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Educação, Ciência, Cultura e Tecnologia em todo o Rio Grande do Norte

Campus

Parnamirim

Institucional

Publicada em 10 de Julho de 2023 às 15:23 Atualizada em 13 de Julho de 2023 às 13:24

A construção da identidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte tem sua marca na expansão, democratização e interiorização da educação profissional de qualidade, contribuindo, assim, para a inclusão social e possibilitando uma formação acadêmica sintonizada com as vocações territoriais e com as demandas formativas da população do campo e da cidade.

A educação profissional, entre outras coisas, diz respeito à criação de um ambiente de convivência e integração entre os diversos níveis de formação ofertados que abarca diversas as áreas de conhecimento, contribuindo assim com a construção de uma visão de responsabilidade e desenvolvimento social. Esse modelo integrado motiva a comunidade acadêmica e eleva os indicadores institucionais de desempenho, impactando diretamente no desenvolvimento dos territórios de abrangência onde o Instituto está inserido.

A educação ofertada pelo IFRN diz respeito, também, à formação cidadã, imbuída de valores éticos – com visão que busca compreender os fenômenos em sua totalidade – e preparados para uma atuação voltada ao contexto social.

Assim, a atuação do Instituto ultrapassa a estrita formação profissional e técnica para o trabalho, preocupando-se em incorporar outras dimensões da constituição humana e da vida em sociedade.

Está presente em todo o estado do Rio Grande do Norte por meio de seus 22 campi, do Polo Embrapii Centro de Tecnologia Mineral Professor José Yvan Pereira Leite e da Reitoria.

Caracterização

Os Institutos Federais são instituições de educação superior, básica e profissional, pluricurriculares e multicampi, especializados na oferta de educação profissional e tecnológica nas diferentes modalidades de ensino, com base na conjugação de conhecimentos técnicos e tecnológicos com as suas práticas pedagógicas, na forma da Lei nº 11.892/2008. Detentores de autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didático-pedagógica e disciplinar e, para efeito de avaliação e regulação da oferta de cursos superiores, equiparados às universidades, também atuam como instituições acreditadoras e certificadoras de competências profissionais, de acordo com a mesma lei.

O IFRN, institucionalidade dada pelos termos da Lei 11.892/2008, faz parte da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, vincula-se ao Ministério da Educação, possui natureza jurídica de autarquia e detém autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didático-pedagógica e disciplinar. Trata-se de uma instituição de educação superior, básica e profissional, especializada na oferta de educação profissional e tecnológica nas diferentes modalidades de ensino, conjugando conhecimentos científicos, técnicos e tecnológicos a ideais pedagógicos de fundamentação histórico-crítica.

Definições

A partir da Lei nº 11.892/2008, foram definidas novas mudanças no perfil institucional, de modo que os agora denominados Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia passam a ter objetivos norteadores bem mais abrangentes e complexos, que – como já citado - se complementam ao de promoção da educação profissional e cidadã de qualidade nas diferentes modalidades e níveis de ensino, desde a oferta de cursos de formação inicial e continuada aos cursos técnicos, chegando aos cursos de nível superior de graduação e pós-graduação.

Cabe ao IFRN, portanto, exercer um papel que envolve função social, missão, visão, valores e objetivos.

Função social

Ofertar educação profissional e tecnológica – de qualidade referenciada socialmente e de arquitetura político-pedagógica capaz de articular ciência, cultura, trabalho e tecnologia – comprometida com a formação humana integral, com o exercício da cidadania e com a produção e a socialização do conhecimento, visando, sobretudo, a transformação da realidade na perspectiva da igualdade e da justiça sociais.

Missão

Prover formação humana, científica e profissional aos discentes visando o desenvolvimento social do Rio Grande do Norte.

Visão

Consolidar-se como uma instituição de referência nacional e identificada por sua excelência na formação humana e profissional, geradora de desenvolvimento científico e tecnológico.

Valores

Os valores organizacionais são referência fundamental diante das atitudes e comportamentos voltados à satisfação do público-alvo. No IFRN, os valores norteares são pautados por:

  • Comprometimento dos servidores com o atendimento dos objetivos e da missão institucional;
  • Cooperação perante os princípios de justiça, participação, corresponsabilidade, igualdade nas relações sociais e nos processos de gestão;
  • Diversidade, com respeito e inclusão frente às diferenças históricas, econômicas, culturais e sociais;
  • Equidade, através da percepção e prática da valorização, do desenvolvimento pessoal e técnico, do bem-estar e da realização profissional de todo o quadro de pessoal, efetivo ou não;
  • Ética, com vistas à transparência, justiça social e responsabilidade com o bem público; e
  • Responsabilidade socioambiental, pelo viés da sustentabilidade e responsabilidade social e ambiental.

