Extensão
Formar para incluir: o olhar escoteiro além do horizonte
Iniciativa prepara chefes escoteiros para práticas educativas mais justas, sensíveis e democráticas
Publicada por Romana Xavier em 11/09/2025 ― Atualizada em 11 de Setembro de 2025 às 12:32
A Direção de Extensão do Campus Natal-Central do IFRN iniciou um novo capítulo em sua caminhada extensionista com o projeto "Formar para Incluir: Educação Inclusiva na Liderança Escoteira". Mundialmente, a prática do escotismo se baseia no dever para com Deus, para consigo próprio e para com o outro. E é esse olhar para com o outro que é a menina dos olhos do projeto, provando que é sempre tempo de ver além.
A proposta, que une a experiência acadêmica e a vivência do movimento escoteiro, busca formar chefes escoteiros para atuarem em seus grupos com maior consciência, sensibilidade e preparo diante da diversidade. O objetivo é que a inclusão não seja apenas um princípio, mas uma prática cotidiana nos acampamentos e trilhas educativas.
A iniciativa é coordenada pela professora Vivianne Nascimento, em parceria com o professor Rafael Melo. Compõem ainda a equipe os especialistas do Napne (Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas) Adriel Kelvim Oliveira e Josioneide Lima, além dos estudantes de Licenciatura em Matemática Gabriel Silva e Bruna Farias, que contribuem como jovens multiplicadores de ideias. Juntos, formam uma patrulha de educadores que trilham, lado a lado, o caminho da inclusão.
Inspirado em experiências anteriores, como o projeto “Os escoteiros e a matemática”, o atual trabalho nasceu do olhar atento do professor Rafael Melo ao acompanhar as práticas escotistas de seu filho. A partir dessa vivência, os grupos escoteiros de Natal manifestaram o desejo de ampliar a parceria com o IFRN, transformando o aprendizado em um processo coletivo e contínuo.
Segundo a coordenadora Viviane "Espera-se que, ao final da formação, os participantes estejam mais preparados para reconhecer barreiras à participação plena dos jovens, planejar atividades acessíveis, adotar estratégias de mediação inclusiva e refletir criticamente sobre seu papel enquanto educadores em espaços não formais."
Educadores que serão multiplicadores, levando a chama da inclusão a outros grupos e líderes escoteiros. Assim, cada reunião, acampamento e atividade serão espaços de cidadania e respeito à diversidade.
Mais do que um curso de formação, o projeto representa o fortalecimento de laços entre o Campus Natal-Central do IFRN, o NIPE e os grupos escoteiros de Natal, promovendo um diálogo vital entre a educação formal e a não formal. Na grande fogueira que simboliza o escotismo, a Diretoria de Extensão do CNAT lança faíscas que iluminam o caminho de todos: uma direção onde a empatia é a bússola e a inclusão o destino.