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Evento

CNAT sedia 9ª edição do Julho das Pretas

Edição tem foco em justiça racial e protagonismo das mulheres negras

Publicada por Romana Xavier em 18/08/2025 Atualizada em 18 de Agosto de 2025 às 22:24

Entre os dias 23 de julho e 6 de agosto de 2025, o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação, Gênero e Diversidade (NEGEDI) do IFRN promoveu a 9ª edição do Julho das Pretas. Nesta edição, o tema central foi “Mulheres Negras em Marcha em defesa da vida, direitos humanos, justiça racial e sustentabilidade ambiental”, em sintonia com a pauta da II Marcha Nacional de Mulheres Negras, que acontecerá em novembro, em Brasília.

A programação contou com a presença de importantes lideranças políticas e sociais, como a deputada estadual Divaneide Basílio, Giselma Omilé, Coordenadora de Promoção da Igualdade Racial do RN, e Brenda Camille, Diretora de Extensão do CNAT. Representando o movimento social, marcaram presença a Ekedji Lúcia Helena, da Associação de Mulheres de Axé, Cintia Jussara, da CONAQ e da Comunidade Quilombola Coqueiros, e Dalvaci Neves, do Comitê Impulsionador de Mulheres Negras no Estado.

O caráter internacional do evento também se evidenciou com mulheres líderes e ativistas da América Latina e do Caribe, vindas do México, El Salvador, Peru, Espanha e Brasil, ampliando conexões e mostrando a dimensão global da luta das mulheres negras. Entre os destaques da programação estiveram a oficina de Maculelê, que promoveu cultura e expressão corporal, e as oficinas de Bonecas Abayomi e de brincos de tecido, que resgataram tradições e criaram espaços de valorização da identidade. Também foi realizado um minicurso sobre pertencimento étnico-racial, direcionado à formação crítica e cidadã.

As Giras de Conversas ocuparam lugar central no debate, reunindo lideranças como Cintia Jussara (CONAQ), Jacilene Dantas (PENERQ) e Lorena Cerqueira (Instituto Odara) para refletir sobre as relações étnico-raciais e o Plano Nacional de Educação. Outro painel de destaque abordou a Justiça Socioambiental, com a participação de Maria Daguia, liderança quilombola, e da Dra. Rosinalda Olasemeni, da Universidade de Goiás e da ONG Pretas de Angola.

O encerramento do evento foi marcado pela apresentação do grupo Coco das Negas Potiguar, que trouxe música, alegria e resistência, celebrando o legado de Tereza de Benguela e o Dia Nacional da Mulher Negra. Assim, a 9ª edição do Julho das Pretas consolida-se como espaço de formação, cultura e luta pela diversidade, fortalecendo o compromisso da instituição com a justiça social, a equidade de gênero e a valorização da cultura afro-brasileira.

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