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Educação, Ciência, Cultura e Tecnologia em todo o Rio Grande do Norte

Campus Cidade Alta realiza mostra de arte tecnológica

Interação com as obras é absoluta

Publicada em 16/05/2011 Atualizada há 1 ano, 8 meses

“O IFRN deveria se chamarInstituto de Educação, Arte, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte. Aarte está dentro da tecnologia e a tecnologia dentro da arte. Elas seentrelaçam com a cultura aqui nesse Campus da Cidade Alta. E é com satisfação ealegria que nós do Instituto estamos realizando essa parceria com a UFRN parareceber essa exposição”, disse o Reitor ao seu aplaudido de pé pela plateiaansiosa que aguardava a abertura da exposição do projeto 10 Dimensões.

A exposição, que é resultado deum ciclo de palestras que integra arte à tecnologia, foi inaugurada na noite daúltima quarta-feira, 11/05, sob o semblante dos olhares curiosos daqueles que estavampor lá e passaram a fazer parte da mostra. “Essa exposição é resultado de umprojeto maior que pretende trazer uma discussão de arte e tecnologia. Essaexposição é para que a população pudesse entrar em contato com as obras. Emcerto sentido, o expectador que passa a ser co-autor, passa a fazer parte delaem uma convergência para o campo da arte. A arte determina o campo, mas não aação. É importante dizer que o projeto não termina aqui. Ele continua, porque aCAPES renovou a parceria, então teremos novas palestras e daqui a um ano umaoutra exposição. Gostaria de agradecer ao IFRN, em especial ao curso deprodução cultural, que nos ajudou com alunos bolsistas e monitores, pois se aprodução cultural não existe sem a arte, a arte também não existe sem aprodução cultural”, disse Laurita Salles, curadora da mostra.

A mostra cultural trouxe artistasde vários lugares para expor obras que levam os visitantes a um mundocompletamente novo, onde o ato de respirar, por exemplo, pode ter umsignificado inimaginável. “Brincava com essa coisa de eletrônica, voltou essacoisa de infância. Esse trabalho está sendo bem surpreendente. É um híbrido deplanta com robô que funciona como sensor onde há passagem de corrente elétrica.Tudo depende das alterações de gás carbônico, temperatura, intensidade da luzcaptada através da planta. Para isso, basta respirar perto da planta, por issoo nome “Breathing”. É uma leitura do sistema orgânico natural. É o uso dabiocomunicação para informar a arte. A parte orgânica tem muito a dizer. Essaplanta aqui, da família da jiboia, foi a que mais deu certo e o interessante éque ao fim de cada mostra que passo tenho deixado elas plantadas nos lugares”,conta o artista Guto  Nóbrega, professorde pós-graduação da UFRJ.

Por onde passa o artista plantasementes de sentido que despertam para um universo simbólico, repleto deindagações, descobertas e encantamento. Esse encantamento também atravessa opróprio corpo do expectador, que deixa de ser mero apreciador para fazer parteda obra. “Vitalino surgiu de uns experimentos sintetizantes impressos em 3d apartir de desenhos feitos a mão do público em shows, acompanhados de bandas.Trata-se de uma forma de fazer esculturas digitais a partir dos movimentos dasmãos. É uma virtualização do tato na escultura. É um software, criado por mim, que utiliza câmeras, processamento deimagens e localiza a posição dos dedos para com isso sintetizar o virtual”,explica Jarbas Jacome, artista potiguar.

Dos dedos das mãos aos olhos e ouvido,nada escapa ao campo sensorial dos expectadores, a não ser que se trate deuma  certa obra chamada ‘Desluz’ “ É apolítica do invisível. É a luz que você não vê e o som que você não consegueouvir. As luzes invisíveis são transposições de dados de uma rua em São Paulo.Lá, tem webcams instaladas que transmitem informações do fluxo de pessoasandando pela rua e esse fluxo é representado por essas luzes. Os dados sãoenviados via net, enquanto outro campo fica lendo as informações e enviandopara o cubo. Foram criados dois softwares para isso. Um capta e o outro recebee traduz. Então, cria-se essa nuvem de luz que representa a intensidade do fluxode pessoas. Ela enxerga movimentos e fica guardada em forma de dadosconvertidos em luz. Mas, você só consegue vê-la através de dispositivosespecíficos como o visor de uma a máquina fotográfica, por exemplo”, dizCláudio Bueno, pesquisador do grupo de poéticas digitais da USP.

Além das obras expostas namatéria com o depoimento dos artistas entrevistados, a exposição abriga outrasobras como ‘Marvim Gainsbug’, de Jeraman & Filipe Caleragio (PE), Softshirt,da artista Rosangella Leote (SP) e ‘Frequências em Trânsito’, do artistaRicardo Brazileiro (PE). A mostra, que foi aberta no dia 11/05, às 18h, terminano dia 13/05 às 17h, no Anfiteatro e na Sala de Exposição do piso 2, no CampusCidade Alta.

Artistas e Obras:

ClaudioBueno (SP) - Desluz

GutoNóbrega (RJ) -  Breathing

JarbasJacome (RN/BA) – Vitalino e Crepúsculo dos Ídolos

Jeraman& Filipe Calegario (PE) - Marvim Gainsbug

RicardoBrazileiro (PE) - Freqüências em trânsito

RosangellaLeote (SP) - Vídeos de performances 0800-00000, Abundância; vídeo eapresentação  na abertura da tecnoperformance  Softshirt

Curadora: Profa. Dra. LauritaSalles (UFRN)

 

Serviço

Abertura: 11/05, às 18h

Visitação: 12 e 13/05, das10h às 17h

Local: Anfiteatro e Salade Exposição no piso 2 – Campus Cidade Alta

Informações: 3215-3550