Na edição de 2024 se inscreveram onze equipes, mas apenas oito delas montaram seus presépios e concorreram aos prêmios. O Concurso premiou os três primeiros lugares com 1000 reais para a equipe classificada em primeiro, 700 reais para a segunda colocada e 400 reais para a terceira equipe.

Os presépios foram avaliados por uma comissão julgadora composta por servidores do IFRN, com conhecimento na área de história, arte e religião: Arilene Lucena (Historiadora e Jornalista), Isabel Dantas (professora de arte aposentada) e Nadir Arruda (professora de Língua Portuguesa). A avaliação considerou os critérios: a valorização da história e tradição dos presépios; o local da montagem; o destaque dado à manjedoura; a criatividade e inovação; e, sobretudo, o uso de materiais recicláveis e a apresentação oral do trabalho pelo grupo.

Nessa edição do concurso, além da votação pelo público no instagram do Cnat, as equipes também receberam uma pontuação pela arrecadação de alimentos. Foram arrecadados, aproximadamente, 300 (trezentos) quilos de alimentos, doados ao Lar da Vovozinha, instituição indicada pela maioria das equipes.

Com 27,6 pontos, a equipe vencedora desse ano foi Noite Feliz. As equipes classificadas em segundo e terceiro lugares, foram Estrela-Guia e Edificadores da Paz, respectivamente.

Para a avaliadora do concurso, Arilene Lucena: “a importância histórica do presépio reside no fato de se tratar de uma longa tradição cristã, desde o século XIII. Atribui-se sua origem a São Francisco de Assis, que teria montado um presépio vivo, numa vila da atual Itália, com propósito didático, de representar a cena do nascimento de Cristo de uma forma mais compreensível para a população. Portanto, esperava-se que as equipes fizessem menção a este fato. Trata-se também de uma expressão cultural, uma vez que essa tradição se difundiu da Europa para os outros continentes, junto com os colonizadores. E ao chegar às Américas, à África e à Ásia, incorporou elementos culturais desses lugares. Para a historiadora, “cabe, ainda, destacar que alguns personagens, que, por vezes, se pensa como sendo secundários, não poderiam estar ausentes do cenário do presépio, como os pastores e animais, sob pena de não ser fiel à narrativa bíblica, no caso, os Evangelhos de Lucas e Mateus”.

Isabel Dantas, professora de arte e avaliadora desta edição do concurso, enfatiza que “a iniciativa do Campus Natal-Central de proporcionar aos alunos a criação de presépios natalinos revela o compromisso da nossa Instituição com uma formação omnilateral que contempla uma emancipação humana crítica, em que espiritualidade e estética são dimensões relevantes no processo educativo”.

Já a professora Nadir Arruda, avaliadora no critério religioso entende que “o presépio foi criado por São Francisco de Assis em 1223, como forma de relembrar ao povo a natividade de Jesus Cristo. O cenário é construído para mostrar a simplicidade e pobreza do lugar onde nasceu o Salvador, com destaque para a manjedoura, cujo significado remete a Jesus que se faz alimento de vida eterna. Jesus é o Filho de Deus que Se fez homem, para dar sua vida pela humanidade. Cada figura do presépio possui sua importância: os animais, os pastores, o Anjo, a estrela, os Reis Magos com seus presentes (ouro, incenso e mirra), além de Maria e José e o Menino Jesus, que são os personagens principais. Assim, quanto ao aspecto religioso, foi observada, na avaliação dos presépios, essa composição e suas referências simbólicas”.

A comissão organizadora, formada pela equipe de servidores da Comunicação Social e Eventos, considera que a cada edição o Concurso de Presépios é mais enriquecedor. A vitória é de todos que buscaram alcançar o melhor resultado. A comissão parabeniza todos os envolvidos pelo esforço e dedicação demonstrados, tanto na produção do presépio, quanto na exposição pública. A expectativa da COCSEV é que, em 2025, mais pessoas da comunidade escolar se envolvam nessa iniciativa, para que o concurso se fortaleça a cada ano.

O Concurso foi patrocinado pela Fundação de Apoio ao IFRN (Funcern) e pela Associação dos Servidores do IFRN (ASI-RN), parceiros desde a primeira edição do concurso, em 2017.