Nos últimos anos, vários estudantes e pesquisadores do IFRN têm se destacado por levar aos principais eventos de ciência e tecnologia do Brasil e do mundo resultados de pesquisas e inovações tecnológicas, através de projetos desenvolvidos no próprio Instituto.

Desta vez, coube aos alunos Pedro Carvalho e Macial Freire, do curso técnico em Eletrônica do Campus Natal - Zona Norte, e Alex Bruno Silva, do curso de Licenciatura em Matemática do Campus Santa Cruz, a missão de representar a Instituição na Infomatrix Latinoamérica, que acontece de hoje até quarta-feira (29) na Universidad Autónoma de Guadalajara, no México. 

A mostra reúne 980 projetos inscritos de países como México, Colômbia, Equador, El Salvador, Peru e Brasil, que conta com outros três estudantes do IFSul Riograndense.

Colchão para pacientes acamados

Pedro e Macial, sob orientação do professor Arthur Salgado de Medeiros, criaram um tipo de colchão que busca prevenir o aparecimento de lesões por pressão em pacientes acamados. Esse tipo de lesão causa o surgimento de feridas, geralmente nos cotovelos ou na região lombar, devido ao excesso de tempo em que o paciente permanece deitado, sem que haja qualquer movimentação para alívio da pressão entre o corpo e a maca ou a cama.

Para prevenir o problema, a medida é movimentar periodicamente o paciente para facilitar a circulação sanguínea, evitando assim o aparecimento das feridas. Contudo, nem sempre essa medida simples é realizada de forma correta. Foi então que o grupo começou a desenvolver uma solução. "Criamos o Colchão de Auxílio a Pacientes Acamados – CAPA, que consiste em uma cama que, a partir da análise de informações obtidas por sensores eletrônicos acoplados a regiões de proeminência óssea, vai, através de motores em operação linear, movimentar áreas que entram em contato direto com o acamado, proporcionando-lhe alívio e estimulando a circulação sanguínea", explicou Arthur Salgado.

Uso de energias renováveis

Já Alex criou um projeto que consiste na construção de um sistema de microgeração de energias renováveis, a fotovoltaica e a eólica, a partir de lixo eletrônico para suprir a possível escassez de energia elétrica nas comunidades rurais da região Agreste e Sertão do Nordeste brasileiro, que não são atendidas por uma rede concessionária de energias. Além disso, o projeto visa beneficiar famílias de baixa renda que têm dificuldade de pagar a conta de luz. 

"A ideia é utilizar fontes de energias renováveis para produzir energia elétrica, com base nos princípios de um sistema de iluminação básica de lâmpadas de LED, que consomem pouco, para diminuir o consumo de energia mensal dos usuários. Com isso, além de conseguimos diminuir o preço da energia posto pela concessionária, beneficiamos o meio ambiente", contou o estudante.