O docente Jássio Pereira de Medeiros, da Diatinf, é um dos professores homenageados pela Diretoria de Pesquisa e Inovação (Dipeq), do Campus Natal-Central (Cnat) do IFRN, com a menção elogiosa. A deferência foi prestada aos pesquisadores que mais se destacaram, no que se refere à qualidade, assim como à produtividade das pesquisas realizadas.

Jássio de Medeiros, lotado na Diretoria Acadêmica de Gestão e Tecnologia da Informação (Diatinf), do Núcleo de Pesquisa em Inovação na Gestão Pública (Nigep), é graduado e Mestre em Administração pela UFRN e Doutor em Educação pela Universidade do Minho-PT.

A menção elogiosa prestada ao professor resultou de um mapeamento diagnóstico realizado pela Dipeq do Cnat, para conhecer melhor os trabalhos desenvolvidos pelos grupos de pesquisa do Campus.

Conheça mais o perfil do professor Jássio de Medeiros, saiba como ele trabalha e quais os diferenciais de sua atuação, razão de orgulho para toda a comunidade escolar do Campus Natal-Central.  Confira na íntegra a entrevista:

Atuo no Núcleo de Pesquisa em Inovação na Gestão Pública, especificamente na linha de pesquisa intitulada “O Estado e os problemas contemporâneos”.

Trabalho com pesquisa desde a graduação, quando fui bolsista de iniciação científica por três anos, entre 2001 e 2004. Logo após terminar a graduação, ingressei no curso de mestrado, que concluí em 2007. Depois disso, passei a ministrar aulas em instituições particulares de ensino superior e, em 2010, ingressei no IFRN, sempre participando de projetos de pesquisa.

Tenho dado ênfase à análise de indicadores disponíveis no Datasus, um banco de dados pertencente ao Sistema Único de Saúde. Por isso, minhas publicações recentes, sempre como orientador de algum aluno, abordam os custos para a saúde com os acidentes de trânsito e a judicialização do atendimento em saúde.

Prezo pela avaliação de políticas públicas, com certa ênfase, como disse, para avaliação de indicadores da saúde pública.

Prefiro trabalhar com dados secundários, isto é, dados que já foram coletados por terceiros, e que estejam disponíveis em bancos de dados públicos. Entendo que, na área de gestão pública, temos muitos dados já coletados por instituições públicas e que carecem de análise de avaliação.

Sempre trabalho com alunos, bolsistas ou voluntários. Não teria condições de realizar pesquisa sem a participação dos alunos. Não utilizo um laboratório específico, mas temos uma sala para nosso núcleo de pesquisa.

Não acredito que tenho nenhum diferencial. Tenho sorte de ter bons alunos dispostos a trabalharem comigo.

Eu não esperava. Mas, para mim, foi um ótimo estímulo. Depois desse reconhecimento, passei a querer participar de mais editais de pesquisa e a acreditar que eu poderia ter meu projeto aprovado.

Talvez não exista o perfil do bom pesquisador. Mas, para ser professor pesquisador, entendo que deva existir curiosidade, expectativa de contribuir para a resolução de determinado problema, ou atendimento de certa demanda, disponibilidade para orientar os alunos e entendimento de que o conhecimento gerado com a pesquisa não deve ficar apenas depositado em um relatório, mas sim deve ser publicado, para que um maior número de pessoas possa ter acesso ao mesmo.