Sediada este ano no Campus Currais Novos do IFRN, a VI Semana de Ciência, Tecnologia e Extensão (Secitex) foi também um novo passo em uma jornada imersiva no mundo do saber científico para os participantes. O evento, que terá uma nova edição apenas em 2025, abriu espaço para apresentações de projetos de pesquisa e extensão, mas também celebrou as representações artísticas e culturais norte-rio-grandenses.

O Campus Natal-Central, como de costume, encaminhou uma quantidade significativa de representantes para o evento. Nos corredores, era comum encontrar na multidão rostos conhecidos pela comunidade acadêmica do campus mais antigo do Instituto. Seja em explicações detalhadas no Congresso de Iniciação Científica (CONGIC) ou nas experiências nos estandes de extensão, docentes e estudantes do campus entregaram ao público uma pequena - mas substancial - amostra dos saberes produzidos pela comunidade acadêmica.

Mykael da Costa, estudante de Controle Ambiental, foi um dos representantes do campus no CONGIC. No ginásio lotado do Campus Currais Novos, ele teve a oportunidade de apresentar aos visitantes resultados analíticos de seu trabalho no Núcleo de Estudos em Direito, Desenvolvimento e Meio Ambiente (NEDMA), supervisionado pela orientadora Cynara Cybelle. A pesquisa ainda está em andamento, mas os 6 meses de progresso são animadores. "Perceber o interesse das pessoas no seu objeto de estudo é muito bom", conta Mykael, que pesquisa, junto com o NEDMA, sobre a degradação das áreas de proteção permanente no bairro de Felipe Camarão, em Natal.

Em sua primeira participação no CONGIC, o sentimento é de realização para Mykael. "Foi uma experiência muito boa, de compartilhar seu trabalho com as pessoas, levar para o público externo e não ficar com esse conhecimento restrito à nossa equipe". Nem o forte calor de outubro no Seridó tirou o sorriso do rosto do estudante, que aproveitou a viagem para vislumbrar novos horizontes que eventos como esse oferecem. "É uma oportunidade do estudante viver outra realidade. Às vezes a gente fica abastecido por aquilo que é apresentado a nós, mas aí você sai de Natal e percebe que seu trabalho pode ultrapassar barreiras, além de onde você estuda, alem de onde você vive. Para mim, como estudante, é realizador ver o seu trabalho ir para outro lugar", declara.

A experiência de Mykael é semelhante à de Isabella Quirino, aluna do quarto ano de Geologia. Ela estreou na Secitex este ano e já apresentou resultados parciais no Congresso. "Essa foi minha primeira vez apresentando um trabalho acadêmico, então foi tudo muito novo mas ainda assim uma ótima experiência", conta.

A pesquisa na qual Isabella está envolvida recebe fomento do Campus Natal-Central (através do Edital nº 01/2022 – DIPEQ/CNAT/IFRN) e tem como principal objetivo encontrar solos análogos de Marte no município de Macau. Para tal, os pesquisadores fazem uso do mapa geológico do Rio Grande do Norte como ferramenta na busca pelos locais que atendem determinadas características. A coleta das amostras é realizada, posteriormente, em 11 pontos dentro do próprio município de Macau.

Tal como os estudantes do Campus Natal-Central, toda a comunidade acadêmica, bem como os visitantes que passaram pelo evento, certamente puderam ter a experiência de aprender, ouvir e trocar conhecimentos, cultura e calor humano durante a VI Secitex. O legado de ciência, tecnologia e intercâmbio cultural, que são marcas do IFRN, segue inspirando pessoas a se dedicarem ao labor científico.