Covid-19
Uma nova onda de cuidados
Com o aumento de casos ativos e suspeita de Covid, o Campus reforça a importância do papel coletivo no combate ao vírus
Publicada em 10/06/2022 ― Atualizada há 1 ano, 8 meses
Por: Amanda Macêdo
Você tem cumprido as medidas de prevenção contra o coronavírus? De acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), a média móvel diária de novos casos de infecção do vírus no país dobrou nos últimos 14 dias. No Rio Grande do Norte, o aumento de casos foi de 338% nos últimos 10 dias*. Para especialistas, esse aumento indica que o Brasil pode estar vivendo a quarta onda da pandemia. Dentro desse cenário, é fundamental trabalhar a conscientização num momento em que a comunidade acadêmica do Campus Natal-Cidade Alta do IFRN, tem apresentado aumento no número de casos ativos da Covid-19.
Entre março e maio de 2022, o Governo do Estado do Rio Grande do Norte publicou os decretos que desobriga o uso de máscaras e a flexibilização da exigência do passaporte vacinal. No último dia 7 de julho, terça-feira, as medidas não farmacológicas foram novamente citadas no Diário Oficial. Desta vez, o secretário de Saúde do Estado, Cipriano Maia, assinou a nova recomendação da retomada do uso de máscara facial em ambientes fechados, incluindo transportes públicos, unidades de saúde e escolas.
No IFRN, o Comitê local de enfrentamento à covid-19 (clec-19) do Campus Natal-Cidade Alta tem recomendado com veemência a importância de continuar adotando as medidas protetivas, porém os casos positivos ou de suspeita da infecção dentro da comunidade acadêmica se intensificaram nas últimas semanas. “Com os decretos que flexibilizaram essas medidas protetivas, criou-se uma ideia errônea de que a covid tinha desaparecido, mas não foi o que aconteceu", a fala é de Evanne Paula, enfermeira e presidente do Clec-19 no Campus. "Com o passar do tempo a memória imunológica tende a cair, é o que acontece na maioria dos casos. Por isso, continuamos trabalhando na recomendação e importância dos alunos e servidores continuarem se protegendo dentro e fora das dependências da escola”.
Consciência Coletiva
Em um período em que ocorre o maior índice de chuvas na capital potiguar, o diagnóstico correto da Covid-19 em sintomáticos compete com os de doenças como dengue, zika e chikungunya. A dificuldade em identificar a Covid das demais enfermidades se dá pela semelhança dos sintomas, que vão de febre à dores musculares. “Toda essa mistura de sintomas ocorre em um momento em que não está sendo adequado flexibilizar definitivamente as medidas não farmacológicas. É importante ter em mente que toda volta ao normal deve ser feita de forma gradual e com a certeza de que o vírus de fato foi embora”. Afirma a enfermeira.
No último dia 10 de junho, uma nova instrução normativa estabeleceu novas condutas a serem aderidas no IFRN. O servidor, estagiário, trabalhador terceirizado ou discente com sintomas ou suspeita de infecção pelo Coronavírus, deve notificar por meio do módulo apresentado na tela inicial do Suap. Ao receber a notificação, o setor de saúde do Campus passa a realizar o monitoramento destes casos, que inclui orientações e o acompanhamento individual por profissional de saúde.
Mesmo com a ferramenta, Evanne explica que poucos alunos e servidores notificam ao setor de forma espontânea. “O setor de saúde e o Clec-19 só vão ter conhecimento dos números e proporção a partir do momento em que é feita a notificação. O que acontece é que tiveram muitos casos em que ficamos sabendo somente através de meios informais, como redes sociais. Na maioria das vezes, nós mesmos, profissionais de saúde do setor, acabávamos notificando esse aluno ou servidor por conta própria e realizando o acompanhamento deles”, declara.
Além do módulo específico no Suap, o setor de Saúde do Campus dispõe do endereço eletrônico saude.cal@ifrn.edu.br para que o aluno, servidor ou terceirizado possa notificar os sintomas gripais. Caso haja a necessidade de se afastar das dependências do Campus, será orientada a procura de um atendimento externo à instituição para obter um atestado médico.
Por amor a si e ao próximo
Dentro das salas de aula, o professor de matemática, Francisco Aldrin, acredita que é seu dever orientar os alunos a utilizarem máscaras dentro do ambiente fechado. “Independente de estar vacinado ou não, intervenção educativa é necessária para que os demais alunos não sejam prejudicados. Ajudar a nos proteger nunca é demais”, finaliza.
Letícia Souza, 18 anos, está no último ano do seu curso de Multimídia. Adepta de uma rotina cheia de aulas e compromissos, um dos primeiros itens que leva consigo ao sair de casa pela manhã é a sua máscara facial. “Todos os dias eu venho à escola em horário de pico, em que os ônibus quase sempre estão lotados, por isso eu opto por continuar utilizando máscara e álcool gel. Eu não sou a única, muitos dos meus amigos aqui do IFRN vem de lugares diferentes e distantes e sempre nos encontramos na quadra, refeitório e salas de aula. Por isso reforçar os cuidados ainda é muito importante nesse momento”, relata.
Acesse
Instrução normativa conjunta Proen/Digae/RE/IFRN
*Com informações da Tribuna do Norte
- Palavras-chave:
- ensino extensao pesquisa servidores