Bioma do Saber
DIAREN: raízes profundas, galhos abertos e saber em fotossíntese
Diretoria de Diretoria de Recursos Naturais cultiva ecossistema de escuta, inovação e pertencimento
Publicada por Romana Xavier em 22/08/2025 ― Atualizada em 22 de Agosto de 2025 às 14:23
No solo fértil do Campus Natal-Central do IFRN, algo começa a germinar com força renovada. Não é apenas um ciclo acadêmico, nem um projeto isolado. É uma mudança de ecossistema. A Diretoria de Recursos Naturais (DIAREN), agora sob a condução do professor Aristiades Felipe Santiago, assume 2025 como quem observa a floresta ao amanhecer: com olhos atentos à diversidade, respeito ao tempo dos ciclos e disposição para escutar até o sussurro das folhas.
“Pensamos a gestão como uma grande mata interdependente. Aqui, a escuta é a fotossíntese: só produzimos luz e crescimento a partir do diálogo constante com quem vive e respira este lugar — estudantes, professores, técnicos e parceiros”, afirma o diretor.
Nesse cenário vivo e coletivo, a primeira missão da gestão é simples, mas transformadora: criar raízes. Estão sendo implementadas reuniões periódicas com coordenações de cursos e representantes de turmas — encontros mensais para troca de ideias e planejamento. Ao mesmo tempo, estão sendo criados canais diretos de comunicação com a comunidade acadêmica, como grupos de mensagens, e-mails específicos e murais informativos. “Queremos que todos saibam onde encontrar a DIAREN, mas, mais do que isso, queremos que a DIAREN encontre todos. Gestão, aqui, é circularidade”, reforça Aristíades.
As ações previstas se organizam em três ciclos — curto, médio e longo prazo — como as fases de uma árvore que cresce e se conecta ao ambiente.
No curto prazo, o objetivo é mapear o território: identificar gargalos, ouvir as urgências, entender os climas locais de cada curso. Isso inclui detectar desafios específicos nas áreas de ensino, pesquisa e extensão e direcionar esforços estratégicos para enfrentá-los.
No médio prazo, a proposta é criar galhos mais longos e interligados: fomentar a interdisciplinaridade entre os cursos da área de Recursos Naturais, incentivar projetos integrados sobre desafios ambientais e consolidar a gestão participativa como um dos pilares da diretoria. “Queremos que todos se sintam parte da mesma floresta. Que estudantes de diferentes cursos compartilhem experiências e soluções, como raízes que se entrelaçam debaixo da terra sem que percebamos”, explica o diretor.
Já no longo prazo, o horizonte da DIAREN é se tornar um centro de referência nacional. Um polo de produção de conhecimento que transforme pesquisa em solução, ensino em formação cidadã e extensão em política pública. “Queremos deixar de ser apenas uma unidade acadêmica e passar a ser um organismo de transformação. Que nossos projetos não só formem profissionais, mas também mudem vidas — dentro e fora do campus”, projeta Aristiades.
No entanto, como toda floresta em regeneração, há obstáculos a enfrentar: a escassez de recursos financeiros, a necessidade de modernizar laboratórios e equipamentos e o desafio de manter o engajamento da comunidade acadêmica de forma contínua. “Não se constrói um ecossistema forte sem cuidar do solo. Por isso, estamos atentos a cada detalhe, buscando parcerias e investimentos que possam fortalecer nossa base estrutural”, afirma.
Nesse contexto, as parcerias aparecem como espécies polinizadoras essenciais para o florescimento da DIAREN. A diretoria realiza um mapeamento detalhado de universidades, centros de pesquisa, empresas e órgãos públicos e privados. “A colaboração externa é vital para ampliarmos nosso impacto. Queremos encontrar parceiros com objetivos convergentes, que tragam não só recursos, mas também visões complementares, experiências novas, outros biomas de saber”, observa Aristíades.
Ao final, o que a gestão da DIAREN propõe é mais do que um plano administrativo: é uma paisagem viva em construção. Um lugar onde o conhecimento brota como cipó que se enrola em galhos de experiências múltiplas. Onde cada estudante é semente. Cada professor, tronco. Cada parceria, brisa que ajuda a espalhar o pólen da transformação.
E como toda floresta que respeita o tempo e honra a coletividade, a DIAREN segue seu ciclo. Com raízes profundas na escuta, tronco firme na colaboração e galhos estendidos ao futuro, a diretoria sonha e cria novas realidades: sustentáveis, justas e transformadoras.
- Palavras-chave:
- Planejamento 2025 Gestão CNAT Recursos Naturais IFRN DIAREN