Aula de Campo
Cidade para o cidadão: aula de campo leva alunos à descoberta cultural na Ribeira
Aula passeio aconteceu com turmas de Geografia, Gestão Pública, Redes e Estradas
Publicada em 06/06/2019 ― Atualizada em 29 de Março de 2023 às 21:47

Na última sexta-feira, 31/05, aconteceu a aula de campo guiada, pelo bairro da Ribeira, supervisionada pela professora Iaçonara Albuquerque e acompanhada pela Diretora de Ensino, Luzimar Barbalho. Participaram da aula passeio quatro turmas, com estudantes dos cursos superiores de Geografia, Gestão Pública e Redes, além de alunos do curso Técnico Subsequente em Estradas.
O tour pedagógico ocorreu pelo bairro da Ribeira, por espaços como o “Grande Hotel”, “IPHAN”, “Atelier de Flávio Freitas”, “Buraco da Catita”, “Consulado” e “Nalva Café”. Durante a visita aos locais, foram compartilhados com as turmas fatos específicos como a presença do ladrilho hidráulico com a presença da suástica e a exposição do artista plástico “J. Clewton” e dos “Urban Sketchers”.
Em seguida, o grupo foi levado para assistir à peça da “Companhia Marginal do Rio Janeiro”, que apresentou a obra “Eles não usam tênis Naique”. Após a apresentação teatral, os estudantes foram divididos em trios para posterior elaboração do gênero textual “relatório”, que será feito a partir de algum fato e também de pesquisa sobre o bairro da Ribeira.
Como atividade prévia, os alunos estudaram um texto de Luís da Câmara Cascudo, especificamente a crônica “A primeira luz elétrica em Natal”. Além disso, o grupo também participou anteriormente de outra aula de campo, uma visita ao Teatro de Cultura Popular (TCP), da Fundação José Augusto. A ida ao teatro foi coordenada pela professora Iaçonara Albuquerque, acompanhada por Rodrigo Bico e Beto Vieira, diretor do TCP. Para a ocasião da aula de campo do TCP, foi estudado antecipadamente o texto “Gestão da coisa pública”, com o objetivo de abordar aspectos culturais e sociais, em especial para os alunos de “Gestão Pública” e “Geografia”.
De acordo com a professora Iaçonara, atividades assim oportunizam aos alunos o desenvolvimento do senso crítico, a identificação e o pertencimento com o lazer dos locais públicos, muitas vezes desconhecidos ou subaproveitados pelos jovens: “O aluno se sente cidadão e aprende a usar a cidade, a dispor da cidade e a usufruí-la, para sentir que pertence a esses espaços. Quatro ou cinco, no máximo, de cada turma já foram ao teatro e com professores, com a escola”. Segundo a professora, espaços assim oferecem “um lazer interessante”, como acontece com a “Casa da Ribeira”.
A docente observou ainda que, para muitos estudantes, foi a redescoberta de um estranho conhecido, na medida em que vários alunos já conheciam o bairro da Ribeira, mas nunca haviam parado para perceber os seus espaços e valorizar a sua riqueza cultural: “Eles adoraram tudo, a peça, tudo, alguns tinham trabalhado lá, mas não tinham olhado para Ribeira, inclusive desconheciam a relação dela com a segunda guerra mundial”, exemplificou a professora.
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- ensino