A Diretoria Acadêmica de Ciências (DIAC) do Campus Natal-Central do IFRN (CNAT-IFRN) inicia o segundo semestre de 2025 como quem abre as portas de uma grande sala de aula, onde ensino, pesquisa e extensão se encontram. Nesse espaço, cada cadeira é ocupada por projetos pedagógicos vivos, conectados aos desafios sociais e científicos do presente, formando professores capazes de ensinar e, ao mesmo tempo, aprender com a realidade que os cerca.

Segundo o diretor da DIAC, Rafael Pereira, o grande propósito da gestão é ampliar os horizontes da formação docente. “Queremos que as nossas licenciaturas sejam cada vez mais relevantes para a sociedade e que nossos estudantes sintam que a sua formação está profundamente conectada com o mundo que irão transformar”, afirma.

O primeiro momento é de arrumar o quadro e organizar os conteúdos. Entre as ações de curto prazo, estão a reavaliação das ofertas dos cursos, ajustes curriculares, ampliação da participação de estudantes e docentes em projetos de pesquisa e extensão e formações pedagógicas contínuas. Também faz parte da pauta a condução criteriosa do processo de escolha dos livros didáticos do PNLD 2026 — ferramentas que, como o giz e o quadro, ajudam a construir o dia a dia do aprendizado.

Mas essa sala de aula não se limita às quatro paredes. No médio prazo, entre 2025 e 2026, a DIAC quer levar suas licenciaturas a outros ambientes de aprendizagem: museus, centros culturais, movimentos sociais e espaços de educação não formal. Parcerias com redes municipais e estaduais de ensino serão como visitas de campo permanentes, ligando o conteúdo ao contexto, a teoria à prática. “A aproximação com a comunidade escolar e com espaços culturais amplia a visão de mundo dos nossos futuros professores e torna o processo formativo muito mais rico”, destaca o diretor.

O planejamento de longo prazo, até 2027, mira a consolidação da DIAC como referência nacional na formação de professores. Uma política contínua de acompanhamento de egressos permitirá saber como o conhecimento construído em sala reverbera no exercício da docência. E um novo conteúdo já começa a ser preparado: a criação de um curso técnico integrado ao ensino médio na área de Instrumentos Musicais, ampliando as possibilidades de ensino e aprendizado.

Ensino e aprendizado cujo diferencial está na valorização das diferentes disciplinas que compõem a diretoria e no incentivo à interdisciplinaridade, como uma troca constante de saberes entre alunos de diferentes turmas. Espaços de escuta ativa entre as coordenações dos cursos, professores e estudantes garantem que as inovações pedagógicas nasçam de experiências reais.

As parcerias, por sua vez, funcionam como intercâmbios enriquecedores: secretarias de educação, ONGs, instituições de pesquisa, museus, movimentos sociais e o movimento escoteiro já são — e serão ainda mais — parte desse processo, por meio de editais, articulações com o Núcleo de Prática Educacional (NIPE) e projetos interinstitucionais.

Mesmo com avanços planejados, os desafios também estão no quadro: sobrecarga docente, recursos limitados e a necessidade de currículos sempre atualizados. “Esses obstáculos não nos paralisam, pelo contrário, nos motivam a buscar soluções criativas e coletivas. A missão pública do IFRN exige de nós coragem para inovar e compromisso para formar cidadãos críticos e engajados”, conclui o diretor Rafael Pereira.