Francinete Araújo, 53, mora no bairro da Redinha e trabalha como copeira no Campus. Dona Fran, como costumam chamar os colegas (que ela trata sempre com cordialidade), é uma mulher de vida simples, como tantas outras, religiosa, mãe de dois filhos, cheia de alegria e esperança.

Em sua rotina, acorda cedo. Prepara seu café. Organiza seu almoço. Pega seu ônibus. Ônibus cheio. Com muito bom-humor, reclama que “o maior desafio que enfrenta no dia a dia é pegar ônibus lotado para vir ao trabalho todos os dias”. Às 6h já está no trabalho. 

Sempre cantarolando um repetitivo “cha-la-la-la-la-la”, Francinete desenvolve suas atividades com muita dedicação, responsabilidade e respeito a cada pessoa que encontra. Orgulhosa do que faz, ela diz que “trabalhar no Campus representa ser útil, servir. Me sinto muito bem, feliz, me sinto acolhida, me sinto querida”. E é mesmo.

Questionada sobre uma referência feminina em sua vida, com a sabedoria que lhe confere os vividos 53 anos, ela diz que não tem admiração por nenhuma em especial. “Eu admiro as mulheres guerreiras, as mulheres que são donas de casa, que são esposas, mães...” 

Como mulher, ela se considera especial, porque "toda mulher é especial e foi dotada de talentos por Deus". Em tempos de justiça, reconhecimento e valorização das capacidades e competências da mulher, seja no convívio social, profissional ou familiar, parece que, para Francinete, nada disso é novidade. “Ser mãe, ser dona de casa, trabalhar fora, a mulher faz estas e outras atividades e ela consegue fazer ao mesmo tempo”, complementa.

Mãe amorosa e dedicada, ela se emociona ao falar da maternidade e do nascimento da primeira filha. “Tenho dois filhos, mas quando eu tive minha filha foi o momento mais marcante da minha vida”, comenta.

Apesar da rotina cansativa e das dificuldades que passa no percurso até o trabalho, "Dona Fran" tem muita disposição e vontade de ajudar. Sempre com um sorriso no rosto e um "bom dia, pessoaaal" (sua marca registrada) a quem encontra, ela traz a simplicidade e a leveza de uma mulher que tem muitas histórias para contar. 

Mensagem às mulheres

Eu queria deixar uma mensagem de amor. Uma mensagem não apenas para as mulheres, mas para todos. Que a gente olhe mais para o outro. Que a gente, às vezes, não vê a dificuldade do outro. Para todas a mulheres do Campus Natal - Cidade Alta, eu deixo o Provérbio 31: “Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede ao de rubis”.