Objetivos

O IFRN oferece um ensino público, laico, gratuito e de qualidade, com cursos em sintonia com a função social que desempenha, visando a consolidação e o fortalecimento dos arranjos produtivos, culturais e sociais do Rio Grande do Norte. Apresenta, para tanto, um currículo organizado a partir de quatro eixos – ciência, trabalho, cultura e tecnologia – que atuam, de modo entrelaçado e intercomplementar, como princípios norteadores da prática educativa.

Entre seus objetivos, figuram ações como a oferta de:

  • Cursos de formação inicial e continuada a trabalhadores, incluídos a iniciação, o aperfeiçoamento e a atualização. Em todos os níveis e modalidades de ensino;
  • Cursos de Educação para jovens e Adultos, contemplando os princípios e práticas inerentes à educação profissional e tecnológica;
  • Cursos de educação profissional técnica, de forma articulada com o Ensino Médio, destinados a proporcionar habilitação profissional para os diferentes setores da economia;
  • Cursos de Ensino Superior de graduação e de pós-graduação lato sensu e stricto sensu, visando à formação de profissionais e especialistas na área tecnológica; e
  • Cursos de Licenciatura, bem como programas especiais de formação pedagógica, nas áreas científica e tecnológica.

Ainda estão em sua justificativa organizacional: o estímulo e o apoio à produção cultural, o empreendedorismo, o desenvolvimento científico e tecnológico e o pensamento reflexivo; à geração de trabalho e renda, especialmente a partir de processos de autogestão, identificados com os potenciais de desenvolvimento local e regional; e aos processos educativos que levem à geração de trabalho e renda e à emancipação do cidadão na perspectiva do desenvolvimento socioeconômico local e regional.

Por fim, o IFRN busca desenvolver atividades de Extensão, de acordo com os princípios e finalidades da educação profissional e tecnológica, em articulação com o mundo do trabalho e os segmentos sociais, e com ênfase na produção, desenvolvimento e difusão de conhecimentos científicos e tecnológicos, bem como promover a integração com a comunidade, contribuindo para o seu desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida e de Pesquisa, estimulando o desenvolvimento de soluções técnicas e tecnológicas de forma criativa, estendendo seus benefícios à comunidade.

Ensino, Extensão e Pesquisa

Em decorrência da caracterização da organização e da consequente ampliação na oferta de cursos bem como o aprofundamento no nível de complexidade dos objetivos atrelados às atividades de Extensão e Pesquisa, o IFRN alinha a sua oferta formativa à perspectiva da indissociabilidade e articulação entre Ensino, Extensão e Pesquisa, visando o desenvolvimento em uma atmosfera que preserve as ideias de autonomia e a liberdade acadêmica.

O IFRN oferta cursos de educação profissional técnica, em nível médio, por meio da oferta presencial e à distância, nas modalidades integrado e subsequente. Ministra diversos cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) nas áreas da educação profissional e tecnológica, destinados ao público-alvo em diversos os níveis de escolaridade. Também oferta cursos na educação superior, com enfoque profissional e tecnológico, nas modalidades de graduação de tecnologia, licenciatura e bacharelado, e de pós-graduação lato e stricto sensu. Parte da oferta formativa é direcionada à Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Em relação à dimensão do Ensino, os processos educativos assumem a perspectiva de contribuir para o desenvolvimento e a emancipação humana, para além da perspectiva do crescimento econômico ou da acumulação de capital privado, mas tendo em vista o fortalecimento do processo de desenvolvimento social e econômico em nível local, territorial e, quiçá, regional.

O IFRN desenvolve a Extensão e Pesquisa na perspectiva de produção, socialização e difusão de conhecimentos, estimulando a produção cultural e realizando processos pedagógicos que levem à geração de trabalho e renda. Em um contexto mais amplo, a Instituição visa contribuir para as transformações da sociedade, visto que esses processos educacionais são construídos nas relações sociais.

