Extensão
Expotec 2025: último dia reúne ciência, arte e tecnologia
Evento contou com mostra de física experimental e oficina de pintura rupestre
Publicada por Ester Macedo em 31/01/2025 ― Atualizada em 31 de Janeiro de 2025 às 19:19
A Exposição Científica, Tecnológica e Cultural, (Expotec) 2025 encerrou sua programação nesta sexta-feira (31) com uma série de atividades interativas que aproximaram os participantes do conhecimento científico e tecnológico. Durante o último dia de evento, estudantes e visitantes puderam experimentar a ciência na prática, explorar técnicas ancestrais de arte e testar habilidades de segurança em altura com equipamentos reais.
Mostra de física experimental
A Mostra de física experimental, organizada por bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), trouxe uma abordagem interativa ao ensino da disciplina. Realizada nos laboratórios de física, a atividade permitiu que os participantes explorassem conceitos como ondas, óptica e eletromagnetismo por meio de experimentos práticos.
Para as bolsistas Marina e Gabriela do Carmo, estudantes de licenciatura em física e monitoras da atividade, a experiência de apresentar os experimentos foi enriquecedora. Gabriela reforçou a importância da prática no ensino da disciplina. "A física muitas vezes é vista como algo puramente teórico e matemático. Quando os estudantes entram no laboratório e veem os experimentos em ação, isso muda completamente a visão deles. Eu costumo dizer que, quando entram na sala, eles viram X-Men", brincou.
A expectativa da equipe foi superada com a interação dos visitantes. “Cada turma que entra traz novas ideias, novas perguntas, e isso torna a experiência ainda mais dinâmica. É muito gratificante ver a empolgação dos alunos ao descobrirem que a física está em tudo ao nosso redor", concluiu Marina.

Oficina de pintura rupestre
Outra atividade interativa foi a oficina de pintura rupestre, realizada no Museu de Minérios do IFRN. A proposta da oficina foi transportar os participantes para tempos ancestrais, explorando as técnicas e os materiais utilizados pelos povos pré-históricos para registrar seu cotidiano em cavernas e rochas.
Segundo Adjane da Costa, bolsista do museu e responsável pela atividade, a oficina não apenas ensina sobre as pinturas rupestres no Rio Grande do Norte, mas também convida os participantes a aplicarem elementos do seu próprio cotidiano nas ilustrações. Na oficina, os alunos aprendem como eram feitas as pinturas, onde podem ser encontradas e quais minerais eram usados para produzir as tintas, tendo a oportunidade de criar suas próprias representações.
A coordenadora do Museu de Minérios, Narla Mussi, destacou o impacto da EXPOTEC na valorização do espaço. "Nunca tivemos um número tão alto de visitantes durante uma EXPOTEC. O passaporte do evento ajudou a aumentar o fluxo, mas o que mais me surpreendeu foi o real interesse das pessoas. Elas não vieram apenas para cumprir uma etapa, mas porque realmente queriam conhecer o museu e participar das atividades", celebrou.

Oficina de segurança em altura
Ainda durante a manhã, a oficina de Segurança em Altura atraiu dezenas de estudantes interessados em vivenciar na prática os desafios do trabalho em alturas elevadas. Promovida pelo curso técnico em segurança do trabalho, a oficina permitiu que os participantes utilizassem equipamentos profissionais, como cinturão paraquedista e talabarte, e escalassem um andaime de seis metros de altura.
O professor Ricardo Machado, responsável pela atividade, explicou como a dinâmica foi conduzida. “Os alunos primeiro fazem um ensaio no solo, aprendem como se equipar corretamente e, em seguida, sobem e descem do andaime. Isso dá a eles uma noção real das técnicas de segurança utilizadas em trabalhos desse tipo”, detalhou.
A oficina contou com o apoio de 40 voluntários do curso técnico em Segurança do Trabalho, que ajudaram a equipar os participantes e organizar a atividade. O alto interesse pelo tema surpreendeu a organização. “Essa tem sido a oficina com maior movimento. Estamos recebendo cerca de 50 participantes por período, tanto de manhã quanto à tarde. O pessoal tem gostado bastante, e muitos saem daqui animados com a experiência”, afirmou o professor.

Arte Quilling
A oficina “Arte Quilling” utiliza desta técnica que consiste em enrolar tiras de papel em espirais para criar desenhos e figuras, valorizando diferentes tamanhos e formatos. É possível encontrar ferramentas que ajudam no acabamento e na criação de desenhos, bem como tiras pré-cortadas para esse tipo de trabalho manual.
Aline Matias, instrutora do projeto, contou que o principal objetivo do trabalho é estimular a criatividade, a paciência e a coordenação motora: “É um processo que exige bastante dedicação e paciência, além de ser uma forma de desestressar. Quando estamos envolvidos em atividades manuais, conseguimos nos desconectar e focar no que estamos fazendo. Além disso, exige habilidades específicas, e o resultado tem sido incrível”.

Encerramento
O evento encerrou após uma apresentação cultural do coral do IFRN e os sorteios de itens como ecobags e canecas, em destaque, seis computadores. Antes de iniciar esse momento, o diretor-geral do Campus, Jonas Lemos, agradeceu à todos: “Não se chega a um resultado como esse se não houver a participação de todos, dos nossos alunos, professores, servidores administrativos e nossos terceirizados”.
Para fechar o dia com chave de ouro, a professora e coordenadora desta edição da Expotec, Branda Camilli, contou sobre as dificuldades para construir um evento nesta dimensão, mas também ressaltou a gratificação: “Eu estou muito feliz com o que temos visto até agora. Os alunos estão bastante animados, e sempre que pergunto aos professores sobre o andamento das oficinas e minicursos, a resposta é positiva – todos têm dito que está dando super certo. Estamos realmente satisfeitos por termos chegado a este momento, neste dia final”, concluiu a professora.
*Texto feito em colaboração com Ester Costa e Giovanna Benfica, estagiários de Jornalismo na Diretoria Sistêmica de Comunicação Institucional da Reitoria do IFRN