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Novo Curso

Aula inaugural de Engenharia Sanitária e Ambiental marca tarde no Campus Natal-Central

Evento reuniu professores, alunos e palestrantes no dia 11/03

Publicada em 12/03/2020 Atualizada há 1 ano, 1 mês

Foto: Davi Severiano Silva

Nesta quarta-feira, 11/03, a tarde foi marcada pela aula inaugural do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental. Na ocasião, estiveram presentes o diretor do Campus Natal-Central, Arnóbio de Araújo Filho, o diretor da Diretoria Acadêmica de Recursos Naturais (DIAREN), Alexandre Lúcio Dantas, o coordenador do novo curso de Engenharia Sanitária e Ambiental, Jean Tavares, além de diversos professores representantes da DIAREN.

Durante o evento, o diretor do CNAT ressaltou que a concretização desse sonho foi fruto de muitos anos de planejamento: “Boa tarde. É uma satisfação imensa participar desse momento histórico. O que era um sonho hoje se tornou realidade. Alguns ex-alunos hoje voltam como alunos de Engenharia. Muito bem ver a verticalização do conhecimento na própria instituição. Quero dizer da minha alegria de ver a concretização desses sonhos que se realizaram. Precisamos mostrar a sociedade quem é o IFRN. Que a gente continue essa trilha, somos mais um tijolo dessa Instituição com 110 anos. Com a união de professores, técnicos administrativos e alunos, nós podemos, somos fortes diante dos desafios”.

Os desafios foram muitos, de fato, mas com planejamento e vontade de realizar esse sonho coletivo, o professor Jean Tavares, coordenador do novo curso de Engenharia Sanitária e Ambiental, abraçou a causa e esteve à frente do pleito durante todo o processo: “Nosso curso não é dos mais usuais. É um dos cursos mais antigos, integrado do aspecto urbano com infraestrutura. Infelizmente, no decorrer do tempo, em muitos casos, essa integração se perdeu. Fazemos questão de destacar que o nome do curso reflete exatamente que o foco é a questão ambiental, mas antes é preciso resolver a questão sanitária. Há mais de 10 anos, esse curso é sonhado, inclusive pelo professor André Calado. Mas não pode ser realizado antes, não apenas pela questão da infraestrutura, mas por falta de professores também. É um curso de alto nível que veio para ser oferecido para a sociedade potiguar. Um curso do mundo, especialmente pela qualidade da nossa equipe”.

O coordenador explicou como é estruturado o curso, além de dar informações sobre carga horária e grade curricular: “No curso, há ações de pesquisa (PROPI) na área de Engenharia Sanitária e Ambiental, com 430 h somente voltadas para Extensão. Diversos níveis de conhecimento na nossa grade curricular, com a maioria dos docentes com doutorado e os outros com perfil. Tenho muito orgulho de ser coordenador de um curso com essa grade. O IF nasceu como Escola de Artes e Ofício até chegar a IF e, no nosso DNA, está a aplicação do ensino na prática. A aplicação da Engenharia na solução de problemas Ambientais, no caso. Nossa grade é moderna, com programação, tecnologia da informação, laboratórios. Precisamos ressaltar que, para isso, contamos com a parceria de instituições públicas e privadas como a FUNCERN, a UFRN, a CAERN, a Prefeitura de Natal, o Governo do RN”. O professor André Calado, docente da Diretoria Acadêmica de Recursos Naturais (DIAREN), ressaltou a realização de pesquisas assim como a dedicação do professor Jean Tavares durante o processo de construção do curso: “Esse curso foi pensado há muitos anos, inclusive com a contribuição do professor José Yvan, mas, para colocarmos em prática, precisávamos de alguém à frente de tudo isso, e essa pessoa foi o professor Jean Tavares. Historicamente a área de Saneamento sempre fez muita pesquisa. Para a gente, é muito normal.  A gente não consegue dar aulas sem incluir exemplos de pesquisa da CNPQ, FUNASA, UFRN, CAERN, IDEMA, Projeto Petrobrás Ambiental. Projetos na área de drenagem, trabalhos de resíduos sólidos, com água, esgoto, lixo e saneamento”.

Após a abertura da mesa gestora, em que o diretor da DIAREN, Alexandre Lúcio Dantas, lembrou a necessidade de reorganização dos espaços e apoio da gestão para ajustes necessários nos próximos anos, devido à abertura dos novos cursos de engenharias, o evento teve seguimento com palestras relacionadas à área de Engenharia Sanitária e Ambiental.

A primeira das palestras foi a dra. Ana Adalgiza Dias, presidente licenciada do CREA. A palestrante trouxe para o público a discussão do tema “Sustentabilidade”. De acordo com ela, “Quando falamos em Engenharia, podemos ser o que quiser. Nossa formação faz com que possamos atuar em qualquer área dentro da nossa. Os maiores gestores do mundo são da área da Engenharia. Eu sou engenheira, e isso ninguém me tira, assim como vocês também serão e ninguém vai tomar isso de mim, nem de vocês”. Ela enfatizou ainda os impactos ambientais gerados pelas construções e a necessidade de repensar o processo, que gera alto consumo de água, energia elétrica e geração de entulhos: “Qual futuro vocês querem para o filho de vocês? Que planeta queremos? Podemos construir um novo mundo, eticamente e ambientalmente, com consciência e sustentabilidade”.

Na programação, a aula inaugural contou ainda com a participação de mais dois palestrantes: Dr. Djalma Mariz Medeiros, que trouxe ao público a temática “A Inserção do profissional de Engenharia Sanitária e Ambiental no mercado de trabalho nacional e internacional” e também a apresentação do dr. Alexsandro Ferreira Cardoso da Silva, que palestrou sobre o tema “Desafio do planejamento integrado com o desenvolvimento sustentável, o papel dos profissionais de Engenharia e Infraestrutura”. Para finalizar, houve um debate com perguntas e respostas relativas às questões trazidas ao público, através das palestras.

 

 

Palavras-chave:
ensino

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