Portal IFRN

Educação, Ciência, Cultura e Tecnologia em todo o Rio Grande do Norte

Engenharia de Energia

Engenharia de Energia é um dos cursos superiores oferecidos pelo Campus Natal-Central

Conheça mais sobre o curso, o mercado de trabalho e o perfil do profissional da área

Publicada em 25/06/2021 Atualizada há 1 ano, 3 meses

Voltado para o profissional que deseja uma graduação específica com foco em “eficiência energética”, o Curso de Engenharia de Energia do Campus Natal-Central do IFRN conta com uma carga horária de 4.124 horas. Relativamente nova, a graduação surgiu em 2015, para atender à crescente demanda de mercado voltado à área de energia.

O Curso de Engenharia de Energia oferta aos alunos uma formação vinculada a temáticas de grande relevância na atualidade. O objetivo geral do curso é "a formação de profissionais capacitados a compreender, projetar e gerenciar processos de produção, distribuição e utilização das várias formas de energia disponíveis na matriz energética, sejam elas renováveis ou não-renováveis”. Assim, de acordo com a organização do curso, o profissional formado nessa área será habilitado para “os setores elétrico, petrolífero e industrial, atuando diretamente com sistemas de produção, geração, transporte, distribuição, gerenciamento e aplicação de energia”.

De acordo com o coordenador do curso, professor Jacques Cousteau Borges, a formação direciona ensinamentos relativos "à geração, transmissão e distribuição de energia”, além de “equipamentos e dispositivos”. Assim, o profissional formado nessa área pode atuar em vários eixos, tanto na “geração distribuída, com o intuito de complementar o fornecimento, como na fotovoltaica ou mesmo suprir a demanda em casa de falta ou geração isolada (geradores a Diesel e similares)”. Segundo o coordenador do curso, ainda é possível trabalhar em “grandes empreendimentos de geração, como nos parques eólicos ou nos grandes parques de geração termoelétrica ou hidráulica”.

A graduação em Engenharia de Energia teve sua primeira turma formada, em cerimônia de colação de grau virtual, ocorrida no último dia 14/06.

Confira na íntegra a entrevista com o Coordenador do Curso, professor Jacques Cousteau Borges, e conheça mais sobre a graduação, o mercado e o perfil do profissional da área:

1. Qual é o público-alvo do Curso de Engenharia de Energia?

O curso está aberto a todos que queiram buscar uma qualificação profissional de alto nível nessa crescente área de energia e eficiência energética. Mas, como em qualquer curso de engenharia, é necessário que o candidato possua afinidade com matemática, física, química e programação, e disponibilidade de tempo para o estudo, pois o curso exige dedicação integral, para que possamos formar com excelência os melhores profissionais.

2. Em que consiste o Curso? São quantos anos? Como é a carga horária?

O curso está autorizado pela resolução nº 38/2015-CONSUP/IFRN de 20 de novembro de 2015 e se encontra registrado no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-RN) sob processo nº 4392492/2017, atendendo a resolução CREA/CONFEA nº 1.076, de 5 de julho de 2016, que discrimina as atividades e competências do engenheiro de energia.

Com uma carga horária de 4.124 horas e 10 semestres letivos de duração, temos um curso que, além do ciclo básico da engenharia, está estruturado em três grandes eixos de atuação.

3. Como é estruturado o curriculum do curso?

O eixo de Sistemas Elétricos está voltado à geração, transmissão e distribuição de energia; equipamentos, dispositivos e componentes para geração e conversão de energia; gestão em recursos energéticos; eficiência energética; armazenamento e projetos de instalações elétricas e subestações. O eixo de Sistemas Térmicos está voltado a processos termodinâmicos; transferência de calor e massa; projetos de climatização e armazenamento térmico de energia; sistemas hidráulicos e pneumáticos; instrumentação industrial e gestão de energia na indústria. O terceiro eixo possui o enfoque nos fundamentos da Engenharia de Petróleo e Gás; geologia do petróleo; petroquímica; refino e combustíveis e biocombustíveis.

4. Qual é o diferencial que ele oferece aos seus alunos?

Temos um curso de engenharia que funciona no mesmo espaço físico que os nossos, já consolidados, cursos técnicos e são os mesmos docentes altamente qualificados que atuam em ambos os cursos. Essa dinâmica proporciona um curso de engenharia com muito mais prática atrelada aos conteúdos teóricos desenvolvidos, sendo o laboratório uma constante em nossas aulas.

Parte da carga horária do curso (300h) é dividida em disciplinas optativas, à escolha dos estudantes, sendo comum as disciplinas de Controlador Lógico Programável (CLP); Instrumentação Eletrônica; Energia Fotovoltaica; Energia Eólica; entre tantas outras. Com significativa quantidade de disciplinas optativas, os alunos podem compor parte de sua própria formação já direcionando para um campo específico de atuação.

Além disso, no último ano do curso, as aulas são no turno noturno, possibilitando disponibilidade diurna para estagiar. Os alunos que chegam nivelados no 10º período, já não possuem mais disciplinas a serem cursadas, podendo se dedicar integralmente ao estágio e ao Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

5. O curso possui atividades de Pesquisa? De Extensão? 

Já na estrutura do curso estão previstas 100 horas de atividades acadêmicas, cientificas e culturais, além de 90h de projetos interdisciplinares e 50h do TCC. São atividades obrigatórias do curso que envolvem os alunos com a pesquisa e extensão, proporcionam um novo olhar sobre o conhecimento técnico que está sendo construído. De forma voluntária (ou como bolsistas), os alunos ainda podem participar nos diversos grupos de pesquisas e núcleos de extensão que temos no IFRN.

6. O profissional graduado na área poderá atuar de que forma? Como é o mercado?

A demanda de “energia” é uma variável crescente na sociedade. Sempre estamos querendo mais energia e, cada vez menos, estamos confortáveis com a suspensão do fornecimento ou variações do consumo. Ninguém quer ficar no escuro e, em muitos setores, esta não é uma opção, como no caso dos hospitais, grandes servidores e datacenter ou mesmo espaços para grandes eventos.

Nosso profissional irá atuar tanto na geração distribuída, com o intuito de complementar o fornecimento, como na fotovoltaica, ou mesmo suprir a demanda em caso de falta ou geração isolada (geradores a diesel e similares). Também poderá atuar em tudo ligado à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, assim como à acumulação de energia na forma de caldeiras, tanques, barragens e similares. Terá atuação também nos grandes empreendimentos de geração, como nos parques eólicos ou nos grandes parques de geração termoelétrica ou hidráulica.

Como pode-se observar, o mercado é bem amplo, existe demanda, mas como é um curso com uma nomenclatura nova, ainda há um pouco de desconhecimento por parte do setor industrial. Estamos formando, aqui no Rio Grande do Norte, um profissional que as empresas estão indo buscar no eixo sul-sudeste e até mesmo fora do país.

Mas como já temos os primeiros alunos formados, e diversos outros já estagiando, acredito que esse problema está caminhando para ser sanado, pois onde nossos alunos e egressos chegam, deixam a marca do excelente trabalho aqui desenvolvido.

 

 

Palavras-chave:
ensino

Notícias relacionadas