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DIA DO PROFESSOR

Dia do Professor: "Construir e desconstruir os ensinamentos"

Docentes relatam experiências e inspirações profissionais

Publicada em 15/10/2021 Atualizada há 1 ano

Por Cláudia Escóssia

No Brasil, o Dia do Professor é comemorado em 15 de outubro, em homenagem à jornalista, professora e política Antonieta Barros, que em sua segunda passagem pelo parlamento, criou a Lei Nº 145, de 12 de outubro de 1948, a qual instituiu o dia do professor em 15 de outubro. A data passou a ser celebrada nacionalmente em 1963, no Governo de João Goulart, então Presidente da República.

Campus Natal-Central presta uma homenagem, por meio de relatos de alguns professores do campus, a esse profissional tão indispensável para a evolução dessa Instituição e da humanidade como um todo. Desejamos parabéns aos professores e professoras do campus. 

"Força reflexiva e transformadora que proporciona respeito, igualdade e tolerância"

O Diretor-Geral do Campus Natal-Central do IFRN, professor Jonas Eduardo Gonzales Lemos, que há 13 anos leciona na Diretoria de Recursos Naturais (DIARENe exerce o cargo de diretor-geral desde 2020emite mensagem aos professores da Instituição "O momento em que estamos vivenciando é um misto de dificuldades, incertezas e enormes desafios. Contudo, não podemos arrefecer, diminuir nossa capacidade de lutar e seguir em frente. Somos a força reflexiva e transformadora que proporciona respeito, igualdade e tolerância, razão pela qual não podemos perder a esperança de vivenciarmos uma sociedade feliz e harmônica".

"Construir e desconstruir os ensinamentos"

A professora Gizelda Lúcia dos Santos Maia, lotada na Diretoria Acadêmica de Ciências (DIAC), relata que a docência é a essência de sua vida. Professora de Educação Física há 28 anos, sendo 25 dedicados ao IFRN, relata que a possibilidade de transformação nos alunos e "o desejo de construir e desconstruir os ensinamentos" a motivou no início de sua carreira profissional. Quanto à sua rotina no ensino remoto "foi muito alterada pela falta do movimento, do sentir e vivenciar o corpo. A distância física fez muita falta". Gizelda tem as melhores expectativas para o retorno do ensino presencial. Para ela "terá muita expressão, movimento e sentimento".

"Contribuir com o conhecimento e formar cidadãos conscientes"

Professor há 15 anos e 12 dedicados ao IFRN lecionando Processos Químicos Industriais e Técnicas de Educação Ambiental, Aristides Felipe Santiago Júnior, afirma que o que mais o motivou a seguir a carreira docente foi a possibilidade de contribuir com o conhecimento. Para ele, a importância de ser professor reside em "formar cidadãos conscientes e que possam aprender e implementar seus conhecimentos na vida profissional". Ter um novo olhar sobre as novas ferramentas apresentadas no ensino remoto e inseri-las na sua área de atuação foi o maior desafio no ensino remoto. Com relação ao retorno presencial, que este "aconteça de forma segura e que as perdas dos alunos nas disciplinas práticas sejam sanadas", conclui Aristides.

"A interação presencial é a essência da docência"

Professor de Técnicas de Mecânica e Diretor da Diretoria Acadêmica de Indústria (DIACIN), Gilson Garcia da Silva, atua como professor há 27 anos e 26 no IFRN. Segundo Gilson, a carreira docente lhe vislumbrou a possibilidade de trabalhar com jovens e passar esperança pra eles. Com relação ao ensino remoto "a interação presencial é a essência da docência. Sem a presencialidade, fica como um quebra-cabeça faltando peças". Para o professor, a retomada ao retorno presencial será um ganho de qualidade pra todos.

