Na última sexta (23) foi realizada, nominiauditório do Campus Natal Central (CNAT), a aula inaugural do Programa deFormação Profissional da Vale (PFP) 2011, que recepcionou ao todo, 64 novosalunos, recém-formados ou em fase de conclusão, dos cursos técnicos demecânica, eletrotécnica e elétrica do IFRN e Senai.

As boas vindas foram dadas pela equipedaVale, que apresentou a empresa, especificidades do programa e o campodeatuação dos aprovados. Também participaram do evento representantes doIFRN, daFundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN(Funcern) e do Instituto Crescer, responsáveis pela realização doprograma.

De acordo com Camilla Ferreira, analista deRecursos Humanos do Instituto Crescer/Vale, o programa constitui-se de duasetapas, uma teórica e outra prática.

A primeira etapa teve início hoje (26) com asaulas teóricas do programa. Os participantes terão aulas intensivas durantequatro meses, de segunda a sábado, das 08h às 18h, realizadas no Núcleio deIncubação Tecnológica (NIT) do Campus Natal Central, numa parceria entre o IFRNe a Funcern. As disciplinas são ministradas por professores do IFRN e da Vale,para matérias mais específicas.

Após esse período haverá a parte prática,onde os alunos atuarão como trainees nas áreas de ferrovias e operaçõesportuárias, em São Luís (MA). Essa segunda fase pode durar de seis meses a umano, podendo o aluno ser contratado pela Vale a partir dos seus seis meses deexperiência. 

“A Vale investe no treinamento, teórico eprático, para ter um retorno que são profissionais qualificados. É umaoportunidade de crescimento e experiência, cabendo apenas ao aluno agarrar essachance”, declarou Camilla Ferreira sobre o investimento que a empresa faz aosnovos profissionais, que durante todo o programa recebem uma remuneração e osmesmos benefícios de um funcionário da Vale, como auxílio transporte,alimentação, plano de saúde, seguro de vida, auxílio educacional, dentreoutros.

Para confirmar isso, a analista de RecursosHumanos destacou uma aluna, do curso de Eletrotécnica do IFRN Campus Mossoró,que participou da última turma de trainees e foi contratada como analista deautomação eletrotécnica, ao completar apenas seis meses de prática. “O programaacaba sendo os olhos da empresa, pois é a forma mais rápida de se ter mão deobra qualificada”, revelou.

Além disso, comenta sobre o bom resultado doprograma. “Temos recebido vários elogios dos gerentes sobre os trainees,afirmando que eles estão apresentando mais produtividade que os própriosfuncionários da Vale. Houve inclusive uma prova para identificar o nível deconhecimento e o desempenho dos trainees foi ótimo, bem acima do esperado”.

Para o professor Marcos Maia, coordenador doPrograma no estado, o bom resultado serve também como espelho para o ensino doIFRN, pois a formação teórica dos alunos é, em parte, responsabilidade dainstituição, como também o direcionamento para aprovação no programa. “Notreinamento eles vão colocar em prática o que aprenderam no IFRN. 'A mão étripla', porque saem beneficiados: o aluno, a instituição e a empresa”,concluiu.

O curso tem carga horária de 540 horas, eestá formando sua segunda turma junto ao IFRN. O programa também é aplicado emoutros estados e parceiros como os Institutos Federais e Senai do Maranhão,Pará, Espírito Santo e Belo Horizonte.