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Menção Elogiosa: conheça mais um pesquisador homenageado pela DIPEQ do CNAT

Homenagem foi feita aos pesquisadores que mais se destacaram no mapeamento realizado pela DIPEQ

Publicada em 18/06/2021 Atualizada há 1 ano

Jacques Costeau é um dos professores homenageados com a Menção Elogiosa, a partir de mapeamento diagnóstico da área de Pesquisa, realizado pela Diretoria de Pesquisa e Inovação do Campus Natal-Central. A deferência foi feita em ato de reconhecimento aos pesquisadores que se destacaram, tanto no que se refere à produtividade, quanto à qualidade de suas pesquisas.

Graduado em Engenharia Elétrica, em Física e em Filosofia, o professor Jacques Cousteau da Silva Borges é mestre em Engenharia Mecânica, na área de Termociência, pela UFRN, e doutor em Engenharia Mecânica, na área de Instrumentação e Controle de Sistemas pela UFPB.

O docente também é o Coordenador do Curso de Engenharia de Energia e foi recentemente escolhido pelos concluintes do curso para ser paraninfo da primeira turma graduada. Na ocasião, no discurso do orador da turma, o professor foi homenageado com efusivos agradecimentos pelo "fundamental" papel  para os jovens.

O professor Jacques Costeau é um dos integrantes que fazem parte do quadro docente do Campus Natal-Central, motivo de orgulho e inspiração para toda a comunidade escolar. Conheça mais o perfil desse profissional e confira na íntegra como ele trabalha e porque sua atuação faz diferença na vida de tantos.

Confira na íntegra a entrevista:

 - Em que Grupo de Pesquisa e Linha de Pesquisa o senhor atua?

Docente da Diretoria Acadêmica de Indústria, líder do grupo de Núcleo de Estudos em Produção de Energia e suas Aplicações Tecnológicas, atuando nas linhas de “Sistemas de Automação em Gestão e Tecnologia da Energia” e “Eletrônica de Potência e Acionamento Elétrico”.

- Há quantos anos o senhor trabalha como pesquisador?

Logo ao iniciar a graduação, já participava em projeto de iniciação científica, mas considero que após formado, em 2007, quando já atuava como docente e recém ingresso no mestrado, o ponto de partida da carreira de pesquisador.

Quais seus trabalhos mais recentes desenvolvidos?

A dinâmica institucional nos move em diferentes direções ao longo da nossa trajetória pessoal e acadêmica. Sempre procurei me adequar ao contexto. Atuei 10 anos como docente no curso de licenciatura em Física, sendo 4 desses anos no mestrado em ensino Física. Enquanto estava lá, sempre procurei desenvolver projetos, publicações e pesquisas na área de ensino de ciências.

Atualmente, me encontro na DIACIN, na área de Eletrotécnica e de Engenharia de Energia, e por isso busco avançar nessa área, investindo esforços na área de instrumentação e controle de sistemas para uso em laboratórios e/ou aplicações industriais, e também na área de eficiência energética, eletrônica de potência e controle de máquinas elétricas, em que tivemos alguns artigos internacionais publicados recentemente. 

Quais considera os mais relevantes?

A pesquisa que iniciei no doutorado teve importantes desdobramentos, e considero um dos mais relevantes. O desenvolvimento de um novo sistema de mediação magnética de torção em plena rotação rendeu um artigo publicado na revista, IEEE Sensors Journal, que possui Qualis A1 e é uma das mais importante da área no mundo, além de outras publicações em demais revistas também de peso. Essa pesquisa me rendeu duas patentes de invenção, e uma delas ainda foi premiada no 1º Prêmio Inovação Tecnológica Professor Delby Fernandes de Medeiros (INOVA-UFPB em 2014). Por fim, os desdobramentos desse trabalho ainda deram frutos, por meio de pesquisa financiada pelo Edital Universal do CNPQ, dessa vez já envolvendo alunos e demais colegas docentes do próprio IFRN.

- O senhor trabalha com que tipo de pesquisa? Como é seu método de trabalho?

Sempre trabalhei com métodos experimentais e com instrumentação. Tenho predileção pela “mão na massa” e desenvolver protótipos e experimentos, montar, calibrar, testar e montar novamente têm sido uma rotina. Atualmente, o acesso facilitado a novas tecnologias, que passam a ser conhecidas como “cultura maker”, envolvendo impressoras 3D e uso de Arduinos têm tornado o trabalho mais rápido e também acessível aos estudantes.

- Quem faz parte de sua equipe direta, há bolsistas ou o senhor trabalha sozinho? Utiliza laboratórios?

As pesquisas têm sido desenvolvidas no Laboratório de Pesquisa em Energia Elétrica, localizado na DIACIN. Temos alunos da graduação de Engenharia de Energia, quase sempre com bolsas de iniciação científica do CNPq ou do orçamento próprio do IFRN. Também conto com o apoio direto de alguns professores, como Ricardo Pinheiro, e também, Rafael Nunes e Marcus Vinícius Fernandes, todos da DIACIN.

- Nesses anos de pesquisa, quais os diferenciais do seu trabalho enquanto pesquisador?

Acredito que o hábito de escrever o que faço. Claro que nem sempre é possível, devido às demandas do trabalho docente, mas vejo ao meu lado, pelos laboratórios, trabalhos brilhantes sendo desenvolvidos pelos colegas professores e seus alunos. Somos excelentes profissionais, mas não temos a prática de registrar (e publicar) os resultados que alcançamos em pesquisas, TCCs e similares. Eu apenas “coloquei no papel” algumas dessas experiências, mas existe um potencial enorme em nosso campus que pode (e deve) ser explorado.

- Como foi, para o senhor, o reconhecimento e o recebimento dessa menção que o CNAT fez aos professores que mais se destacaram enquanto pesquisadores?

Penso que é um incentivo a continuar e também um estímulo aos demais. Particularmente, me constrange um pouco, já que em minha diretoria tenho colegas com igual destaque em produção acadêmica. Apenas um ou outro artigo a mais deu o “desempate”, e isso no mundo acadêmico não é muito. Claro, me sinto honrado com a menção de elogio, mas percebo que o grande “vitorioso” é o próprio campus, pois esta ação reacendeu a chama em muitos colegas, pois é uma forma diferente de dizer que fazer pesquisa no IFRN é possível.

- Na sua opinião, o que faz de alguém um grande pesquisador?

Nesse ponto, devo referenciar o professor Zanoni Tadeu Saraiva dos Santos (in memoriam), que foi, para mim, um grande professor e pesquisador no IFRN. Não são números de produções acadêmicas que fazem um grande pesquisador, embora as agências de fomento tomem o fator quantitativo como critério de qualidade. Um grande pesquisador se reconhece pelos frutos de sua pesquisa. Quais os impactos que tal desenvolvimento teve na academia e na sociedade de uma forma geral. Nas palavras do professor Zanoni, “Um grande cientista é aquele que promove grandes mudanças".

Palavras-chave:
ensino
pesquisa

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