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Sisu 2021

Amor de IF: a história de Pedro Canísio e Amanda Soares

Casal, que se conheceu na graduação de Tecnologia em Construção de Edifícios, ingressam juntos em Engenharia Civil

Publicada em 26/04/2021 Atualizada há 1 ano, 3 meses

Amanda e Pedro, em visita ao Campus São Paulo do Potengi para ministrarem minicurso.

Durante o período da graduação, desde os tempos de calouro até a formatura, os estudantes criam fortes laços de amizade e de companheirismo. Afinal, são horas e mais horas juntos em salas de aula, grupos de pesquisa, atividades de extensão e as conversas divertidas e intermináveis nas áreas de convivência. Alguns desses vínculos acabam ficando por ali, enquanto outros duram uma vida toda. No IFRN não é diferente. Mas como seria conhecer aquele colega de curso que acaba se tornando aquela pessoa especial e ainda te acompanhar em um novo ingresso na mesma instituição para cursar outro curso superior? Essa é a história de amor entre Pedro e Amanda. 

Natural de Jardim do Seridó, Pedro Canísio cresceu familiarizado com canteiros de obras. Em virtude do ofício do pai, um profissional da área de construção civil, o contato constante com o ramo de edificações e engenharia fez nascer no coração dele o desejo por cursar uma graduação nessa área. Mas a aprovação bateu na trave: o sonhou acabou ficando para depois. “Me mudando pra Natal em 2016, conheci alguns colegas do cursinho que sempre falavam muito bem do curso de Tecnologia em Construção de Edifícios do IFRN”, conta Pedro. As referências eram tão boas que convenceram o jovem seridoense a recalcular a rota. Em 2017 veio a aprovação e as aulas começaram em março. E é aí que a alma gêmea entra em cena.

Amanda Soares tem uma trajetória bem diferente. Nascida e criada em Natal, ela conta que sempre desejou estudar no IFRN. Quando adolescente, ela tentou entrar no curso integrado de edificações, mas não conseguiu a aprovação. Um duro golpe na jovem estudante. “Era um sonho meu, e não consegui realizar”, lamenta. Mas a vida seguiu seus rumos e, em 2017, ao concluir o ensino médio, ela descobriu o curso de Tecnologia em Construção de Edifícios e foi aprovada em 4º lugar. “Não foi daquela outra vez, mas a minha hora de estudar no IFRN acabou chegando”, reflete.

Neste mesmo ano, durante o Seminário de Integração, evento que o IFRN promove para acolhimento e instrução dos alunos ingressantes, aconteceu uma dinâmica que envolvia a prática da dança. Pedro olhou para o lado e viu Amanda. Convidou-a para ser seu par na atividade e ela aceitou. E já no começo do curso, o par de dança se tornou a parceira de estudos de Pedro — e a biblioteca se tornou a segunda casa deles e dos colegas de turma, que sempre estudavam juntos os conteúdos recebidos em sala de aula. Ao sair, o grupo se dirigia às rosquinhas para jogar conversa fora. “No fim do ano, quando nós já tínhamos nos conhecido o suficiente, a gente começou a namorar. Todos os nossos amigos torciam muito por nós, eles queriam muito que ficássemos juntos”, ele conta. Era apenas questão de tempo. “As coisas do dia a dia foram nos aproximando. Ao longo do curso, das conversas, fomos nos conhecendo melhor”, diz Amanda.

Enquanto o relacionamento dos dois amadurecia, o envolvimento acadêmico do casal se desenvolvia. Juntos eles ministraram minicursos e palestras em eventos como a Expotec e participaram de vários eventos de caráter científico, como o XII Congresso Norte-Nordeste de Pesquisa e Inovação em Recife, em 2018, quando Pedro foi premiado com a melhor apresentação oral. Amanda e Pedro também foram bolsistas de pesquisa e contam com o reconhecimento da professora Evilane Farias, que supervisionou o trabalho acadêmico dos dois durante os dois anos de duração da bolsa e se tornou uma grande amiga. “Eles sempre buscavam aprender, fazer do melhor jeito, eram muito perfeccionistas. São aqueles alunos que mostram pra gente que vale a pena o nosso esforço diário em ensinar, de tão dedicados que são”, relata Evilane, que não esconde a admiração pela dupla.

Ao passo em que a conclusão do curso se aproximava, o desejo em ambos de cursar Engenharia Civil só crescia. “Os professores comentavam que estavam tentando, lutando pra trazer o curso de engenharia para o Campus CNAT”, lembra Pedro. Passado algum tempo, o curso de Engenharia Civil finalmente começou a ser ofertado no Campus Natal -Central. E Amanda e Pedro não perderam tempo: assim que se formaram, já colocaram em prática o plano de realizar o antigo sonho: cursar engenharia. Exatamente em razão da aprovação imediata de ambos via SiSU, os enamorados precisaram colar grau antecipadamente em cerimônia simples. E tinha que ser no IFRN. “Eu vejo o IF como um espaço que te acolhe, que te abraça, que une as pessoas. Isso não tem preço”, declara Amanda, que junto a Pedro, já começa a cursar sua tão sonhada graduação em 2021. “Eu dizia pros colegas: ‘eu não saio do IF, o IF é minha casa, minha segunda casa’. Todo o apoio, tudo o que eu já aprendi e vivenciei, o contato com os professores… me fez decidir com Amanda de ficar no IF e trilhar o nosso caminho aqui no campus e cursar engenharia aqui”, conta Pedro.

 

 

 

Palavras-chave:
ensino
pesquisa

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