SUSTENTABILIDADE
Biocombustíveis Sólidos é tema de livro editado pelo IFRN e Embrapa Solos
Coquetel de lançamento acontece nesta quinta-feira (30), às 18h, na Galeria de Arte do Campus Natal-Cidade Alta.
Publicada em 30/10/2014 ― Atualizada há 1 ano, 8 meses
O IFRN e a Embrapa Solos lançam nesta quarta-feira (30), às 18h, na Galeria de Artes do Campus Natal-Cidade Alta, o livro “Biocombustíveis Sólidos – Fonte energética alternativa visando à recuperação de áreas degradadas e à conservação do Bioma Caatinga”. A obra, que tem como Editor Técnico o Engenheiro e Pesquisador Silvio Roberto de Lucena Tavares, parte do estudo da realidade da região do Baixo-Açu potiguar, uma das áreas com os piores índices de desenvolvimento humano do país, a qual se encontra em franco processo de desertificação.
Com base nessa realidade, o livro propõe a produção de biocombustíveis sólidos (briquetes e pellets) a partir de matérias-primas na maioria das vezes desperdiçadas e que possam ajudar a amenizar o impacto causado no meio ambiente por atividades humanas. Ainda desconhecidos pela maior parte da população brasileira, esses biocombustíveis já começaram a ser produzidos em larga escala em alguns estados do país, em especial nas regiões Sul e Sudeste.
De acordo com o editor técnico do livro, o pesquisador da Embrapa Solos, Sílvio Tavares, o briquete é uma opção à lenha utilizada em fornos de padarias, pizzarias e na indústria cerâmica, que possui uma grande participação na economia do Rio Grande do Norte. Atualmente, a maior parte da lenha usada como fonte de energia é extraída da mata nativa, agravando o quadro de desertificação em vários pontos do Estado.
No caso do Baixo-Açu potiguar, o consumo de lenha e carvão vegetal nas residências, padarias, queijarias, churrascarias e, sobretudo, nas fábricas de cerâmica vermelha nos nove municípios do Baixo-Açu beneficiados pelo Projeto, foi estimado em 570.000 mil m³ ou 119.684,50 toneladas em 2012, o que equivale à devastação de uma área de 3.799,5 hectares ou 5.427,86 campos de futebol oficiais, gerando desertificação e degradação da caatinga potiguar.