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Projeto leva Geodiversidade do Seridó para as escolas do RN

Iniciativa promove ensino inovador e aproxima estudantes do patrimônio natural potiguar

Publicada por Romana Xavier em 29/09/2025 Atualizada em 29 de Setembro de 2025 às 11:13

Há territórios que falam. O Seridó é um deles. Suas serras, rios secos e formações rochosas guardam histórias tão antigas quanto o próprio tempo, escritas em camadas de pedra, silêncio e resistência. É desse chão, reconhecido mundialmente pela UNESCO como Geoparque Seridó, que nasce o projeto de extensão do Campus Natal-Central do IFRN: A Geodiversidade do Seridó Geoparque Mundial da UNESCO nas escolas de educação básica do RN”.

Mais do que ensinar ciências, o projeto busca aproximar os estudantes do Fundamental 1 e 2 da riqueza natural que os cerca, transformando a geodiversidade em recurso pedagógico vivo. Para isso, a equipe coordenada pela professora Anna Paula Lima Costa, composta por 15 membros — entre bolsistas e voluntários — está comprometida em levar às escolas públicas do Rio Grande do Norte materiais didáticos digitais e físicos, artigos para o Portal DESGEO EDU e ainda salas virtuais de apoio a professores e alunos.

Do livro à rocha, da tela à maquete

A metodologia do projeto é um caminho em cinco etapas. Primeiro, o levantamento bibliográfico abre a trilha para a produção dos materiais. Depois, a equipe segue para a interação com as escolas, planejando junto aos professores a aplicação das propostas. Em seguida, são ofertados cursos online para os docentes, de modo a apoiar suas práticas pedagógicas. Na quarta fase, a geodiversidade se materializa em sala de aula por meio de kits de minerais, maquetes e outros recursos físicos que despertam a curiosidade e o olhar investigativo dos alunos. Por fim, na quinta etapa, os próprios professores se tornam multiplicadores ao divulgar os materiais e resultados da experiência.

Quando a paisagem se torna sala de aula

O projeto não se limita a transmitir informações: ele propõe um encontro entre ciência, cultura e território. Ao valorizar a geodiversidade, amplia a percepção dos estudantes sobre a importância de preservar o patrimônio natural e fortalece vínculos entre escola, comunidade e universidade. Como diferencial, traz para o currículo escolar um tema pouco explorado, mas essencial, convidando a juventude a enxergar o Seridó não apenas como cenário, mas como sujeito pedagógico — uma aula a céu aberto, onde cada pedra é testemunha de eras e cada relevo ensina sobre tempo e permanência.

Assim, o Campus Natal-Central IFRN, através da Diretoria de Extensão, reafirma seu papel de instituição transformadora, onde Ensino e extensão caminham juntos para semear cidadania e conhecimento. Entre mapas e minerais, entre rochas e sonhos, o projeto abre horizontes para que o Seridó não seja apenas estudado, mas sentido, vivido e respeitado — como território de memória e futuro.

Palavras-chave:
Seridó IFRN Geodiversidade DIREX Geoparque CNAT