Como já dito, a criação dos Institutos Federais está associada não apenas à ampliação da oferta da educação profissional e tecnológica, mas também à formação de professores para as áreas de ensino de Ciências e Matemática, por meio da interiorização da oferta formativa dos cursos de licenciaturas e especialização e mestrado, de modo a responder às demandas do desenvolvimento socioeconômico local.

Tais mudanças de concepção nos objetivos alteraram significativamente o perfil institucional em todas as suas dimensões de atuação.

Por sua vez, as atividades de Extensão visam a inserção de discentes e egressos no mundo do trabalho de maneira proativa e valorizada. Elas se pautam também na difusão de conhecimentos científicos e tecnológicos, no desenvolvimento e na transferência de tecnologias sociais e ambientais, na internacionalização e na busca pelo reconhecimento institucional junto à sociedade.

Em relação à Pesquisa, são fortalecidos em âmbito acadêmico, através do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), o incentivo e o apoio necessários ao desenvolvimento de pesquisas aplicadas à geração de inovações, à cultura de proteção da propriedade intelectual e ao estabelecimento de contratos de transferência ou licenciamento de tecnologias com o setor produtivo.

  • 1909

    Escolas de Aprendizes Artífices

    As instituições que formam hoje a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica possuem trajetória secular no Brasil, remontando suas origens à primeira década do século XX, quando o então presidente Nilo Peçanha, por meio do Decreto-Lei nº 7.566, de 23 de setembro de 1909, criou 19 Escolas de Aprendizes Artífices, voltada para o ensino profissional primário e gratuito, buscando "habilitar os filhos dos desfavorecidos da fortuna com o indispensavel preparo technico e intellectual [...] que os afastará da ociosidade ignorante, escola do vicio e do crime". Entre as novas escolas, a de Natal, instalada já em janeiro de 1910 no antigo Hospital da Caridade, onde atualmente funciona a Casa do Estudante, Ali, além do curso primário, havia turmas de desenho e oficinas de trabalhos manuais.
    Em 1914, a instituição foi transferida para a Avenida Rio Branco, ocupando, durante 53 anos, o edifício n.º 743, construído no início do século XX, anteriormente ocupado pelo Quartel da Polícia Militar.

  • 1937 a 1942

    Liceus e Escolas Industriais

    A partir da rápida expansão industrial inaugurada nos anos 1930, um dos principais objetivos do governo central era atender às demandas da política de industrialização por substituição de importações. Paulatinamente, nas décadas seguintes, o ensino técnico-profissional vai se tornando crucial para o avanço da industrialização. Com a Lei nº 378/1937, as Escolas de Aprendizes Artífices são transformadas em Liceus Industriais e, nos anos seguintes, têm sua denominação novamente alterada, dessa vez para Escolas Industriais, com a responsabilidade de propagar o ensino profissional, em suas diversas modalidades e níveis, em todo o território nacional.
    Ainda nas instalações da Avenida Rio Branco, em 1942, o Liceu recebe a denominação de Escola Industrial de Natal, passando a atuar, 20 anos depois, na oferta de cursos técnicos de nível médio, e transformando-se, em 1965, em Escola Industrial Federal.

  • 1968

    Escola Técnica Federal

    Em 1967, a escola passou a ocupar novas instalações, agora na avenida Senador Salgado Filho, no bairro do Tirol, onde hoje funciona o Campus Natal-Central do IFRN, recebendo, no ano seguinte, a denominação de Escola Técnica Federal do Rio Grande do Norte (ETFRN).
    Com o passar dos anos, os cursos industriais básicos foram dando lugar ao ensino profissionalizante de 2º grau. Outra mudança importante, a partir de 1975, foi o ingresso de estudantes do sexo feminino nos cursos regulares da Instituição.
    Em 1994, inicia-se o processo de "cefetização" da ETFRN, culminando, em 1999, com sua transformação em Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET), cujos desafios incluiriam a oferta de educação profissional nos níveis básico, técnico e tecnológico, além do ensino médio. Sua atuação no ensino de 3º grau começou com a oferta de cursos de graduação tecnológica, ampliando-se, posteriormente, para os cursos de formação de professores, as licenciaturas. Mais recentemente, a instituição passou a atuar também na educação profissional vinculada ao ensino médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e no ensino à distância.

