EDUCAÇÂO INCLUSIVA
Estudante com deficiência visual conclui o curso técnico e obtém aprovação na UFRN
Heloiza Tavares conclui curso técnico integrado em Química e se prepara para a graduação em Administração.
Publicada em 27/04/2021 ― Atualizada há 1 ano, 8 meses
Concluir um curso técnico do IFRN é um momento de realização pessoal e profissional para muitos estudantes. Para as pessoas cegas, por causa do histórico de dificuldades sociais com a ausência de mecanismos de inclusão, essa trajetória educacional tem um significado ainda maior.
Heloiza Tavares, de 23 anos, natural de Santo Antônio – RN, que se formou no curso técnico integrado em Química na última semana, é um retrato dessa realidade, mas isso mudou ao chegar no IFRN. “Eu fui muito mais incluída nos 4 anos que passei no IF, do que em todas as outras escolas que estudei”, disse ela.
Resultado do empenho de muitos servidores, a naturalização do processo de inclusão é o foco de quem se dedica ao desenvolvimento dos alunos na instituição. “Mais do que um desafio, a inclusão traz em si princípios humanitários de empatia, da garantia da equidade de oportunidades de aprendizagem a todos, sem distinção. O êxito de Helô na conclusão do seu curso conosco e aprovação no curso superior, nos enche de orgulho e alegria”, afirma Eva Lídia, pedagoga do campus.
Durante o percurso acadêmico, Helô, como assim é chamada pelos colegas de turma, pôde contar com múltiplos métodos inclusivos. Dentre eles, computadores acessíveis, capacitação dos professores, projetos de inclusão e acessibilidade com modelos moleculares e tabela periódica em Braille.
Tão relevante quanto o ensino em sala de aula, Heloiza destaca a importância do suporte familiar na jornada educacional. “O apoio da minha família foi muito importante para minha formação, com destaque para minha prima Jayne que me acompanhou e auxiliou em várias atividades”.
Por fim, cita o que sente por ter chegado até aqui “Hoje, com o diploma em mãos, o meu sentimento é de gratidão a todos que fizeram parte dessa história, professores, colegas de turma e família. O IF é minha segunda casa, jamais vou esquecê-lo e foi fundamental para meu ingresso na faculdade. ”, enfatizou a, agora, técnica em Química que acaba de ser aprovada para o curso de Administração na UFRN.
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