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Extensão

A justiça da paz: projeto de extensão orienta educadores e alunos a solução de conflitos

Objetivo foi a promoção de diálogo para solução de conflitos em ambiente escolar

Publicada em 16/03/2021 Atualizada há 1 ano, 3 meses

Com início em 20 de abril em 2020, o projeto de extensão “Mediação: Justiça restaurativa e de construção da paz”, coordenado pela servidora Valiene Oliveira, graduada em Recursos Humanos, consistiu em um trabalho de harmonizar os conflitos existentes no ambiente educacional, através da mediação como “parte fundamental para sanar ou amenizar conflito”.

A iniciativa aconteceu a partir do desenvolvimento de diálogo entre as partes, mediante ferramentas que permitiram a mediação de conflitos através de uma dinâmica pautada na comunicação “não violenta”, favorecendo a conciliação das relações. “O mediador tenta ajudar as pessoas em disputa a encontrar e concordar sobre um caminho pacífico para resolver seu conflito, desenvolvendo um trabalho de sensibilização às situações de conflitos no ambiente escolar, com o objetivo de evitar conflitos interpessoais que acabem em agressões físicas”.

De acordo com a coordenadora Valiene Oliveira, “o objetivo foi capacitar o mediador para se reunir com pessoas em conflitos, para que um acordo possa ser firmado e as pessoas envolvidas resolvam seu problema, sem o uso da violência. As reuniões de resolução se focalizaram no futuro, naquilo que pode ser feito daquele momento em diante para resolver uma situação, sem a culpabilização dos envolvidos”.

O projeto ocorreu a partir de atividades realizadas de forma remota, através do aplicativo “Telegram” assim como via vídeo conferência para “dúvidas e aplicação de mediação”. Segundo a servidora Valiene Oliveira, “Diante do processo que estamos vivendo atualmente, COVID-19, oferecer um curso de capacitação on-line para os professores e demais integrantes da rede pública foi fundamental para acolher as suas vulnerabilidades e estresses do contexto psicológico. Eles se sentirão capacitados e terão foco em algo que possa lhes trazer novos horizontes”.

Horizontes que foram extensivos a educadores e educandos em todo país e buscaram levar o projeto e seus benefícios às comunidades interna e externa: “Foi aberto não somente para a comunidade externa local, mas para todo o Brasil, trazendo mais credibilidade, acessibilidade e visibilidade das ações que o IFRN pode proporcionar. Os participantes puderam amadurecer um autêntico modelo de democracia interna, promovendo experiências dialógicas valiosas por si só, mas também propícias à fertilização do ambiente comunitário e à formação de um quadro de colaboradores aptos a facilitarem as práticas propriamente restaurativas, quando se tornarem oportunas e necessárias”.

Segundo a servidora Valiene Oliveira, é preciso enfrentar a violência e pacificar as relações nas diversas áreas da vida, iniciando pelo reconhecimento do problema: “A violência, seja na comunidade, na família ou na escola, deve ser enfrentada em todas as suas formas. Um primeiro passo é reconhecer sua existência, os contextos e situações em que a violência possa estar “escondida” ou “silenciada”. A partir desse primeiro passo, que é possivelmente o mais difícil, a escola pode pensar em estratégias efetivas de intervenção e prevenção. A superação das violências no ambiente escolar deve se dar por meio da instauração de políticas públicas e práticas que transformem os estabelecimentos educacionais em espaços de convivência das diversidades”.

Diversidades que possam convergir através da conversação pacífica. Assim, o projeto aconteceu baseado em alternativas para a busca de possibilidades interventivas através do diálogo. “O diálogo, nesse caso, é aprendido e ensinado e, para tal, a escola deveria se preocupar em não apenas transmitir conteúdos curriculares, mas em investir na formação do cidadão de forma dialógica, crítica e reflexiva”.

 

Palavras-chave:
ensino
extensao

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