No Campus Natal-Central do IFRN, há um curso em que o chão revela histórias, os minerais viram mapas e as montanhas se transformam em livros abertos. Segundo o coordenador o Coordenador, professor Rafael Fillipi, o Curso Técnico em Geologia, ofertado desde 1972, uma trajetória de mais de 50 anos que o consolidou como um dos mais tradicionais do Brasil na formação técnica em Geociências.

Disponível nas modalidades Integrado e Subsequente, o curso continua formando gerações de profissionais que ajudam a decifrar a Terra — e, com isso, impulsionam o desenvolvimento mineral, ambiental, energético e tecnológico do país.

Uma formação que nasce no campo e se aprofunda no laboratório

O objetivo do curso é claro: formar técnicos capazes de planejar, executar e interpretar atividades de prospecção e pesquisa mineral. Na prática, isso significa preparar profissionais que saibam: descrever afloramentos, coletar e preparar amostras,
operar ferramentas de geoprocessamento, aplicar levantamentos geofísicos e geoquímicos, analisar impactos ambientais e apoiar projetos de exploração e gestão territorial.
A formação integra tudo o que a Geologia exige: bases científicas robustas, práticas intensivas de campo, domínio de instrumentos técnicos e uma ética voltada à responsabilidade socioambiental. Ao identificar jazidas, acompanhar sondagens, avaliar recursos minerais e subsidiar equipes de engenharia e meio ambiente, o técnico em Geologia participa diretamente dos setores que movem o país — da mineração à transição energética, dos minerais críticos às obras de infraestrutura.

Quem escolhe Geologia? Jovens curiosos, inquietos e apaixonados pela Terra

O curso acolhe estudantes que gostam de explorar ambientes naturais, trabalhar ao ar livre, observar detalhes e interpretar fenômenos. São jovens curiosos e investigativos que encontram prazer em transformar paisagens em conhecimento e saber em solução.

Um mercado que não para de crescer

A Geologia é, historicamente, uma área de alta empregabilidade. O técnico formado pelo IFRN pode atuar em: mineração, petróleo e gás; consultorias ambientais e minerárias; geotecnia e obras civis; órgãos públicos; laboratórios de mineralogia e petrografia; geoprocessamento, SIG e sensoriamento remoto e exploração de energias renováveis.
A demanda aumenta com a expansão dos minerais críticos (como lítio, terras raras e nióbio), com a transição energética e com projetos estruturantes em todo o país.

Os diferenciais que fazem do curso referência nacional

O curso do Campus Natal-Central se destaca por razões que o tornam único: Tradição desde 1972 – cinco décadas formando profissionais que hoje atuam nas maiores empresas do Brasil; Laboratórios equipados – mineralogia, petrografia, geoprocessamento, litoteca e mais, permitindo vivenciar o ciclo completo da análise geológica; Cultura de campo forte – práticas regulares em afloramentos regionais e visitas técnicas que aproximam o estudante da realidade profissional; Participação em projetos de Ensino, Pesquisa e Extensão, com presença ativa em eventos científicos regionais e nacionais, além do Corpo docente especializado, formado majoritariamente por mestres e doutores com experiência na área.

Uma matriz curricular que acompanha as mudanças da Terra e do mercado

Atualizada periodicamente, a matriz curricular começa com bases essenciais — Geologia Geral, Mineralogia, Petrografia, Topografia, Geologia Estrutural, Desenho Geológico — e evolui para disciplinas aplicadas e tecnológicas, como Práticas de Campo I e II, Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto, Geologia do Petróleo,Recursos Hídricos, Processamento Mineral,Caracterização Tecnológica de Materiais,
QAQC em sondagem, Licenciamento e impacto ambiental. O resultado é uma formação completa, coerente e alinhada ao que o mercado exige.

Duração e formas de ingresso

Na modalidade do Ensino Integrado, o curso dura cerca de 4 anos (formação geral + técnica) e na forma Subsequente, a duração é de 1,5 ano. Com 1 entrada anual no Integrado e duas anuais na modalidade Subsequente, o ingresso ocorre exclusivamente através de processos seletivos do IFRN, tais como Exame de Seleção, Processo Subsequente e, eventualmente, vagas remanescentes por edital.