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PESQUISA

Pesquisa desenvolvida no Campus Natal - Central estuda os impactos causados pelo descarte de medicamentos

Projeto compreende a realidade dos moradores da da capital potiguar

Publicada em 30/09/2021 Atualizada há 1 ano, 3 meses

Com o desenvolvimento da indústria e a popularização de novos complexos vitamínicos, medicamentos e toda sorte de compostos farmacêuticos, o consumo desses materiais cresceu dentro das casas. No entanto, a forma com que as pessoas se livram desse conteúdo muitas vezes não é o mais indicado. Por naturalmente gerarem resíduos químicos, em razão de sua própria composição, esses produtos vão sendo diluídos e dispersos na natureza e podem causar danos significativos ao bom funcionamento dos ecossistemas. Tendo esse quadro em vista, uma pesquisa originada no Campus - Natal - Central busca estudar quais impactos ambientais podem ocorrer neste cenário.

Tomando como base a população residente em Natal, o estudo já está em andamento. Liderado pela professora Ceres Dantas, o projeto conta com a participação dos natalenses ao responder um formulário que abrange uma série de perguntas sobre o descarte do material medicamentoso. O questionário procura coletar dados a respeito do nível de sensibilização da população local sobre o armazenamento e descarte de medicamentos e as consequências negativas destas atividades. Para Ceres, a pesquisa tem um grande valor científico para os estudos sobre a natureza. "Se esses resíduos seguem para descarte sobre o solo, em locais sem aterro sanitário, podem contaminá-lo, bem como as águas subterrâneas. Em uma outra situação, quando jogados no vaso sanitário ou na pia, esses fármacos passam a compor os esgotos domésticos e, mesmo após tratamento, a sua remoção não é completa, de forma que podem chegar nos nossos recursos hídricos, afetando a vida aquática e até mesmo fontes de abastecimento", relata a professora.

Intitulada como “Descarte residencial de medicamentos em Natal-RN: percepção e impactos ambientais” e aprovada pelo Edital Nº 03/2021-DIPEQ/CNAT/IFRN, a pesquisa foi idealizada por um grupo de estudantes do Curso Técnico Integrado em Controle Ambiental. Os alunos Rainah Iasmin Gabriel Nascimento, João Pedro Marques de Alcântara e Ruth de Lima Silva procuraram a professora Ceres no intuito de buscar uma orientação para o trabalho para conclusão de curso. "Sugeri que o assunto se tornasse um projeto de pesquisa e fomos compondo juntos o escopo e a metodologia do trabalho", ela conta.

Em razão das limitações impostas pela pandemia, o trabalho do grupo não incluirá atividades como visitas a campo e coletas de amostras de águas. "Para conhecer a percepção e obter resultados significativos que representem a população natalense, precisamos que o máximo de pessoas residentes na capital tenha acesso ao nosso formulário. Estamos divulgando em diversos meios e tentamos uma parceria com a prefeitura do município para divulgação, inclusive nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) espalhadas pela capital", conta Ceres.

Em caso de dúvidas, os responsáveis pela pesquisa podem esclarecê-las a partir do contato pelo seguinte e-mail: projetodescartedemedicamento@gmail.com. Será necessário cerca de 5 a 10 minutos para responder o questionário.


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