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LAMIE entrega motos recuperadas para uso da própria gestão do IFRN

Iniciativa sustentável gera aprendizado prático à serviço da sociedade

Publicada em 13/02/2020 Atualizada há 1 ano

Foto: Jonâtas Moura

Nesta quinta-feira, 13/02, a equipe do Laboratório de Manutenção e Instalações Elétricas (LAMIE), vinculado à Diretoria Acadêmica de Indústria (DIACIN), realizou a entrega de cinco motos recuperadas, das 13 que foram doadas ao IFRN, em 2019, através do Edital de desfazimento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Segundo Alessandro Pontes Cavalcanti, coordenador do LAMIE, o projeto expandiu e atualmente já contempla desde manutenções simples até ações mais complexas, como a recuperação das motos, relativa ao Edital do TRE: “ Fazemos a manutenção elétrica de, pelo menos, quatro diretorias acadêmicas, assim como manutenção básica dos carros institucionais, com ações menores como troca de óleo, de filtro. Devagarinho, a ideia é que sejamos autosuficientes. No caso das motos, compramos peças que elas precisavam e recuperamos cinco das treze, mas vamos ainda recuperar as outras. As motos são doadas para aproveitamento no próprio IFRN. É essencial a participação do professor Romilson do Nascimento, além da parceria com o prof. Marcelo de Souza Marques, na parte de motores. E também, claro, o envolvimento dos alunos, especialmente do estudante Marcos André, técnico em Mecânica e atual aluno de Eletrotécnica”.

De acordo com o estudante Marcos André, do curso de Eletrotécnica, é um desafio educativo a prática no laboratório, na medida em que reflete a experiência da vida real: “É uma oportunidade de aprendizado fazer o serviço como realmente deve ser: na prática. Assim, identificamos o problema, solucionamos e, muitas vezes, no decorrer do processo, acabamos identificando outros”.

Problemas que, através de professores e alunos dedicados, são pontes para aprendizado e transformação de infraestrutura da própria Instituição. Na visão do diretor-geral do Campus Natal-Central, o projeto é um exemplo de modelo para ser replicado em outros campi: “Essa iniciativa, que começou com a manutenção elétrica, é uma ideia maravilhosa que será expandida para outros campi. O aluno aprende fazendo, um desafio também para estudantes dos cursos subsequentes. A prática é, inclusive, uma maneira de motivar o estudante, no decorrer do curso, claro, aliada à teoria. Além disso, o professor se aproxima do aluno e o ajuda a vencer a trajetória acadêmica”.

Trajetória que fez o LAMIE conseguir apoio, reconhecimento e incentivo da Diretoria Acadêmica de Indústria (DIACIN): “O projeto é fruto da ideia de dois professores e foi incentivado pela direção. Conseguimos aumentar o espaço físico do laboratório para quase 40 metros, assim como disponibilizamos a concessão de bolsas de tutoria e a parte de infraestrutura dos computadores. Isso além dos quatro bolsistas e voluntários que são diversos, até mesmo da Diretoria Acadêmica de Construção Civil”. Um caminho que envolve trabalho árduo e motivação.

Caminho esse que fez o professor Romilson do Nascimento, na condição de um dos primeiros professores entusiastas da ideia, encontrar no LAMIE um espaço de transformação: “O laboratório surgiu da ideia do professor Alessandro, a partir da necessidade de resolver pequenas coisas, e isso começou a crescer. Hoje temos uma estrutura bem diferente, maior e melhor. Percebemos o envolvimento dos alunos, inclusive observamos a orientação que os mais experientes dão aos novatos, assumindo a condição de uma espécie de monitor. A gente dá toda oportunidade aos alunos de aprender, através de projetos integrados, na prática. Ações que agregam conhecimento e motivação. Fizemos também a recuperação de sete computadores doados pelo TRE e vamos doá-los à escola municipal de Parnamirim, Augusto Severo”.

Doação que vai além da parte física e perpassa toda a instituição, inclusive na perspectiva administrativa: “A atitude desses professores é extraordinária e é exemplo de um trabalho árduo, com custo mínimo, a serviço da própria instituição”, acrescentou o diretor de administração do Campus Natal-Central (CNAT), Francisco Pontes.

 

 

 

Palavras-chave:
ensino

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