"Em alguma medida a gente serve de modelo, de referência para os alunos"

A professora Cláudia Maria de Araújo Fernandes Ribeiro, lotada na Diretoria de Gestão e Tecnologia da Informação (DIATINF), ingressou na antiga Uned Mossoró como Analista de Sistemas e exerce a profissão de professora há mais de 25 anos no IFRN. "Comecei a ensinar (ainda como Analista de Sistemas), porque na época teve uma dificuldade de contratação de professor e aí não teve jeito ‘o bicho me picou’. Acabou que eu nem desejei a carreira, a carreia parece que me perseguiu. Logo em seguida fiz o concurso para professor e passei". Atualmente, Cláudia Ribeiro leciona as disciplinas de Programação de Sistemas Distribuídos; Empreendedorismo; Engenharia de Requisitos; Qualidade de Software; e Projeto e Desenvolvimento de Software. "Quando penso nessa atividade de professor, eu vejo, na verdade, a grande responsabilidade que isso traz, porque em alguma medida a gente serve de modelo, de referência para os alunos, seja pela postura profissional, pelo zelo, pela forma como a gente aborda as questões", relata a professora. A experiência do ensino remoto foi uma coisa totalmente inusitada para a professora "em 2019 eu estava a um mês de me aposentar, provavelmente, e com a questão da legislação, a minha aposentadoria foi adiada em 2 anos. Então foi exatamente a oportunidade que me apareceu pra que eu pudesse vivenciar essa experiência. Sou muito grata a Deus por essa oportunidade, porque sem dúvida, claro que foi uma coisa desafiadora pra todos nós, mas a gente cresce no desafio", acrescentou. Com relação às expectativas ao retorno presencial, Cláudia afirmou que "imagino que todos nós professores fomos de alguma forma afetados e modificados por essa experiência que ninguém esperava. Foi uma coisa muito intensa, num período muito curto para as mudanças que a gente teve que vivenciar. Não sei em que medida isso vai nos afetar, mas isso nos permitiu refletir sobre o fato de que a tecnologia já estava disponível, essa forma de ensino já existia. Já estava prevista na nossa própria organização didática, em que os nossos cursos poderiam ter 20% dessa experiência remota". Segundo a professora, "é preciso pensar numa lógica inversa: o que é essencial para o curso ser presencial e fazer desse momento, um momento muito significativo. O ensino remoto deve ser uma realidade na atualidade, muito embora muitas atividades terão que ser presenciais, até porque as relações humanas não devem ser prejudicadas", conclui a professora.

"Proporcionar experiências que vão além do âmbito intelectual"

Há 25 anos que está na profissão, sendo 23 dedicados ao IFRN, o professor lotado na Diretoria Acadêmica de Construção Civil (DIACON), Manoel Dias da Cunha Júnior, relata que nunca teve intenção de ser professor "minha mãe era professora, trabalhava 3 expedientes  e sempre dizia: carreira de professor não vale a pena, não tem reconhecimento, ganha mal, etc. Então, era uma coisa que não me passava pela cabeça, me formei em Engenharia Civil e achava que iria fazer algum concurso para Petrobras ou na área de engenharia mesmo". O professor fala emocionado sobre sua identificação com a profissão "cada turma formada, cada vitória de aluno, me sinto contemplado por ter participado e contribuído para o processo de ensino e aprendizagem deles. E hoje o sentimento é de total gratidão por ter me descoberto dentro da carreira de professor. Amo o que faço". Para o professor Manoel, "além da formação acadêmica, o professor contribui para a formação e o desenvolvimento do aluno enquanto indivíduo e membro da sociedade, pois proporciona para ele experiências que vão além do âmbito intelectual". Com relação ao ensino remoto, o professor relata que as práticas pedagógicas adotadas, anteriormente, no ensino presencial, foram totalmente alteradas. "Considerando a situação de estresse emocional provocada pela pandemia e as possibilidades limitadas dos alunos, em termos tecnológicos para essa versão, as atividades e os recursos audiovisuais foram modernizados, para tentar provocar a participação dos alunos nas aulas remotas", explica o professor. Com relação ao retorno presencial, o professor declara que, apesar de ter modernizado suas práticas pedagógicas para a realidade remota, "a expectativa de retomada às aulas presenciais são imensas, pois me sinto mais presente na aula e na vida dos alunos".

Palavras-chave:
ensino
extensao
pesquisa
servidores

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