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PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO

Programa de incentivo à pesquisa do IFRN terá novo formato

Edital de concessão de bolsas deve sair no início de abril

Publicada em 03/03/2013 Atualizada há 1 ano

Reunião com o pró-reitor de pesquisa foi um dos momentos do Gabinete Itinerante. Foto: Geraldo Peregrino

 Enfatizar a produção dos grupos de pesquisa em vez da iniciativa individual, além de ampliar a colaboração escola/sociedade na construção do conhecimento.  As duas diretrizes citadas vão constituir o cerne do novo formato do Programa de Incentivo à Pesquisa do IFRN, anunciado no último dia 1º de março, pelo pró-reitor, José Yvan Pereira Leite, num dos momentos do Gabinete Itinerante, ocorrido no miniauditório da DIAC, do Campus Natal Central.

Segundo o professor José Yvan, o edital de concessão das bolsas sairá em abril. “A gente vai trabalhar agora pra valorar o grupo de pesquisa. Não desejamos mais projetos individuais, mas do grupo. Queremos trabalhar com a chancela de instituições, porque a gente precisa dessas colaborações. Não que elas tenham que envolver recursos, agora, quando houver um setor produtivo com condições de remunerar, a transferência econômica será bem-vinda”.

Além da mudança citada, o pró-reitor expôs algumas novidades em relação à Editora do IFRN, como a edição de livros adaptados às tecnologias iPad e Android, que representam, segundo ele, a tendência daqui em diante. “Vamos permanecer com algumas obras impressas, mas queremos ampliar a divulgação do que a gente tem feito, além do que o e-book agrega áudio e vídeo e reduz os custos de produção consideravelmente”, argumentou. A obra “Isso não é um violino”, de autoria do professor de Arte, Roderick Fonseca, inaugura a tecnologia iPad.

Outra política a ser incentivada pela Pró-Reitoria de Pesquisa é a realização de trabalhos de divulgação científica. “A sociedade precisa dela, que antes era uma atividade marginal, mas hoje é fundamental, não só para os colegas, mas para a juventude que tá aqui. Para isso, a gente deseja que haja trabalhos integradores, colaborativos ”, disse José Yvan.

O pró-reitor aproveitou a oportunidade para conclamar os pesquisadores presentes a utilizar as bibliotecas virtuais que o IFRN adquiriu os direitos de acesso, entre as quais a e.ebrary, com mais de 80 mil títulos, na qual o usuário pode abrir uma conta e criar sua própria biblioteca digital, com livros e artigos. 

José Yvan apresentou, também, a evolução da produção científica do Instituto nos últimos anos, enfatizou a melhoria dos índices Qualis da revista HOLOS, admitiu deficiências em relação à quantidade de membros do seu banco de avaliadores e lamentou o fato de o IFRN ainda contar com um número tão elevado de servidores sem Currículo Lattes (891 de um total de 2.382).

Durante o Gabinete Itinerante, os servidores presentes expuseram algumas angústias, dúvidas e reivindicações para a melhoria do programa de incentivo à pesquisa no IFRN. O professor Eduardo Janser (DIATINF) opinou que estaria havendo uma sobrecarga de atividades na Pró-Reitoria de Pesquisa, resultando na centralização de algumas decisões. Citou algumas queixas de colegas acerca das dificuldades de acompanhamento em relação aos programas de pós-graduação em andamento, sugerindo que fosse criada uma diretoria própria que se encarregasse da tarefa. 

O diretor da DIAC, professor Cláudio Braga, reivindicou uma melhor estrutura para a pesquisa no IFRN, em termos de salas individuais para os pesquisadores e bolsistas, laboratórios e equipamentos. 

A professora Isabel Dantas também expôs sua preocupação quanto ao formato do CONNEPI – o Congresso Norte-Nordeste de Pesquisa e Inovação dos Institutos, ressaltando que, na última edição, os bolsistas tiveram pouco tempo para apresentar seus trabalhos, para coordenadores que, algumas vezes, não eram da área, não favorecendo o enriquecimento da sua produção científica. “A gente precisa ter espaço pra sugerir novos modelos que permitam o crescimento dos pesquisadores. A formação de grupos de trabalhos (GTs), em vez das grandes áreas do conhecimento, representam uma estratégia aceita em todos os congressos”, argumenta.

Por fim, o diretor de pesquisa do Campus Natal Central, professor Samir Cristiano, apresentou a insuficiência de recursos como justificativa para a decisão da gestão de apoiar apenas um trabalho por pesquisador em 2013 nos congressos fora do Estado, além do CONNEPI. Segundo ele, a ideia é que cada pesquisador participe com o trabalho de maior impacto dentre aqueles de sua produção científica.

Palavras-chave:
pesquisa

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