Nicholas de Oliveira é aluno do curso técnico em Comércio do Campus Natal - Zona Norte. Rafael Alves faz o técnico em Geologia no Campus Natal - Central. Já Isadora Rocha terminou neste ano o curso técnico integrado em Edificações, também no Campus Natal - Central. 

Em comum, além de alunos do Instituto, os três são Jovens Embaixadores do Brasil nos Estados Unidos e se encontraram na tarde desta quinta-feira (5) durante a Semana de Ciência e Tecnologia do Campus Natal - Zona Norte. A finalidade do encontro, promovido pela Assessoria de Relações Internacionais, ligada à Pró-Reitoria de Extensão do IFRN, foi estabelecer um diálogo sobre o programa.

Bate-papo e troca de experiências

Nicholas e Rafael acabaram de ser selecionados para o Jovens Embaixadores 2016. Já Isadora foi selecionada para a edição 2014 do programa. Ainda em clima de comemoração pela seleção dos dois novatos, os estudantes falaram principalmente sobre a missão que assumiram. "Hoje eu sou Rafael, jovem embaixador, e tenho a missão de trazer a mudança, fazer uma sociedade melhor", disse. 

O Jovens Embaixadores é um programa de diplomacia entre Brasil e Estados Unidos, sob responsabilidade da embaixada daquele país. De acordo com Isadora, participante do programa em 2014, o objetivo é estreitar os laços entre as culturas americana e brasileira, fazendo com que os jovens se tornem agentes efetivos de transformações sociais. "No final, a principal lição que aprendemos com a experiência é: seja a mudança que você deseja ver no mundo", destacou. 

De acordo com Nicholas, o processo de seleção dos jovens é formado por três fases. "Na primeira etapa, os interessados devem enviar documentos que comprovam a participação em trabalhos voluntários, a renda dos pais, o histórico escolar, entre outras informações. Os candidatos também devem ser alunos de escola pública", explicou.

Com base no cumprimento dos requisitos, os pré-selecionados passam por uma segunda fase de entrevistas e testes. "Nesse momento, querem saber um pouco mais sobre nós, de uma maneira mais subjetiva. Se somos capazes de cumprir a missão diplomática exigida pelo programa e a nossa capacidade de engajamento com causas sociais", destacou o aluno. É dessa fase que são indicados os finalistas, cuja decisão final é de responsabilidade da Embaixada Americana.

Segundo Isadora, a fase de vivência dos selecionados em solo estadunidense é bastante intensa. Os aprovados passam um período de três semanas no país, onde conhecem Washington D.C., aprendendo sobre a organização política e diplomática da cidade, e passam mais de uma semana na casa de uma família hospedeira. É nesse momento que conhecem mais de perto o cotidiano de um cidadão americano e realizam trabalho voluntário em escolas e projetos sociais. Durante esse período, têm uma proximidade direta com a cultura do país e, também, com a do próprio Brasil, uma vez que se encontram com os jovens embaixadores representantes de outros estados. 

Para a estudante, o programa é uma oportunidade para desconstruir preconceitos, tendo por base a convivência com realidades distintas. Além disso, é uma grande motivação, pois permite ver experiências positivas, desenvolvidas ao redor do mundo. "Antes disso, não temos noção do tanto de mudanças que podemos promover", finalizou.

Nicholas e Rafael viajam no dia 8 de janeiro para os Estados Unidos. Além das atividades já citadas, eles também vão participar de reuniões com organizações americanas públicas e privadas, assistir a oficinas sobre liderança, empreendedorismo e receber orientações sobre posicionamentos diplomáticos. 

Semana de Ciência e Tecnologia do Campus Natal - Zona Norte

Isadora e Rafael também prestigiaram a participação de Nicholas na Semana de Ciência e Tecnologia do Campus Natal - Zona Norte. O jovem apresentou na Mostra de Ciência e Tecnologia da Zona Norte de Natal (MocitecZN), uma das feiras do evento, os resultados de um projeto de extensão, cujo objetivo é promover o empreendedorismo feminino entre mulheres em situações de vulnerabilidade social. 

A Semana, que se encerra hoje (6), reúne neste ano outros dois eventos: o VI Movimento Científico Norte e Nordeste (Mocinn) e o Simpósio de Iniciação à Pesquisa e Extensão do Campus (SipexZN). O intercâmbio cultural também foi uma das marcas desta edição, que contou com a participação de estudantes de diferentes estados brasileiros e de países como Espanha, México, Colômbia e Chile. 

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