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Trabalho Diagnóstico

DIPEQ através do espelho: trabalho diagnóstico permite mapeamento dos grupos de pesquisa e medidas estratégicas da gestão

A partir do levantamento, serão implementadas mudanças para melhores direcionamentos na área

Publicada em 13/05/2021 Atualizada há 1 ano

A Diretoria de Pesquisa e Inovação do Campus Natal-Central do IFRN desenvolveu um trabalho diagnóstico com o objetivo de identificar e sistematizar toda a produção bibliográfica e técnica do campus, conhecer melhor seus pesquisadores e a capacidade organizacional dos atuais grupos de pesquisa do CNAT. Esse trabalho diagnóstico visa ainda implementar um portal para divulgação dos grupos de pesquisa, pesquisadores e produtos tecnológicos e de inovação desenvolvidos, com a adoção de um sistema de monitoramento contínuo para estímulo da produção bibliográfica e técnica desses grupos.

Segundo o Diretor de Pesquisa e Inovação do Campus Natal-Central (DIPEQ-CNAT-IFRN), Handson Pimenta, inicialmente foi realizado um trabalho de identificação e mapeamento: “A gente queria entender a produção bibliográfica e técnica dos pesquisadores bem como a capacidade organizacional dos grupos. Recebemos do antigo diretor a relação dos grupos de pesquisa, fomos ao diretório dos grupos de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), confirmamos quais os grupos que estavam ativos. Com a confirmação dos grupos ativos, fomos atrás dos pesquisadores, usando o SUAP, fazendo uma planilha e o nosso escopo da variação se restringiu à lotação do CNAT e aos professores. Tendo acesso ao curriculum lattes deles, levantamos todo o acervo de produção bibliográfica e técnica deles, de 2017 a 2020. Observamos quais eram os principais eventos que os nossos professores pesquisam, por área, por diretoria acadêmica. Foi feita uma listagem de periódicos e eventos, nacionais e internacionais”.

A partir desse levantamento de dados, realizado em cada diretoria acadêmica, o trabalho possibilitou uma reunião com os líderes dos grupos de pesquisa que passaram então por um processo de revisão da identidade científica, análise da produtividade, assim como avaliação do retorno à instituição, no que se refere ao fomento interno em projetos contemplados nos editais institucionais. Além disso, a partir da análise dos dados, foi realizado um planejamento de capacitação anual.  De acordo com Handson Pimenta: "Fizemos uma orientação, em um processo que chamamos de revisão da identidade científica do grupo. Pedimos ao professor líder, na essência, para primeiro conversar com a equipe de professores, apresentar os dados, mostrar individualmente a produção de cada professor, chamando atenção para os professores que não tinham produção bibliográfica nem técnica, nesse período de 2017 a 2020, e/ou que estavam com curriculum lattes atrasados. Em contrapartida, entregamos a eles orientações de atualização de curriculum lattes e apresentação da listagem dos principais eventos e periódicos daquela diretoria e foi feita menção de elogio ao professor mais produtivo por diretoria”. A proposta é que cada grupo possa se reunir, reavaliar o que tem sido feito, o que deve e pode ser melhorado em termos de produtividade de cada membro, assim como de ajustamento das suas respectivas linhas de pesquisa.

No tocante à DIPEQ, uma das recomendações sugeridas pelos grupos foi o desenvolvimento de normativas, através de um fórum de gestão de grupos de pesquisa. Assim, a partir da elaboração de normativa que apresente especificações para o recredenciamento dos grupos de pesquisa e, também, da emissão de relatórios anuais sobre eles, haverá um melhor direcionamento e acompanhamento dos grupos: “Falta normativa para os líderes dos grupos de pesquisa terem fundamentação para fazer as cobranças aos pesquisadores dos grupos”, explica o gestor da DIPEQ.

Atualmente, o Campus Natal Central conta com 33 grupos de pesquisa, distribuídos nas 05 áreas acadêmicas, pesquisando em 21 áreas de conhecimento, através de 143 linhas de pesquisa. No período de 2017 a 2020, esses grupos produziram 286 periódicos, 161 capítulos de livros, 41 livros e realizaram 433 eventos científicos, movimentando e fomentando, dessa forma, a produção bibliográfica entre os professores, alunos pesquisadores, comunidade científica, além da sociedade, beneficiada pelos resultados dessas ações e projetos. A produção técnica dos grupos de pesquisa soma 715 ações entre concessões de patentes, desenvolvimento de softwares, processos ou técnicas, produtos tecnológicos, trabalhos técnicos e organização de eventos.

Com esses dados, a gestão planeja, de acordo com Handson Pimenta, direcionar estrategicamente os recursos de fomento de Pesquisa: “A ideia agora é tentar entender que tipo de evento é mais importante por área. A intenção é dirigir o nosso esforço de publicação para eventos que são trabalhos completos e fortes das áreas. Pensar em estabelecer critérios e identificar os eventos científicos mais relevantes por área, de acordo com as diretorias. Outro aspecto bem interessante do levantamento foi checar os professores que têm recebido fomento interno e que tem gerado algum tipo de produto bibliográfico. Isso pode inclusive ser um dos critérios nos nossos editais futuramente, logicamente pontuando mais para quem produz em periódico”.

E assim, a Instituição volta o olhar para si mesma, para a partir do diálogo, buscar crescer ainda mais na área de Pesquisa e Inovação: “Se eu quero implementar programas, eu preciso ter indicadores e passar a mensurar. Primeiro conhecer os grupos de pesquisa, saber o que foi a produção desses grupos, permitir que eles façam a revisão da sua identidade científica, estabelecer normas de gestão desse grupo de pesquisa agora, ter o fomento e ter o diálogo com esses grupos. Estamos criando o portal DIPEQ e um Portifólio DIPEQ. Uma coisa básica, temos agora um whatsapp com os grupos de Pesquisa, que antes não tinha. Essa comunicação está sendo melhorada. A ideia é que a gente potencialize a difusão do conhecimento gerado por esses grupos de pesquisa do Campus Natal-Central”.

Conhecimento esse gerado na Instituição que beneficia toda a sociedade e também volta para o próprio campus, tanto no desenvolvimento de produtos técnicos ou tecnológicos para solução de problemas internos do CNAT, quanto no aumento da qualidade e quantidade de pesquisas desenvolvidas. E assim a Diretoria de Pesquisa e Inovação do Campus Natal-Central realiza um trabalho essencial de transformação e progresso na área.

Palavras-chave:
pesquisa
servidores

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