Rabeca? A palavra é tradicionalmente usada em Portugal e no Brasil para designar os instrumentos de corda. O instrumento, um tom mais baixo que o violino, é costumeiramente percebido como um som tristonho. As rabecas podem ter de três à cinco cordas. Em seu livro, o professor Roderick Santos apresenta os cinco aspectos da rabeca no nordeste. Como parte da programação de aniversário do Câmpus Cidade Alta, o professor estará lançando o seu livro no dia 24, das 16h às 21h no Calçadão da Avenida Rio Branco e contará com apresentações de diversos grupos artísticos.

Roderick Fonseca dos Santos, professor de artes do Instituto, atuante no IFRN Cidade Alta, teve o primeiro contato com violino aos 15 anos. “Entrei na Escola de Música para tocar flauta. Havia muitos instrumentos na sala, como não tinha o oboé, que era o que eu queria, fui tocar violino”, conta. Seu primeiro contato com a música foi aos 14 anos  quando foi a um Festival de Música no Liceu Paraibano. “Quando cheguei lá tinha um rapaz tocando flauta doce. Fiquei impressionado. Quando cheguei em casa, comentando com a minha mãe, que trabalhava no Sesc, ela me perguntou se eu queria entrar para a Escola de Flauta do Sesc”, acrescenta. Quanto a rabeca, o professor diz gostar do instrumento por sua autenticidade.

Amante do jazz, da música clássica, Roderick acredita que sua função, enquanto professor é fazer com que a arte aconteça. “Sempre gostei de música clássica, nunca fui muito de MPB, exceto raras exceções, como Tom Zé”, brinca.

O LIVRO

Isso não é um violino? O livro trata dos cinco aspectos do instrumento no nordeste. No primeiro capítulo apresenta a história da rabeca, no capítulo dois fala da organologia – que na música quer dizer organização -, no terceiro capítulo descreve explicações do ensino coletivo da rabeca no Estado, no capítulo quatro apresenta a fabricação do instrumento e por fim, no quinto capítulo mostra as experiências de percepção musical da rabeca utilizando a escala de vaz (procedimento utilizado na psicologia experimental). A versão digital e interativa, para IPAD, como pesquisa científica sobre o instrumento, é a primeira no Brasil.

“As escolas deveriam oferecer optativas obrigatórias e, a música, seria uma delas”, conclui.