Festival musical
Aluno do Centro Histórico se apresenta em evento internacional
A dupla formada pelo estudante Paulo Café e Cabocla Jurema tem apresentação no FUA! marcada para o próximo 27 de maio
Publicada por Maria Macedo em 24/05/2023 ― Atualizada há 1 ano, 7 meses
O duo formado pelo cantor Paulo Café, estudante de Produção Cultural do Campus Natal-Centro Histórico do IFRN, e a artista mossoroense Cabocla de Jurema, chega à Buenos Aires no próximo dia 26, onde farão parte da programação do primeiro Festival Universitário de Artes do Mercosul (FUA!), representando o Brasil no segmento da música. A apresentação acontece em 27 de maio, a partir das 17h no Auditório da Rádio Nacional.
O FUA! tem como objetivo estimular a troca sobre linguagens, estéticas e tradições culturais entre estudantes dos diferentes países e regiões. A ocasião conta com apresentações de peças de teatro, performances, espetáculos de música popular, acadêmica e urbana; artes visuais, curtas-metragens e dramaturgias, realizados por estudantes e professores universitários de cursos de arte da Argentina e dos países da região.
Paulo Victor de Souza, conhecido pelo seu nome artístico Paulo Café, é cantor e compositor há mais de 10 anos. Finalista do Festival Conexões IFRN por sua canção “Amarração”, Café se apresentou no Sarau Canguleiro e mais recentemente, durante a exposição Pretitude, arte e orgulho: adupé-lewô-olorun. Em fevereiro de 2021, o artista lançou o seu primeiro EP "Jardins". A equipe de comunicação social do Campus Centro Histórico realizou entrevista com o artista, que fala sobre a participação da dupla no FUA!, futuros projetos na música e sua relação com o IFRN.
Como você teve conhecimento do FUA! Mercosur, e como se deu a sua futura participação?
R: Foi a convite do CUCA da UNE. No dia 3 de fevereiro fui aprovado no edital da Bienal da Une para a mostra universitária de artes. Nessa ocasião, eu e Cabocla de Jurema, de mais de 1920 inscrições de todo o Brasil, fomos convocados para representar o Rio Grande do Norte na mostra que abriu o show de Baiana System. Semanas após essa apresentação, fomos convidados para representar o Brasil, no segmento da música, no 1º Festival de artes universitárias do Mercosul. Houve um edital de convocação, mas fomos convidados diretamente pelos organizadores do festival para participar.
O que podemos esperar da dupla? Vocês têm algo especial planejado para esta apresentação?
R: Com certeza! Depois do convite estamos planejando e produzindo um roteiro bem amarrado para apresentar. Um show do zero, com as músicas que já temos e fazendo com que uma complemente a outra. Juntamos os nomes dos nossos EP's (Jardins e Ajé) para intitular a nossa apresentação: ‘Ogba Ajé’, que no iorubá quer dizer “Jardins de Ajé”, orixá da prosperidade, relaciona-se ao nascimento, à vida e à morte das pessoas.
Como é o seu processo de criação musical?
R: Falando em processo, geralmente é compartilhado. Eu gosto de escrever com amigos, de ter letras que não falem só do que sinto e de como penso, mas de que seja uma composição simbiótica, um produto de uma conexão onde nossas idéias se entrelaçam harmoniosamente.
Quais são seus planos futuros para sua carreira musical? Você tem algum projeto em andamento ou algo que gostaria de realizar em seguida?
R: São tantos! (risos) mas atualmente já tem algumas canções para serem lançadas esse ano. Uma com grandes amigos meus de Salvador-BA e Belo Jardim-PE (Gabriel Ferreira e Pierre Tenório), um brega dançante e amoroso (risos) e a outra canção é com o violonista natalense, Bruno Wingueter, canção linda que fala sobre o tempo e o caminhar da vida. As duas irei retomar o processo de produção assim que voltar de viagem. Além disso tem a gravação de dois clipes que também irão sair ainda esse ano de duas canções que estão no meu EP Jardins.
Você acredita que a oportunidade que está tendo pode servir de inspiração para outros alunos do Campus a participar de festivais como este?
R: Com toda certeza, da mesma forma que fui inspirado por tantos exemplos que convivo no Campus. Hoje só estou fazendo essa viagem graças a Instituição, tudo isso é um desencadear de fatos que só aconteceram porque eu estudo nesse instituto e poder levar o nome dela além das fronteiras do país é muito gratificante diante de todo o ensinamento, apoio e auxílio que me é prestado. O que posso dizer para todos que estudam no IF é: o instituto tem uma mão estendida para você, aperte-a que tudo vai dar certo!
Acesse a programação completa do evento FUA! Mercosur.
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