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INCUBADORA TECNOLÓGICA

Empresa incubada no Campus lança acervo digital das cartas de Cascudo

O lançamento do material acontecerá no dia 30 de julho

Publicada em 26/07/2013 Atualizada há 1 ano

Acervo digital ficará disponível para o público a partir de agosto. Imagem: Convite.

O acervo digital das cartas de Câmara Cascudo será lançado no dia 30 de julho, às 18h, no Ludovicus – Instituto Câmara Cascudo, na Cidade Alta. Na ocasião de apresentação do projeto “Fragmentos da escrita brasileira: A correspondência de Câmara Cascudo”, relembra-se os 27 anos de morte do folclorista potiguar. O material será disponibilizado para consulta pública a partir de agosto.

Participante da Incubadora Tecnológica Natal Central (ITNC) do IFRN há 10 meses, a empresa MaisDocs digitalizou o acervo de 27 mil cartas do potiguar Câmara Cascudo. São correspondências enviadas e recebidas que revelam os laços de amizade entre Cascudo e pessoas de renome como Jorge Amado, Carlos Drummond de Andrade, Monteiro Lobato, Juscelino Kubitschek e muitos outros.

Segundo o diretor da MaisDocs, Leonardo Solha, que entrou como parceiro do projeto, participar do processo de incubação do IFRN deu segurança na realização deste projeto que teve como objetivo perpetuar a obra de Cascudo em formato digital. “Eu acredito muito que qualquer empresa tem que ter um comprometimento com a cultura e com o bem social. Esse projeto de Câmara Cascudo não é só um projeto para a MaisDocs, o IFRN ou o Ludovicus, é um projeto para o estado, para o país”, comentou.

Daliana Cascudo, neta do historiador potiguar, compartilha do pensamento de Leonardo de que o trabalho é importante não só para o Estado, mas para o Brasil. “É a preservação de um dos maiores e mais importantes acervos que a gente tem no país e retrata muito da história e da cultura brasileira”, comentou.

A digitalização do acervo começou em 2010, quando a MaisDocs ainda não era incubada na ITNC e contou com a dedicação dos historiadores Rafael Fernandes e Joás Souza. Para Rafael, a digitalização foi um processo minucioso uma vez que muitas cartas eram delicadas. “Tinha que ter muito cuidado em digitalizar para não danificar o documento.

Para Joás, a parte mais delicada foi em descobrir os remetentes das cartas, mas com muita pesquisa a equipe conseguiu identificar cerca de 70% delas. “A identificação de alguns autores das cartas enviadas a Cascudo foi muito complexa porque muitas delas tinham apenas uma rubrica”, disse.

As cartas datam a partir de 1920, quando Câmara Cascudo tinha apenas 20 anos, e estão em ótimo estado de conservação, guardadas e organizadas no Ludovicus – Instituto Câmara Cascudo, que funciona na casa onde o professor, historiador e pesquisador morou.

Câmara Cascudo

Historiador, estudioso,  jornalista, advogado e folclorista, Câmara Cascudo  nasceu em 1898, época em que a capital potiguar se resumia a poucas ruas e pequena população, como descreve o livro História da Cidade do Natal, escrito pelo próprio. Hoje, Cascudo é nome de rua, de avenida, loteamento, agência dos Correios, agência bancária, museu, biblioteca e livraria - um verdadeiro monumento da cidade.

Em Natal ele nasceu e permaneceu por toda a vida. Morreu em 30 de julho de 1986. “Ele não quis se mudar de Natal nem para assumir uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, posto sonhado por tantos escritores e prestígio difícil de alcançar. E se recusou por amor ao chão, ao local onde nasceu”, lembrou Daliana, neta de Câmara Cascudo.

Fonte: Incubadora Tecnológica Natal Central (com informações do G1 RN).