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PREMIAÇÃO

Projeto do Campus é premiado na maior feira de ciência e engenharia do Brasil

SmartLab conquistou três prêmios no evento, realizado pela Universidade de São Paulo (USP)

Publicada em 30/03/2022 Atualizada há 1 ano

Projeto usa smartphone para realizar análises físico-químicas de maneira acessível a estudantes de escolas que não dispõem de laboratórios e equipamentos de química

O Campus Natal-Zona Norte do IFRN sai da 20ª edição da Feira Brasileira de Ciência e Engenharia (Febrace), promovida pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) entre os dias 14 e 26 de março, levando mais três premiações. Entre os vencedores, anunciados na cerimônia de premiação – transmitida pelo canal da Febrace no YouTube –, está o projeto SmartLab, que ficou em segundo lugar da categoria Ciências Exatas e da Terra, saiu vencedor do Prêmio do Manual do Mundo e ganhou o Prêmio Destaques da Federação - RN.

 

Análises químicas na palma da mão

O premiado SmartLab é um projeto que usa o smartphone, popular principalmente entre os jovens, para realizar análises físico-químicas de maneira acessível a estudantes de escolas que não dispõem de laboratórios e equipamentos de química. Nesse sentido, os autores aplicam conhecimentos em matemática e programação para obter dados químicos a partir de imagens.

Para Yasmin Kaline, o trabalho do grupo pode contribuir com a criação de um método para uso dos alunos da IFRN em suas pesquisas científicas, como alternativa aos aparelhos de alto custo. “O tema do nosso projeto é interdisciplinar e pode ser incorporado como método de ensino pelos professores do Instituto, inclusive durante o ensino remoto, permitindo realizar atividades práticas nas casas dos estudantes com materiais acessíveis, facilitando o nosso aprendizado e estimulando o interesse pelas disciplinas”, apontou. Em outras palavras, o SmartLab se propõe tanto a reduzir custos das análises químicas quanto a possibilitar a diminuição do uso de reagentes que podem poluir o meio ambiente. O aplicativo, que está sendo desenvolvido, potencializaria a aplicação desse método, tornando-o viável, visto que os experimentos seriam realizados por meio de infraestrutura simples, sem ambientes laboratoriais sofisticados. 

Durante o período de execução do projeto, foram realizados experimentos com imagens digitais como fonte de dados. Um deles envolveu adição de água em um suco de uva e a captura de imagens dessas misturas, a fim de prever o volume de água no suco. O grupo utilizou também metodologia similar para determinar valores de pH - referência para determinar o nível de acidez de uma solução aquosa - usando pigmentos vegetais extraídos de repolho roxo como indicador. O trabalho desenvolvido conta com a orientação dos professores Alba Lopes (IFRN), Daniel Dantas e Pollyana Castro (UFRN), além da graduanda Raíssa Vanessa Oliveira (UFRN).