  • 1994

    Centros Federais de Educação Tecnológica e o começo da expansão

    A Lei nº 8.948, de 8 de dezembro de 1994, regulamentada pelo Decreto nº 2.406, de 27 de novembro de 1997 deu nova denominação às instituições: Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefet). A alteração surge com a finalidade de formar e qualificar profissionais, nos vários níveis e modalidades de ensino, para os diversos setores da economia e realizar pesquisa e desenvolvimento tecnológico de novos processos, produtos e serviços, em estreita articulação com os setores produtivos e a sociedade, oferecendo mecanismos para a educação continuada. Assim, há o início da atuação na graduação tecnológica, ampliando-se, posteriormente, para os cursos de formação de professores, as Licenciaturas. Na sequência, a instituição passa a atuar também na educação profissional vinculada ao Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e no ensino à distância.
    A expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (RFEPCT) no Rio Grande do Norte também teve início em 1994, com a inauguração da Unidade de Ensino Descentralizada de Mossoró.

  • 2006 a 2009

    Currais Novos, Ipanguaçu, Zona Norte e Apodi, Pau dos Ferros, Macau, João Câmara, Santa Cruz, Caicó

    Doze anos depois, o Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), dá início à 1ª fase da expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, implantando, em 2006, três novas Uneds: Zona Norte de Natal, Ipanguaçu e Currais Novos.
    A segunda etapa da expansão começaria em 2007, com a construção de outras seis unidades, nos municípios de Apodi, Pau dos Ferros, Macau, João Câmara, Santa Cruz e Caicó. Essas escolas foram inauguradas em 2009, sob uma nova institucionalidade – em vez de unidades descentralizadas de ensino do Cefet-RN elas já nasceram como campi do novo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN). Ainda nesta fase da expansão, foram construídos os campi de Natal-Cidade Alta, Nova Cruz, Parnamirim e São Gonçalo do Amarante. Paralelamente ao plano de expansão física, o Instituto investiu também na criação do Campus de Educação à Distância. Atualmente essa unidade está denominada com Campus Avançado Natal-Zona Leste, funcionando em prédio próprio nas instalações do Campus Natal-Central.

  • 2013 a 2015

    3ª fase da expansão

    Com o lançamento da 3ª fase da expansão, o Rio Grande do Norte foi beneficiado com mais cinco campi: Ceará-Mirim, Canguaretama e São Paulo do Potengi, inaugurados em 2013, e Lajes e Parelhas – também campi avançados, com atividades iniciadas em 2015.

  • 2007, 2019 e 2022

    Polo de Inovação Centro de Tecnologia Mineral Professor José Yvan Pereira Leite

    No final de julho de 2022, o Centro de Referência em Tecnologia Mineral do IFRN (CT Mineral/IFRN) foi selecionado, através da Chamada Pública nº 1/2022 da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), como Polo de Inovação em Tecnologias em Mineração do Brasil na área de Tecnologias em Mineração. A história do CT Mineral – agora unidade autônoma equiparada ao status de campus –, contudo, começa bem antes, em 2007. À época, o professor José Yvan Pereira Leite (in memoriam) integrava o Conselho da Fundação de Apoio à Pesquisa do RN (Fapern) como representação do IFRN. Quando a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública brasileira de fomento à ciência, tecnologia e inovação vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação, lançou edital naquele ano para que fundações de apoio à pesquisa fizessem a submissão de projetos, surgiu a oportunidade de se desenvolver inovação na área mineral no RN. Após idas e vindas envolvendo instituições parceiras (o Governo do Rio Grande do Norte Universidade Federal do RN, a Federal do Semiárido e Estadual do RN), a inauguração aconteceu em 2019.
    A proposta aprovada em 2022 e efetivada no início de 2023 foi fruto de uma ação coordenada pelas Pró-Reitorias de Pesquisa e Inovação e de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (Prodes/IFRN), contando com a participação de servidores e colaboradores do CT Mineral.
    Com o credenciamento, o CT Mineral passa a ser uma Unidade Embrapii vinculada administrativamente à Reitoria do Instituto. As Unidades Embrapii selecionadas ficam credenciadas para receber recursos financeiros e prospectar e executar projetos do Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) em parceria com empresas industriais da área.

  • 2017 a 2023

    Campus Avançado Jucurutu

    Em 2017, surge o projeto da 22ª unidade de ensino do IFRN: o Campus Avançado Jucurutu. Em etapa final de construção, o novo campus deverá ser inaugurado até meados de 2023.