhia Trampolim de Teatro foi essencial para que eu chegasse até esse momento. Mesmo após a conclusão do curso e a condição de egressa, seguir fazendo teatro e levando esse trabalho além dos muros da instituição reafirma a força do que foi construído no IFRN. Foi nesse espaço que aprendi, além da parte técnica, a me expressar, a trabalhar em coletivo, a ouvir o outro e a compreender o teatro como um lugar de pertencimento e expressão. Apresentar para um público tão expressivo reforçou em mim a certeza de que o teatro transforma não só quem assiste, mas principalmente quem permanece vivendo e dando continuidade a essa experiência”.