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POSICIONAMENTO

Equipe gestora do CNAT divulga nota sobre o atual momento do país

Publicação mostra dados da expansão do IFRN

Publicada em 31/03/2016 Atualizada há 1 ano

Gestores do Campus Natal-Central descrevem posicionamento nesta quinta-feira, dia 31 de março, sobre o momento político e social em que o país está passando. Assinam este texto os servidores José Arnóbio de Araújo Filho - Diretor Geral do Campus Natal/Central do IFRNFrancisco Antônio de Pontes - Diretor AdministrativoTania Costa - Diretora de EnsinoLuís Antônio Soares de Araújo - Diretor de ExtensãoSérgio Ricardo Barroso - Chefe de GabineteSamir Cristino de Souza - Diretor de PesquisaFrankileide Carlos - Diretora de Assuntos EstudantisFrederico Augusto Fernandes Silveira - Diretor de Tecnologia da InformaçãoMatheus Silva Pereira - Diretor de Administração de Pessoal, Allyson Amilcar Angelus Freire Soares -  Diretor Acadêmico de Gestão e da Tecnologia da Informação, Alexandre Pereira Spotti - Diretor Acadêmico de Construção Civil, José Flávio de Freitas - Diretor Acadêmico de Ciências, João Batista Monteiro de Sousa - Diretor Acadêmico de Recursos Naturais, Isabelle Liane Galvão de Medeiros - Secretária do Gabinete, Ivana Lúcia da Silva - Coordenadora da Assistência ao Servidor, Walter Lopes Neto - Coordenador de Laboratórios, Narla Sathler Musse de Oliveira - Coordenação do Museu de Minérios, Luzimar Barbalho da Silva - Coordenadora Pedagógica, Renier Cavalcanti Dantas - Coordenador de Esportes, Marla Sarmento de Oliveira - Coordenador de Contabilidade e Finanças, Raimundo Sales da Silva - Coordenador de Almoxarifado, Valdener Avelino Correia - Coordenador de Contratos e Convênio, Danielle Silva de Lucena - Coordenadora de Patrimônio, Alessandra Fortes Gabino Araújo - Coordenadora de Limpeza e Urbanismo, Tania Carvalho da Silva - Coordenadora de Comunicação e Eventos, Wharton Martins de Lima - Coordenador da Licenciatura de Matemática, Jailson Luís da Silva – Coordenador de Laboratórios. Segue publicação na íntegra:

'Nós, gestores do Campus Natal-Central do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, diante do atual cenário político nacional,  nos posicionamos em relação à tentativa insana de, a qualquer custo, acentuar o desmantelamento do estado brasileiro, o que na nossa visão não trará nenhum efeito positivo que possa culminar com a melhoria da educação brasileira e das demais políticas sociais em curso. Diante disso, nos posicionamos contra a tentativa do “impeachment” da presidente da república, por entendermos que não existem elementos jurídicos que respaldem esse ato.  

Por compreendermos que a educação do país, relegada há séculos por aqueles que hoje clamam pela volta ao poder, em face da situação econômica vivenciada por mais uma crise do capital, que assola o mundo desde de 2007, com o intuito de produzir o caos na tentativa única e exclusiva da retomada do poder.  E dessa forma, produzir no seio da nossa sociedade o agravamento à intolerância e ao ódio que em nada contribuem para a construção de uma sociedade mais humana, justa e fraterna.

Com a expansão de novas unidades nos Institutos Federais, que conta com um quadro de servidores altamente qualificados, tanto docentes quanto administrativos, além de investimentos em atividades de pesquisa e extensão em áreas de vulnerabilidade, acreditamos que houve uma melhoria significativa na área da educação. No caso do IFRN, mais especificamente, que teve uma ascensão de duas unidades em 2002 para vinte e uma unidades em 2015, os investimentos proporcionaram um crescimento em torno de vinte e seis mil estudantes atendidos, além de ter proporcionado emprego a, aproximadamente, mil docentes e novecentos técnicos, em todo o Rio Grande do Norte. Isso demonstra avanços sociais na área educacional, ainda que percebemos a necessidade de mais investimentos, sobretudo nas escolas públicas de educação infantil e fundamental, pois acreditamos que o grande agente transformador de uma sociedade passa empoderamento às pessoas através do conhecimento produzido no seio das relações sociais.

Diante do cenário atual e da função social da nossa instituição, nos posicionamos, por acreditarmos que este é nosso papel, pois enquanto cidadãos vivenciamos outros momentos históricos. Sendo assim, não podemos nos colocar na imparcialidade, visto que as experiências vividas, em governos anteriores, proporcionaram um sucateamento na máquina pública do Estado. No nosso entendimento, o que existe efetivamente no cenário nacional é uma disputa pelo poder de forma insana, capitaneada por um congresso conservador e reacionário que não defende as políticas sociais; uma oposição irresponsável que comandou o país por séculos e que nunca possibilitou a emancipação do nosso povo; um judiciário que se comporta, nitidamente, partidarizado e “meios de comunicação” hegemônicos, que numa perspectiva maquiavélica produziram ao longo dos últimos vinte meses um cenário em que nada agrega à nação brasileira.

Sendo assim, apesar de reconhecermos que houve muitos desacertos em algumas ações do governo federal, preferimos o lado das conquistas sociais alcançadas nos últimos anos, em detrimento de vários anos de ações comandadas por aqueles que não entendem as reais necessidades das camadas mais desfavorecidas.

Que possamos enquanto gestores/cidadãos, tirarmos lições do que estamos vivenciando. Que tentemos dialogar com maturidade, dentro de um ambiente de civilidade e que a “politicagem”, que fragiliza a discussão política, possa ser extirpada do seio das discussões nacionais, pois precisamos construir elementos que possam fazer com que os nossos jovens possam ser agentes transformadores dessa sociedade muitas vezes injusta, mesquinha e desumana na qual estamos inseridos.  

Por fim, como não corroboramos com a corrupção, com a sonegação fiscal, com a não taxação das grandes fortunas, entendemos que a nossa posição como gestores, em situações delicadas como a atual, é de somar forças com a população e instaurar a união por um objetivo maior: o reconhecimento da rede federal de ensino como grande agente transformador da educação brasileira.'